A autenticidade da B�blia
C�NON
INTRODU��O
1. O SIGNIFICADO DA
PALAVRA C�NON
A
palavra c�non tem raiz na palavra "cana", "junco" (do
hebraico geneh, atrav�s do grego kanon ). O "junco" era usado como
uma vara para medir e avaliar ..." mais tarde teve o sentido de
"lista" ou "rol".15/95
Aplicada �s Escrituras, a palavra c�non
significa "uma lista de livros oficialmente aceitos". 23/31
Deve-se ter em mente que a igreja n�o
criou o c�non nem os livros que est�o inclu�dos naquilo que chamamos de Escrituras. Ao contr�rio, a
igreja reconheceu os livros que foram inspirados desde o princ�pio. Foram
inspirados por Deus ao serem escritos.
E a todos quantos andarem de conformidade
com esta regra, paz e miseric�rdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus
(Gl 6:6). Nos por�m, n�o nos gloriaremos sem medida, mas respeitamos o limite
da esfera de a��o que Deus nos desmarcou e que se estende at� v�s (2Co 10:3).
"N�o nos gloriando fora de medida
nos trabalhos alheios, e tendo esperan�a, de que, crescendo a vossa f�, seremos
engrandecidos entre v�s, dentro da nossa esfera de a��o (2Co 10:15).
A B�blia, como o c�non sagrado, � a nossa
norma ou regra de f� e pr�tica. Diz-se dos livros da B�blia que s�o can�nicos
para diferenci�-los dos ap�crifos. O emprego do termo c�non foi primeiramente
aplicados aos livros da B�blia por origines (185-254 d.C).
1a. C�NON - DATAS E
PER�ODOS
O Novo Testamento foi completado em menos
de 100 anos, pois seu �ltimo livro, o apocalipse, foi escrito cerca de 96 D.C.
Isto �, d� um total de 1.142 anos para a forma��o de ambos os Testamentos
(1046+96). (Leve
em conta
Que a cronologia B�blica � sempre aproximada, pois os povos
orientais n�o tinham um sistema fixo de computa��o de datas.
Quando se fala do espa�o total de tempo, que vai da escrita do
pentateuco ao apocalipse, � preciso intercalar os 400 anos do per�odo
interb�blico ocorrido entre os Testamentos, o que dar� um total de 1542 anos (1046+96+400).
Por isso se diz que a B�blia foi escrita no espa�o de 46 s�culos. Este � o
per�odo no Qual o c�non foi completado.
1b. C�NON - SUA
INSPIRA��O
A canonicidade � determinada pela
inspira��o. Os livros da B�blia n�o s�o para Deus oriundos, isto porque eles
tem valor, provieram de Deus. A processo mediante o qual Deus nos concede sua
revela��o chama-se inspira��o. � a inspira��o de Deus num livro que determina
sua canonicidade. Deus d� autoridade divina a um livro, e os homens de Deus o
atacam. Deus revela, e o seu povo conhece o que o Senhor revelou. A
canonicidade � dada por Deus e descoberta pelos homens. A B�blia constitui o
"c�non", pelo qual tudo mais deve ser medido e avaliado pelo fato de
Ter autoridade concedida por Deus. Sejam quais foram as medidas (os c�nones )
usados pela igreja para descobrir com exatid�o que livros possuem essa
autoridade can�nica ou normativa, n�o se deve dizer que determinam a
canonicidade dos livros. Dizer que o povo de Deus, mediante quaisquer regras de
conhecimento, "determina" que livros s�o autorizados por regra de
conhecimentos. 56 Deus pode conceder absoluta.
S� a inspira��o divina determina a
autoridade de um livro, se ele � can�nico, de natureza normativa.
1c. C�NON - SUA
DESCOBERTA
O povo de Deus tem desempenhado um papel
de grande import�ncia no processo de canoniza��o. A comunidade dos crentes arca
com a tarefa de chegar a uma conclus�o sobre quais livros s�o realmente de
Deus. A fim de cumprir esse papel, a igreja deve procurar cartas
caracter�sticas pr�prias da autoridade divina. Como poderia algu�m reconhecer
um livro inspirado s� por v�-lo? Dai v�rios crit�rios estavam em jogo nesse
processo de reconhecimento. Ao qual s�o eles:
1.d OS PRINC�PIOS DA
DESCOBERTA DA CANONICIDADE:
Sempre existiu falsos livros e falsas
mensagens. E por representarem amea�a constante, surgiu-se a necessidade de que
o povo de Deus tivesse mais cuidado com a cole��o de livros sagrados guardados
consigo, pois poderiam haver alguns erros. A partir da� a igreja passou a
questionar esses livros sagrados mediante cinco crit�rios; ao qual s�o eles:
a)O livro
� autorizado - Veio de Deus;
b)�
prof�tico - Foi escrito por um servo de Deus;
c)� digno
de confian�a - Fala a verdade a cerca de Deus;
d)�
Din�mico - Possui o poder que transforma vidas;
e)� aceito
pelo povo de Deus para o qual foi originalmente escrito.
1. VEJAMOS AGORA CADA UM DESSES CRIT�RIOS SEPARADAMENTE:
A
autoridade de um livro - Cada livro da B�blia traz uma reivindica��o de
autoridade divina. A express�o "Assim diz o Senhor" est� presente na
B�blia com freq��ncia. Sempre existe uma declara��o divina. Se faltasse a um
livro a Autoridade de Deus, esse era considerado n�o can�nico , n�o sendo
inclu�do no c�non sagrado.
Os livros dos profetas eram facilmente
reconhecidos como can�nicos por esse princ�pio de autoridade. A express�o
repetida "e o Senhor me disse" ou " "a palavra do Senhor
veio a mim" � evid�ncia abundante de sua autoridade divina. Alguns livros
n�o tinham reivindica��o de origem divina, pelo qual foram rejeitados e tidos
como n�o can�nicos. Talvez tenha sido o caso do livro dos justos e do livro da
guerra do Senhor. Outros livros foram questionados e desafiados quanto a sua
autoridade divina, mas por fim foram aceitos no c�non, como o livro de Ester.
Na
verdade, o simples fato de alguns livros
can�nicos serem questionados quanto a sua legitimidade � uma seguran�a de que
os crentes usavam seu discernimento. Se os crentes n�o estivessem convencidos
da autoridade divina de um livro, este era rejeitado.
2. A AUTORIA
PROF�TICA DE UM LIVRO
Os livros prof�ticos s� foram produzidos
pela atua��o do Esp�rito, que moveu alguns homens conhecidos como profetas.
(2Pe. 1:10-21). A palavra de Deus s� foi entregue a seu povo mediante os
profetas de Deus. Todos os autores b�blicos tinham um Dom prof�tico, ou uma
fun��o prof�tica, ainda que tal pessoa n�o fosse profeta por ocupa��o. (Hb.
1:1).
Paulo exorta o povo de Deus em G�lata,
dizendo que suas cartas deveriam ser aceitas porque ele era ap�stolo de Paulo.
Isto porque todos os livros que n�o proviam por profetas nomeados por Deus,
deveriam ser rejeitados. Os crentes n�o deviam aceitar livros de algu�m que
falsamente afirmasse ser ap�stolo de Cristo (2Ts. 2:2). Note que a Segunda
carta de Pedro foi objetada por alguns da igreja primitiva. Por isso enquanto
os pais da igreja n�o ficaram convencidos de que essa n�o havia sido forjada,
mas de fato viera da m�o do ap�stolo Pedro, como seu vers�culo o menciona, ela
n�o recebeu lugar permanente no c�non crist�o.
3. A
CONFIABILIDADE DE UM LIVRO
Outro sinal caracter�stico da inspira��o
� o ser um livro digno de confian�a.
A vista desse princ�pio, os crentes de
ber�ia aceitaram os ensinos de Paulo e pesquisaram as Escrituras, para verificar
se o que o ap�stolo estava ensinando , estava de fato de acordo com a revela��o
de Deus no Antigo Testamento. O mero fato de um texto estar de acordo com uma
revela��o anterior n�o indica que tal texto � inspirado. Grande parte dos
ap�crifos foi rejeitada por causa do princ�pio da confiabilidade. Suas
anomalias hist�ricas e heresias teol�gicas os rejeitaram; seriam imposs�vel
aceit�-las como vindos de Deus; a despeito de sua apar�ncia de autorizados. N�o
podiam vir de Deus e ao mesmo tempo apresentar erros.
Alguns livros can�nicos foram
questionados a base nesse mesmo princ�pio como a carta de judas e a de
Tiago.
4. A
NATUREZA DIN�MICA DE UM LIVRO
O quarto teste canonicidade, era a
capacidade do texto de transforma vidas: "... A palavra de Deus � viva e
eficaz..." (Hb. 4:12) O resultado �
que ela pode ser usada "para ensinar, para repreender, para corrigir, para
instruir, em justi�a" (2Tm. 3:16-17).
O ap�stolo Paulo revelou-nos que a
habilidade din�mica das escrituras inspiradas estava na aceita��o das
Escrituras, como um todo, como mostra em 2 Tim�teo 3:16-17. Disse Paulo a
Tim�teo :" as Sagradas Escrituras podem fazer-te s�bio para a Salva��o. A
partir da�, outros livros e mensagens foram rejeitados porque apresentavam
falsas esperan�as. (1Rs. 22:6-8) ou faziam rugir alarmes falsos (2Ts.
2:2).
5. A
ACEITA��O DE UM LIVRO
A Marca final de um documento escrito
autorizado � seu reconhecimento pelo povo de Deus ao qual originalmente se havia destinado.
A palavra de Deus, dada mediante seus
profetas, e contendo sua verdade, deve ser reconhecida pelo seu povo. Se
determinado livro fosse recebido, coligido e usado como for�a de Deus, pelas
pessoas a quem originariamente se havia destinado, ficava comprovada a sua canonicidade.
Sendo o sistema de transportes atrasado como era nos tempos antigos, �s vezes a
determina��o da canonicidade de um livro da parte dos pais da igreja exigia
muito tempo e esfor�o. � por essa raz�o que o reconhecimento definitivo
completo, por toda a igreja crist�, dos 66 livros do c�non das Escrituras
Sagradas exigiu tantos anos.
Os livros de Mois�s foram aceitos
imediatamente pelo povo de Deus. As cartas de Paulo foram recebidas
imediatamente, recebidas pelas igrejas �s quais haviam sido dirigidas (1Ts.
12:13), e at� pelos demais ap�stolos (2Pe. 3:16). J� alguns escritos foram
rejeitados pelo povo de Deus, por n�o apresentarem autoridade divina. Esse
princ�pio de aceita��o levou alguns a questionar durante algum tempo certos
livros da B�blia, como 2 e 3 Jo�o s�o de natureza particular e de circula��o
restrita; � compreens�vel, pois que houvesse alguma relut�ncia em aceit�-los,
at� que essas pessoas em d�vida tivessem absoluta certeza de que tais livros
haviam sido recebidos pelo povo de Deus do s�culo como cartas do ap�stolo
Jo�o.
* PRINC�PIOS QUE FORMARAM
O C�NON: (EM S
a)Sua
circula��o universal - Alguns livros jamais foram aceitos por falta de
circula��o, enquanto outros foram aceitos tariamente por falta de circula��o na
igreja universal, pois circulavam somente em certos setores da igreja.
b)A
autoria dos ap�stolos ou dos disc�pulos dos ap�stolos - Dentre os ap�stolos
temos as ep�stolas de Paulo e Pedro, e o Evangelho de Jo�o. Dentre os
disc�pulos temos os evangelhos de Marcos, e de Lucas, o livro de Atos, a
ep�stola dos Hebreus e etc...
c)Livros
segundo a tradi��o e a doutrina dos ap�stolos: Lucas, Atos, Hebreus, Apocalipse
e II Pedro.
d)Houve
rejei��o de livros escritos mais tarde, ap�s o tempo dos ap�stolos. Isso
explica a rejei��o final das ep�stolas de Clemente e etc...
e)Tamb�m
foram rejeitados os escritos rid�culos ou fabulosos - Entre esses podemos
enumerar a maior parte dos livros ap�crifos, o evangelho de Tom�, os evangelhos
de Andr�, os Atos de Paulo, o Apocalipse de Pedro e etc...
f)Uso
universal por parte da igreja inteira - Alguns livros foram aceitos apenas por
determinados setores da igreja, ou somente por alguns indiv�duo. Finalmente os
27 livros do Novo Testamento foram aceitos e passaram a ser universalmente
usados na igreja crist�.
Os princ�pios da descoberta da canonicidade
1d. TESTE PARA A INCLUS�O
DE UM LIVRO DO C�NON
N�o
sabemos exatamente quais foram os crit�rios que a igreja primitiva usou para
escolher os livros can�nicos. Possivelmente houve cinco princ�pios
orientadores, empregados para determinar se um livro do Novo Testamento era ou
n�o can�nico. Se era ou n�o Escritura. Geisler e Nix registram esses cinco
princ�pios: 32/141
1) Revela autoridade? - veio da parte de
Deus? (Esse livro veio com o aut�ntico " assim diz o Senhor"?)
2) � prof�tico? - Foi escrito por um
homem de Deus?
3) � aut�ntico? (Os pais da igreja tinham a
pr�tica de "em caso de d�vida, jogue fora". Isso acentua a validade
do discernimento que tinham sobre os livros can�nicos.")
4) � din�mico? - veio acompanhado do poder
divino de transforma��o de vidas?
5) Foi aceito, guardado, lido e usado? -
foi recebido pelo povo de Deus?
Pedro reconheceu as cartas de Paulo como
Escrituras em p� de igualdade com as Escrituras do Antigo Testamento (2Pedro
3:16).
O C�non do Novo Testamento
1. TESTE PARA A INCLUS�O
DE UM LIVRO NO C�NON DO NOVO TESTAMENTO
" Parece muito
melhor concordar com Gaussen, Warfield, Charles Hodge e a maioria dos
protestantes em que o teste b�sico de canonicidade � a autoridade apost�lica,
ou a aprova��o apost�lica, e n�o simplesmente autoria apost�lica."
32/1831
H� nas ep�stolas um constante
reconhecimento de que na igreja s� existe uma o fator b�sico para determinar a
canonicidade do novo testamento foi a inspira��o divina, e o principal teste da
inspira��o foi a apostolicidade. 32/181
Geisler e Nix detalham a respeito:
"Na terminologia do Novo Testamento, a igreja foi edificada 'sobre o
fundamento dos ap�stolos e profetas' (Ef�sios 2:20). Os quais Cristo prometera
que, pelo Esp�rito Santo. Iriam guiar 'a toda a verdade' (Jo�o 16:13). Atos
2:42 diz que a igreja em Jerusal�m perseverou 'na doutrina dos ap�stolos e na
comunh�o'. A palavra apostolicidade, conforme empregada para designar o teste
de canonicidade, n�o significa obrigatoriamente 'autoria apost�lica' nem 'aquilo que foi preparado sob
a dire��o dos ap�stolos..."
�nica autoridade
absoluta; a autoridade do pr�prio Senhor. Sempre que os ap�stolos falam com
autoridade, fazem-no exercendo a autoridade do Senhor. Dessa forma, por
exemplo, quando Paulo defende sua autoridade de ap�stolo, baseia-se �nica e
diretamente na comiss�o recebida do Senhor (Galatas 1 e 2); quando evoca o
direito de regulamentar a vida da igreja, declara que sua palavra tem a
autoridade do Senhor, mesmo quando nenhuma palavra espec�fica do Senhor lhe
tenha sido transmitida (1Cor�ntios 14:37; cf. 1Cor�ntios 7:10)..."
88/117,18
O
�nico que, no Novo Testamento, fala com uma autoridade interna e que se imp�e
por si mesmo � o Senhor." 67/18
Habitualmente, os Ap�stolos fizeram
refer�ncias ao Antigo testamento como autoridade divina (Rm.3.2,21; I Co.4.6;
Rm.15.4; II Tm.3.15-17; II Pd.1.21). Igualmente, os Ap�stolos baseavam os seus
ensinos orais ou escritos na autoridade do Antigo Testamento (I Co.2.7-13;
14.17; I Ts.2.13; Ap.1.3). E ainda, ordenavam que seus escritos fossem lidos
publicamente (I Ts.5.27; Cl.4.16; II Ts.2.15; II Pd.1.15; 3.1-1). Portanto, era
mais do que natural e l�gico que a Literatura do Novo Testamento fosse
acrescentada � do Antigo Testamento, fazendo assim o C�non do Novo Testamento.
No pr�prio Novo testamento se v� a �ntima rela��o existente entre ambos os
testamentos (Antigo e Novo). Veja-se
em I Tm. 5.18; II Pd.3.1,2,16). Na �poca
p�s-apost�lica, os escritos procedentes dos ap�stolos foram igualmente
colecionados em um segundo volume do C�non at� se completar o que se cognomina
hoje de Novo Testamento.
A cole��o completa, fez-se vagarosamente
e por v�rias raz�es. Alguns livros s� eram reconhecidos como apost�licos em
algumas igrejas; somente quando estes livros chegaram ao
conhecimento
de todas as igrejas e em todo o Imp�rio Romano, foi que foram realmente aceitos
como sendo de autoridade Apost�lica. O processo adotado foi lento por causa do
aparecimento de algumas literaturas ap�crifas, her�ticas e portanto, esp�rias,
com o intuito de ensinar outras doutrinas n�o crist�s. Apesar desta lentid�o,
os livros foram aceitos e
considerados
can�nicos por serem de autoria Apost�lica.
Apesar da forma��o do Novo Testamento em
um s� volume de livros ter sido morosa, nunca deixou de existir a cren�a de se
tratar de um comp�ndio de regra de f� primitiva e Apost�lica. A hist�ria da
forma��o do C�non do Novo Testamento serve para mostrar como se chegou
gradualmente a conhecer e reconhecer estes mesmos livros como inspirados por
Deus.
As diferen�as de opini�o acerca de quais
livros seriam aceitos como can�nicos, foram constatadas nos escritos das
igrejas ao longo do segundo s�culo de nossa era
1a. OS LIVROS CAN�NICOS
DO NOVO TESTAMENTO
H� tr�s raz�es que mostram a necessidade
de se definir o c�non do Novo Testamento. 23/24
1)Um
herege, Marci�o (cerca de
140
A.D.), desenvolveu seu pr�prio c�non e come�ou a
divulg�-lo. A igreja precisava contrabalan�ar essa influ�ncia decidindo qual
era o verdadeiro c�non das Escrituras do Novo Testamento.
2)Muitas
igrejas orientais estavam empregando nos cultos livros que eram claramente esp�rios.
Isso requeria uma decis�o concernente ao c�non.
3)O edito
de Diocleciano (
303 A.D.)
determinou a destrui��o dos livros sagrados dos crist�os. Quem desejava morrer
por um simples livro religioso? Eles precisavam saber quais eram os verdadeiros
livros.
Atan�sio de Alexandria (
367
A.D.) nos apresenta a mais antiga lista de livros do
Novo Testamento que � exatamente igual � nossa atual. A lista faz parte do
texto de uma carta comemorativa escrita �s igrejas.
Logo ap�s atan�sio, dois escritores,
Jer�nimo e Agostinho, definiram o c�non de 27 livros. 15/112
Policarpo (
115 A.D.), Clemente e outros
referem-se aos livros do Antigo e do
Novo Testamento com a express�o "como est� escrito nas
Escrituras".
Justino M�rtir (100-
165 A.D.), referindo-se �
Eucaristia, escreve
em
primeira Apologia 1.67: "E no Domingo todos aqueles que
vivem nas cidades ou no campo se re�nem num s� local, e, durante o tempo que
for poss�vel, l�em-se as mem�rias dos ap�stolos ou escritos dos profetas. Ent�o,
quando o leitor termina a leitura, o presidente faz uma admoesta��o e um
convite a que todos imitem essas boas coisas".
Irineu (
180 A.D).F.F. Bruce escreveu
acerca do significado de Irineu: "A import�ncia de Irineu est� no seu
v�nculo com a era apost�lica e nos seus relacionamentos ecum�nicos. Educado na
�sia menor, aos p�s de Policarpo, o disc�pulo de Jo�o, Irineu tornou-se bispo
de Lion, G�lia, em
180 A.D.
Seus escritos confirmam o reconhecimento can�nico dos quatro evangelhos, Atos,
Romanos, 1 e 2 Cor�ntios, G�latas, Ef�sios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2
Tim�teo, Tito, 1 Pedro e 1 Jo�o e
Apocalipse.
In�cio (50-
115 A.D.): "N�o quero
dar-lhes mandamentos tal como fizeram Pedro e Paulo; eles foram
ap�stolos..." (Aos Tralianos 3.3).
Os
conc�lios da igreja. � uma situa��o bastante parecida com a do Antigo
Testamento (veja cap�tulo 3,
6C,
o conc�lio de J�mnia).
F.F. Bruce afirma que "quando
finalmente um conc�lio da igreja - o s�nodo de Hipona (
393 A.D.) - elaborou uma lista
dos vinte e sete livros do Novo Testamento, n�o conferiu-lhes qualquer
autoridade que j� n�o possu�ssem, mas simplesmente registrou a canonicidade
previamente estabelecida.
Desde ent�o n�o tem havido qualquer
restri��o s�ria aos 27 livros aceitos do Novo Testamento, quer por cat�lico -
romanos quer por protestantes.
1b. OS AP�CRIFOS DO NOVO
TESTAMENTO 32/200-205
A Epistola de pseudo - Barnab� (cerca de
70-
79 A.D.)
Ep�stola aos Cor�tios (cerca de
96 A.D.)
Antiga Hom�lia, tamb�m chamada Segunda Ep�stola de Clemente (cerca
de 20-
140 A.D.)
Pastor de Hermas (cerca de 115-
140 A.D.)
Didaqu�, ou o Ensino dos Doze Ap�stolos
(cerca de 100-
120 A.D.)
Apocalipse de Pedro (cerca de
150 A.D.)
Os Atos de Paulo e Tecla (
170 A.D.)
Ep�stola aos Laodicenses (s�culo quarto?)
O Evangelhos Segundo os Hebreus (65-
100 A.D.)
As Sete Ep�stolas de In�cio 9cerca de
100 A.D.)
E muitos outros.
1.C
OS LIVROS AP�CRIFOS FORAM OU N�O INSPIRADOS ?
Voc� poderia dizer: J� que voc� diz que
os ap�crifos n�o foram inspirados, ent�o me d� provas. Pois bem, o problema dos
livros ap�crifos cresce de import�ncia, na medida em que a Igreja Cat�lica
Romana afirma que a B�blia dos Evang�licos � falsa; justamente a partir do fato
da n�o aceita��o dos tais livros ap�crifos, e que, por via de conseq��ncia, � a
B�blia dos cat�licos a que � realmente verdadeira e can�nica.
Veja bem! O C�non dos Judeus foi aceito
pela comunidade crist� e consiste nos mesmos livros que aparecem nas B�blias
dos Evang�licos, num total de 39 livros no Antigo Testamento e 27 no Novo
Testamento, perfazendo assim um total de 66 livros e n�o 73 como pretende a
igreja Cat�lica Romana, a partir da inclus�o dos ap�crifos.
Os 66 livros existentes nas B�blias
Evang�licas foram aprovados pelos judeus, pela Igreja Primitiva e inclusive,
pela pr�pria Igreja Cat�lica Romana em alguns dos seus Conc�lios, tais como:
1. O Conc�lio de Damause I (
366 a
384 A.D.)
2. O Conc�lio de Inocente I (
402 a
417 A.D.)
3. O Conc�lio de Gelasius I (
492 a
496 A.D.)
4. O Conc�lio de Hermidas (
520 a
523 A.D.)
5. O Conc�lio de Laodic�ia (
363 A.D.)
6. O Conc�lio de Hipo (
393 A.D.)
7. O Conc�lio de Cartago (
397 A.D.)
8. O
Conc�lio de Floren�a (
1441 A.D.)
Em todos estes Conc�lios, os livros
aceitos como can�nicos foram os mesmos 66 que constam nas B�blias Evang�licas,
e n�o os 73 constantes das B�blias Cat�licas. Por�m, no Conc�lio de Trento, em
1546, depois da reforma Protestante (Lutero) foi que a Igreja Cat�lica Romana
decidiu incluir os tais 7 livros ap�crifos e alguns fragmentos aos livros de
Ester e Daniel. Ora, o C�non, ou seja, as Escrituras medidas e achadas certas,
foi estabelecido pelos judeus que
examinaram os livros e os acharam conforme a inspira��o divina. Depois
daquele exame, os mesmos s�bios separaram alguns livros e os consideraram
ap�crifos, esp�rios, falsos, justamente por n�o se enquadrarem dentro das
normas pr�-estabelecidas para a sua canonicidade.
Quando se l� qualquer um dos livros ap�crifos, logo se nota as
fantasias ali colocadas. Consideramos um absurdo, por exemplo, o fato do autor
pedir perd�o pelo que escreveu, como se nota num dos ap�crifos (Eclesi�stico).
1.d ALUS�ES IMPL�CITAS AOS
AP�CRIFOS:
para conden�-los e para
repudi�-los. Por exemplo, em Ap.21.8 encontramos algo que � frontalmente
contr�rio a Tobias 6.4. como explicar isto? � que em Apocalipse diz que quanto
aos feiticeiros, a sua parte ser� no lago de enxofre; j� em Tobias lemos a
enfatiza��o � pr�tica da feiti�aria, respaldada na atitude de pegar o f�gado de
um peixe fisgado nas �guas do rio Tigre, e, depois de pass�-lo na brasa,
provocando uma fuma�a estranha e miraculosa; com ela, espantar os dem�nios.
Mais adiante o mesmo Tobias 3.8 informa que o fel do peixe foi passado nos
olhos do pai de Tobias, que tamb�m se chamava Tobias e este fora curado de uma
cegueira. Isto � uma aut�ntica bobagem, al�m de ser uma grande mentira. Em
Ap.21.8 lemos que os mentirosos n�o entrar�o no reino dos C�us.
Em Dt. 18.9-14 vamos
encontrar uma condena��o � pr�tica destas coisas, enquanto que em Tobias
encontramos os benef�cios pela pr�tica destas mesmas coisas. No livro de Tiago
3.11 lemos "Porventura a fonte deita da mesma abertura �gua doce e �gua
amargosa?" Pois bem, como explicar que Deus que � a nossa fonte, pro�ba a
feiti�aria em Deuteron�mio e a recomende em Tobias, um livro ap�crifo? Isto se
constituiria numa tremenda contradi��o.
Outra contradi��o flagrante em Tobias e
em mais alguns livros ap�crifos est� no fato de sugerirem eles a salva��o pela
pr�tica das obras; entretanto, lendo em At.10.2 e Ef.2.8-9 vamos concluir que a
salva��o acontece exclusivamente pela gra�a Divina, mediante a f� e n�o pelas
obras; e mais, que o ato salv�vico vem de deus e n�o dos homens. Como � absurda
a doutrina pregada pela Igreja Cat�lica Romana, principalmente a partir do
Conc�lio de
Trento, atrav�s das
p�ginas enlameadas e esp�rias dos livros ap�crifos.
2. C�NON DO NOVO
TESTAMENTO (SEU DESENVOLVIMENTO)
A princ�pio os 27 livros do can�nicos do
Novo Testamento foram reconhecidos oficialmente. A partir da� n�o houve
movimentos dentro do Cristianismo no sentido de acrescentar ou eliminar livros.
O c�non do Novo Testamento encontrou acordo geral no seio da igreja universal.
*
Os Est�mulos para que se coligissem oficialmente os livros - Varias for�as
contribu�ram para que se oficiasse os 27 livros do Novo Testamento. As quais
foram:
*
O Est�mulo eclesi�stico a lista dos can�nicos – A igreja primitiva tinha
necessidades internas e externas que exigiam o reconhecimento dos livros
can�nicos. Sem uma lista dos livros reconhecidos, aprovados seria dif�cil para
a igreja primitiva a execu��o dessa tarefa. A combina��o dessas for�as exerceu
press�o sob os primeiros pais da igreja para produzirem uma lista oficial dos
livros can�nicos.
�O
Est�mulo Teol�gico – Exigia-se um pronunciamento oficial da igreja a respeito
do c�non. Pois visto que toda a escritura era proveitosa para a doutrina,
tornou-se cada vez mais necess�rio definir os limites do legado doutrin�rio
apost�lico. Devido o Herege ter publicado uma lista muito abreviada dos livros
can�nicos, tornou-se necess�rio uma lista completa dos livros can�nicos; pelo
qual definissem com precis�o os limites do c�non Sagrado.
�O
Est�mulo Pol�tico – A pol�tica passou a influir na igreja primitiva. As
persegui��es do Imperador Diocleciano foram muitas. Mas Constantino (um novo
imperador) se convertera ao Cristianismo, e este pediu que fosse necess�rio a
cria��o da lista dos livros can�nicos.
�A
Compila��o e o reconhecimento progressivo dos livros can�nicos – O Novo
Testamento havia sido escrito durante a �ltima metade do s�culo I. Havendo t�o
grande diversidade geogr�fica de origens e destinat�rios, nem todas as igrejas
haviam possuir de imediato c�pias de todos os livros inspirados do Novo
Testamento. Enfim seria preciso algum tempo at� que houvesse um reconhecimento
geral de todos os 27 livros do c�non do Novo Testamento. Da� a igreja primitiva
come�ou de imediato a coligir todos os escritos apost�licos que pudessem
autenticar.
�A
sele��o dos livros fidedignos - Desde o princ�pio havia falsos escritos, n�o
apost�licos, n�o fidedignos
em circula��o. Por isso escreveu Lucas
em seu Evangelho � respeito
sobre a vida de Jesus Cristo, J� que havia nesse tempo alguns relatos inexatos
em circula��o da vida de Cristo.
Sabemos tamb�m que os crist�os foram advertidos quanto as
falsas cartas que lhe teriam sido enviadas em nome do ap�stolo Paulo.
Jo�o, em seu evangelho destrui uma crendice que circulava
no seio da igreja do s�culo I, segundo o qual ele jamais morreria (Jo. 21:
23,24).
Em sumo, podemos dizer que no seio da igreja havia um
processo seletivo
em
opera��o. Toda e qualquer palavra de Cristo, era submetido ao
ensino apost�lico, de tal autoridade. Se tal palavra ou obra n�o pudesse er
comprovada pelas testemunhas oculares (Lc. 1:2; At, 1:21-22), era
rejeitada.
� A
leitura de livros autorizados - Outro sinal de que o processo da canonica��o do
Novo Testamento iniciou-se imediatamente na igreja do s�culo I foi a pr�tica da
leitura p�blica oficial dos livros apost�licos. Paulo havia ordenado aos
Tessalonicenses: "Pelo Senhor vos conjuro que esta ep�stola seja lida a
todos os santos irm�os" (1Ts. 5:27).
A leitura em p�blico das palavras
autorizadas de Deus era um costume antigo. Mois�s e Josu� o praticaram ( Ex.
24:7; Js. 8:34). Enfim, em suma, as igrejas estavam envolvidas num processo
incipiente de canoniza��o. Essa aceita��o original de um livro, o qual era
autorizadamente lido nas igrejas, teria import�ncia crucial para o
reconhecimento posterior de um livro can�nico.
* A circula��o e a compila��o dos livros -
Enfim o processo de canoniza��o desde o in�cio da igreja estava
em andamento. Os livros
s� eram circulados pelas igrejas, caso fossem examinados e dado por aut�ntico,
Isso tomou-se forma nos tempos dos ap�stolos, l� pelo final do s�culo I, j�
todos os 27 livros do Novo Testamento haviam sido recebidos e reconhecidos
pelas igrejas crist�s. O c�non estava completo, e aceito por todos os crentes
de todas as cidades. Mas, por motivo da multiplicidade dos falsos escritos, e
da falta de acesso imediato as condi��es relacionadas ao recebimento inicial de
um livro, o debate a respeito do c�non prosseguiu por v�rios s�culos, at� que
universalmente a igreja reconheceu a canonicidade dos 27 livros do Novo
Testamento.
A Credibilidade da B�blia
1.A FIDEDIGNIDADE E
CONFIABILIDADE DAS ESCRITURAS
T�PICO 1 - A CONFIRMA��O
DO TEXTO HIST�RICO
1b. Introdu��o
Estamos provando aqui n�o a inspira��o,
mas a credibilidade hist�rica das Escrituras.
Deve-se testar a credibilidade hist�rica
das Escrituras pelos mesmos crit�rios usados para testar todos os documentos
hist�ricos.
C. Sanders, em Introduction to Research
in English Literary History (introdu��o � pesquisa em Hist�ria da Literatura
Inglesa), relaciona e explica os tr�s princ�pios b�sicos da historiografia.
S�o, a saber, o teste bibliogr�fico, o teste das evid�ncias internas e o das
evid�ncias externas. 81/143ss.
2b. OTESTE BIBLIOGRAFICO
DA CREDIBILIDADE DO NOVO TESTAMENTO
O
teste bibliogr�fico � um exame da transmiss�o textual pela qual os documentos
chegam at� n�s. Em outras palavras, uma vez que n�o dispomos dos documentos
originais, qual a credibilidade das c�pias que temos em rela��o ao n�mero de
manuscritos e ao intervalo de tempo transcorrido entre o original e a c�pia
existente? 64/26
F.E Peters ressalta que "baseando-se
apenas na tradi��o dos manuscritos, as obras que formam o Novo Testamento dos
crist�os foram os livros antigos mais freq�entemente copiados e mais amplamente
divulgados." 69/50
1c. EVID�NCIAS DOS
MANUSCRITOS ACERCA DO NOVO TESTAMENTO
Atualmente sabe-se da exist�ncia de mais
de 5.300 manuscritos gregos do Novo Testamento. Acrescentam-se a esse n�mero
mais de 10.000 manuscritos da Vulgata Latina e, pelo menos, 9.300 de outras
antigas vers�es, e teremos mais de 24.000 c�pias de por��es do Novo
Testamento.
Nenhum outro documento da hist�ria antiga
chega perto desse n�meros e dessa confirma��o. Em compara��o, a Il�ada de
Homero vem em segundo lugar, com apenas 643 manuscritos que sobreviveram at�
hoje. O primeiro texto completo e preservado de Homero data do s�culo treze.
58/145
A seguir apresentamos um quadro
estat�stico dos manuscritos remanescentes do Novo Testamento:
Gregos
|
Unciais
|
267
|
|
Min�sculas
|
2.764
|
|
Lecion�rios
|
2.143
|
|
Papiros
|
88
|
|
Achados recentes
|
47
|
Manuscritos
|
TOTAL
|
5.309
|
Gregos existentes
|
Vers�o Vulgata Latina
|
Mais de 10.000
|
Eti�pico
|
Mais de 2.000
|
Eslav�nico
|
4.101
|
Arm�nio
|
2.587
|
Vers�o Sir�aca
(peshita)
|
Mais de 350
|
Copta
|
100
|
�rabe
|
75
|
Vers�o Velha Latina
|
50
|
Anglo - Sax�nico
|
7
|
G�tico
|
6
|
Sogdiano
|
3
|
Sir�aco Antigo
|
2
|
Medo - Persa
|
2
|
Fr�ncico
|
1
|
As informa��es para os gr�ficos acima
foram extra�das das seguintes fontes:
ALAND, Kurt. Journal of Biblical
Literature (Revista de Literatura B�blica),v. 87, 1968.
ALAND, Kurt. Kurzgefasste Liste Der
Griegrischen Handschriften Des Neuen Testaments (Breve Lista dos Manuscritos
Gregos do Novo Testamento). W. De Gruyter, 1963.
ALAND, Kurt. "Neue Neutestamentliche
Papyrii III" (Novos Papiros Terceira Parte). In. New Testament Studies
(Estudos do Novo Testamento). Jul. de 1976.
METZGER, Bruce. The Early Versins of the
New Testament As Antigas Vers�es do Novo Testamento). Oxford: Clarendon
1977.
PARVIS, Merrill M. e WIKGREN, Allen, ed.
New Testament Manuscript Studies (Estudos do Manuscritos do Novo Testamento).
Chicago University of Chicago, 1950.
RHODE, Eroll F. An Annotated List of Amenian
New Testament Manuscripts (Uma Lista Comentada de Manuscritos Arm�nios do Novo
Testamento). T�quio: IKEBURO, 1959.
HYATT, J. Phillip. The Bible and Modern
Scholarship (A B�blia e a Erudi��o Moderna). A bingdon, 1965.
John Warwick Montgomery afirma que
"ter uma atitude c�tica quanto ao texto dispon�vel dos livros do Novo
Testamento � permitir que toda a antig�idade cl�ssica se torne desconhecida,
pois nenhum documento da hist�ria antiga � t�o bem confirmado
bibliograficamente como o Novo Testamento." 64/29
Sir Frederic G. Kenyon, que foi diretor e
bibliotec�rio - chefe do Museu brit�nico, reconhecido como uma das maiores
autoridades em manuscritos, diz: "...al�m da quantidade, os manuscritos do
Novo Testamento diferi das obras dos
autores cl�ssicos em outro aspecto, e mais uma vez a diferen�a � bem clara.os
livros do Novo Testamento foram escritos na �ltima parte do s�culo primeiro;
com exce��o de fragmentos muitos pequenos, os manuscritos mais antigos
existentes s�o do quarto s�culo - cerca de
250 a 300 anos depois".
Cremos que, em todos os pontos essenciais, temos um texto bastante fiel das
sete pe�as remanescentes de S�focles; no entanto, o manuscrito mais antigo e
substancioso de ´S�focles foi copiado mais de 1.400 anos depois de sua
morte." 48/4
Em The Bible and Archaeology (A B�blia e a
Arqueoloiga), Kekyon afirma: "De modo que o intervalo entre as datas da
composi��o do original e os mais antigos manuscritos existentes se torna t�o
pequeno a ponto de, na pr�tica ser insignificante. Assim, j� n�o h� base
qualquer d�vida de que as Escrituras tenham chegado at� n�s tal como foram
escritas. Pode-se considerar que finalmente est�o comprovadas tanto a
autenticidade como a integridade dos livros do Nono Testamento." 46/288
F.J.A. Hort acrescenta, com acerto, que
"na variedade e multiplicidade de provas sobre as quais repousa, o texto
do Novo Testamento destaca-se de um modo absoluto e inigual�vel entre os textos
em prosa da antig�idade." 43/561
J. Harold Greennlee declara: "...o
n�mero de manuscritos n�o - testament�rios dispon�veis � surpreendentemente
maior do que os de qualquer outra obra da literatura antiga. Em terceiro lugar
os mais antigos manuscritos existentes do Novo Testamento foram escritos numa
data muito mais pr�xima da composi��o do texto original do que no caso de
qualquer outro texto da literatura antiga". 37/15
2. O NOVO TESTAMENTO
EM COMPARA��O COM OUTRAS
OBRAS DA ANTIG�IDADE
2a. A Compara��o de manuscritos
Em Merece Confian�a
o Novo Testamento?, F.F. Bruce faz compara��es entre o Novo Testamento e
antigos textos de hist�ria, e apresenta uma descri��o marcante a respeito:
"Talvez possamos avaliar melhor qu�o rico � o Novo Testamento em mat�ria
de evid�ncia manuscrita, se compararmos o material textual subsistente com
outras obras hist�ricas da antig�idade. O texto das por��es existentes das duas
grandes obras hist�ricas de t�cito depende totalmente de dois manuscritos, um
do s�culo nono e outro do s�culo onze.
Os manuscritos remanescentes das obras
menores de t�cito (Dialogus de Oratoribus (Di�logo sobre os Oradores), Agricola
e Germania) Prov�m todos de um c�dice do s�culo d�cimo. Conhecemos a hist�ria
de Tuc�dedes (cerca de 460-
400
a.C.) a partir de oito manuscritos, dos quais o mais
antigo data de
900 A.D.,
e de uns poucos fragmentos de papiros, escritos aproximadamente no in�cio da
era crist�. O mesmo se d� com a Hist�ria de Her�doto (cerca de 480-
425 a.C.). No entanto, nenhum
conhecedor profundo dos cl�ssicos daria ouvidos � tese de que a autenticidade
de Her�doto ou Tuc�dedes � question�vel porque os mais antigos manuscritos de
suas obras foram escritos mais de 1.300 anos depois dos originais."
16/23,24
Em Introduction to New Testament Textual
Criticism (Introdu��o � cr�tica Textual do Novo Testamento), Greenlee escreve
acerca do hiato de tempo entre o manuscrito original (o aut�grafo) e o
manuscrito existente (a velha c�pia remanescente), afirmando que "os mais
antigos e conhecidos dos manuscritos da maioria dos autores gregos cl�ssicos
foram escritos pelo menos mil anos depois da morte do seu autor. O intervalo de
tempo para os escritores latinos � um pouco menor, reduzindo-se a um m�nimo de
tr�s s�culos no caso de Virg�lio. Todavia, no caso do Novo Testamento, dois dos
mais importantes manuscritos foram escritos em prazo n�o superior a 300 anos
ap�s o Novo Testamento estar completo, e manuscritos virtualmente completos, de
alguns livros do Novo Testamento, bem como manuscritos incompletos, mas longos,
de muitas partes do Novo Testamento, foram copiados em datas t�o remotas quanto
um s�culo ap�s serem originalmente escritos." 37/36
Greenlee acrescenta que "uma vez que
os estudiosos aceitam que os escritos dos antigos cl�ssicos s�o em geral
fidedignos, muito embora os mais antigos manuscritos tenham sido escritos tanto
tempo depois da reda��o original e o n�mero de manuscritos remanescentes seja,
em muitos casos, t�o pequeno, est� claro que da mesma forma, fica assegurada a
credibilidade no texto do Novo Testamento ". 37/16
Mesmo em rela��o aos Anais do famoso
historiador T�cito, no que diz respeito aos seis primeiros livros dessa obra,
ela s� sobreviveu devido a um �nico manuscrito, do s�culo nono. Em 1870 o �nico
manuscrito conhecido da Ep�stola a Diogneto, um texto crist�o bem antigo que os
compiladores geralmente incluem entre os escritos dos pais Apost�licos,
perdeu-se num inc�ndio na biblioteca municipal de Estrasburgo. Em contraste com
esses dados estat�sticos, o cr�tico textual do Novo Testamento fica perplexo
diante da riqueza de material dispon�vel ". 62/34
F.F. Bruce declara "No mundo n�o h�
qualquer corpo de literatura antiga que, � semelhan�a do Novo Testamento,
desfrute uma t�o grande riqueza de confirma��o textual". 15/178
AUTOR
|
Data do Original
|
C�pia mais Antiga
|
Intervalo em anos
|
N.� de C�pias
|
C�sar
|
100-
44 a.C.
|
900 A.D.
|
1.000
|
10
|
L�vio
|
59 a.C. -
17A.D.
|
|
|
20
|
Plat�o
|
|
|
|
7
|
(Tetralogias)
|
427 -
347 a.C..
|
900 A.D.
|
1.200
|
|
T�cito (Anais)
|
.
|
100 A.D.
|
1100 A.D.
|
1.000
|
Obras
|
20(-)
100 A.D.
|
1100 A.D.
|
1.000
|
1
|
Pl�nio Jovem
|
|
|
|
|
(Hist�ria)
|
61 -
113 A.D.
|
850 A.D.
|
750
|
7
|
Tuc�dedes
|
|
|
|
|
(Hist�ria)
|
460 -
400 a.C.
|
900 A.D.
|
1.300
|
8
|
Suet�nio
|
|
|
|
|
(De Vita Caesarum)
|
.
|
75 -
160 A.D
|
950 A.D.
|
800
|
Her�doto
|
|
|
|
|
(Hist�ria)
|
480 -
425 a.C.
|
900 A.D.
|
1.300
|
8
|
Hor�cio
|
|
|
|
900
|
S�focles
|
496 -
406 a.C.
|
1000 A.D.
|
1.400
|
193
|
Lucr�cio
|
Morto 75 -
160 A.D o
|
|
1.100
|
2
|
C�tulo
|
54 a.C.
|
1550 A.D.
|
1.600
|
3
|
Eur�pides
|
480 -
406 a.C.
|
1100
|
1.300
|
200
|
Desm�stenes
|
383 -
322 a.C.
|
1100 A.D.
|
1.300
|
200*
|
Arist�teles
|
384 -
322 a.C.
|
1100 A.D.
|
1.400
|
49+
|
Arist�fanes
|
450 -
385 a.C.
|
900 A.D.
|
1.200
|
10
|
* Todos de uma �nica
c�pia
+ De qualquer obra
isolada
2b. A Compara��o
Textual
Bruce Metzger comenta: "Dentre todas
as composi��es liter�rias escritas pelo povo grego, os poemas hom�ricos s�o os
mais adequados para uma compara��o com a B�blia ".61/144 Ele acrescenta:
"Em todo o corpo de literatura antiga, tanto grega como latina, a Il�ada �
a que mais se aproxima do Novo Testamento por possuir a maior quantidade de
testemunho de manuscritos". 61/144
Metzger continua: "Na antig�idade os
homens (1) memorizavam Homero assim como mais tarde iriam memorizar as
Escrituras.(2) Tanto Homero como as Escrituras foram tidos na mais alta estima,
sendo citados na defesa de argumentos acerca do c�u, da terra e do Hades. (3)
Homero e a B�blia serviram de cartilha para diferentes gera��es de escolares
que neles aprenderam a ler. (4) Ao redor de ambos cresceu um grande volume de
notas marginais e coment�rios. (5) Ambos tiveram gloss�rios. (6) Ambos ca�ram
nas m�os dos alegoristas. (7) Ambos foram imitados e tiveram suplementos - um
com os hinos e escritos hom�ricos, tais como o Batracomiom�quia, e o outro com
os livros Ap�crifos. (8) Homero foi analisado e prosado; o evangelho de Jo�o
foi versificado em h�xametros �picos por Nono de Pan�polis. (9) Os manuscritos
tanto de Homero como da B�blia foram ilustrados. (10) As descri��es hom�ricas
apareceram nos murais de Pomp�ia; as bas�licas crist�s foram decoradas com
mosaicos e afrescos de epis�dios b�blicos". 61/144,145
E.G. Tuner destaca que, sem d�vida
alguma, Homero foi o autor mais lido na antig�idade. 92/97
Geisler e Nix comparam as varia��es
textuais existentes entre os documentos do Novo Testamento e as obras antigas:
"Em seguida ao Novo Testamento, existem mais manuscritos remanescentes da
Il�ada (643) do que de qualquer outro livro.
Eles prosseguem dizendo que "a
Il�ada tem cerca de 15.600. H� d�vidas sobre apenas 40 linhas (ou 400 palavras)
do Novo Testamento, enquanto que, no caso da Il�ada, questionam-se 764 linhas.
Esses cinco por cento de corrup��o textual contrastam-se com o meio por cento
de emendas no texto do Novo Testamento."
No livro Introduction to Textual
Criticism of the Testament (Intrdu��o � critica do Novo Testamento), Benjamin
Warfield cita a opini�o de Ezra Abbot sobre noventa e cinco por cento das
varia��es textuais do Novo Testamento, afirmando que elas: "... possuem
base t�o insignificante... embora haja v�rias leituras poss�veis ; e noventa e
cinco por cento das varia��es textuais do Novo Testamento, afirmando que elas:
"... possuem base t�o insignificante... embora haja v�rias leituras
poss�veis; e noventa e cinco por cento das varia��es restantes s�o de
import�ncia t�o �nfima que sua aceita��o ou rejei��o n�o provocaria qualquer
diferen�a significativa no sentido das passagens onde elas ocorrem".
100/14
Geisler e Nix fazem a seguinte observa��o
sobre como s�o contadas as varia��es textuais: "� amb�guo dizer que
existem umas 200.000 variantes nos manuscritos existentes do Novo Testamento,
desde que elas dizem respeito apenas 10.000 lugares no Novo Testamento. Se uma
�nica palavra � escrita de modo errado em 3.000 manuscritos, isso � contado
como sendo 3.000 variantes ou leituras". 32/361
Fenton John Anthony Hort, que passou a
vida lidando com manuscritos diz: "� bem grande a propor��o de palavras
que, sem que haja qualquer d�vida sobre elas, s�o virtualmente aceitas em todos
os manuscritos.
"Se os princ�pios seguidos nesta
edi��o est�o corretos, pode-se reduzir bastante esse n�mero. Reconhecendo
plenamente o dever de nos abstermos de decis�es categ�ricas, em casos em que os
dados deixam em suspenso o julgamento entre duas ou mais leituras, descobrimos
que, pondo de lado as diferen�as de ortografia, em nossa opini�o as palavras
ainda sujeitas a d�vida constituem cerca de seis por cento de todo o Novo
Testamento.
Um estudo cuidadoso das varia��es (ou
leituras diferentes) dos v�rias manuscritos mais antigos revela que nenhuma
delas afeta uma �nica doutrina das Escrituras. O sistema de verdades
espirituais contido no texto hebraico geralmente aceita do Antigo Testamento
n�o � alterado nem deturpado por qualquer uma das diferentes leituras
encontradas nos manuscritos hebraicos de datas mais antigas e que foram
descobertas nas cavernas do mar Morto ou em qualquer outro lugar.
Benjamin Warfield disse: "Se
compararmos a situa��o atual do texto do Novo Testamento com a de qualquer
outro escrito antigo, precisaremos declarar que o texto � maravilhosamente
correto, t�o grande � o cuidado com que o Novo Testamento tem sido copiado - um cuidado que, sem d�vida alguma, � fruto
de uma verdadeira rever�ncia para com suas santas palavras - t�o grande tem
sido a provid�ncia de Deus em preservar para a sua igreja em todas as �pocas um
texto suficientemente exato, que o Novo Testamento n�o tem rival entre os
escritos antigos, n�o apenas em termos de pureza de texto pela maneira como foi
transmitido e mantido em uso, como tamb�m em termos de abund�ncia de
testemunhos, os quais chegaram at� n�s para corrigir falhas relativamente
espor�dicas." 100/12,13
2c. CRONOLOGIA DE
IMPORTANTES MANUSCRITOS DO NOVO TESTAMENTO
M�todos de Data��o: Alguns dos fatores
que ajudam a determinar a idade dos manuscritos s�o: 32/242 - 246
1)Materiais 5) Ornamenta��o
2)Tamanho
e forma das letras 6) Cor da tinta
3)Pontua��o 7) Textura e cor do pergaminho
4)Divis�es
do texto
O manuscrito de John Rylands (
130 A.D.) encontra-se na
biblioteca John Rylands, na cidade de Manchester, na inglaterra, e � o mais antigo
fragmento existente do Novo Testamento.
Bruce Metzger fala de uma cr�tica
abandonada: "Caso se tivesse conhecido esse pequeno fragmento durante
meadas do s�culo passado, aquela escola de cr�tica do Novo Testamento, a qual
foi inspirada pelo brilhante professor de Tubinga, Ferdinand Chriastian Baur,
n�o poderia Ter defendido que o quarto Evangelho s� foi escrito por volta de
160 A.D." 62/39
No antigo "Zur Datierung des Papyrus
Bodmer II (P.66)" (A Respeito da Data��o do Papiro Bodmer II) (In:
Anzeiger Der Osterreichischen Akademie Der Wissenschaften (Informativo da
Academia Austr�aca de Ci�ncias) n 4, 1960, p. 12033), "Herbert Hunger,
diretor das cole��es papirol�gicas da Biblioteca Nacional de Viena, atribui ao
papiro 66 uma data anterior, meados do s�culo segundo, ou at� mesmo a primeira
metade desse s�culo; veja o artigo que ele escreveu." 62/39,40
O c�dice Vaticano (325 -
350 A.D.), situado na
Biblioteca do Vaticano, cont�m quase toda a B�blia.
O c�dice Sina�tico (
350 A.D.) encontra-se no
Museu Brit�nico. Esse manuscrito, que cont�m quase todo o Novo Testamento e
mais da metade do Antigo Testamento, foi descoberto em 1859, no mosteiro do
Monte Sinai pelo Dr. Constantin von Tischendorf, sendo presenteado ao Czar da
R�ssia pelo mosteiro. Posteriormente, no dia de Natal de 1933, o povo e o
governo brit�nicos o adquiriram da Uni�o Sovi�tica por
100.000 libras.
Em 1853, uma Segunda visita de
Tischendorf ao mosteiro n�o resultou em novos manuscritos porque os monges
estavam desconfiados devido ao entusiasmo que Tischendorf demonstrava diante do
manuscrito que vira por ocasi�o de sua primeira visita, em 1844. Escondendo
suas emo��es, Tischendorf casualmente pediu permiss�o para examin�-lo mais
vagarosamente aquela noite. Com a permiss�o concedida e tendo-se retirado para
seu quarto, Tischendorf passou a noite toda tendo prazer de estudar o
manuscrito - pois, como escreveu em seu di�rio (que, sendo um erudito, mantinha
em latim), quippe dormire nefas videbatur (' na verdade, dormir parecia um
sacril�gio ')! Logo descobriu que o documento continha muito mais do que ele
at� mesmo esperara; pois n�o apenas a maior parte do Antigo Testamento estava
ali, como tamb�m o Novo Testamento estava intacto e em excelentes condi��es,
havendo tamb�m duas antigas obras crist�s do segundo s�culo, a Ep�stola de
Barnab� (anteriormente conhecida s� atrav�s de uma tradu��o latina bem
deficiente) e uma grande por��o de Pastor de Hermes, obra at� ent�o s�
conhecida de nome".
2d. A CREDIBILIDADE DOS MANUSCRITOS
APOIADA POR V�RIAS TRADU��ES
As tradu��es antigas constituem um outro
forte apoio em favor do testemunho e exatid�o dos textos. Em sua maior parte,
"raramente a literatura antiga era traduzida para um outro idioma".
37/45
"As primeiras vers�es do Novo
Testamento foram preparados por mission�rios, para auxiliarem na propaga��o da
f� crist� entre os povos cujas l�nguas nativas eram sir�aco, o latim ou o
copta." 62/67
As vers�es (tradu��es) do Novo Testamento
em sir�aco e em latim foram feitas por volta de
150 A.D. Isso nos deixa bem
pr�ximos da �poca da composi��o dos originais.
Existem mais de 15.000 c�pias de v�rias vers�es
1 .a Vers�es
sir�acas
A velha vers�o sir�aca cont�m os quatro
evangelhos, copiada por volta do s�culo quarto. � preciso explicar que
"sir�aca � o nome geralmente dado ao aramaico crist�o. � escrito numa
varia��o distinta do alfabeto aramaico". 15/193
Teodoro de Mopsu�stia (s�culo quinto)
escreveu: "Foi traduzida para
l�nguas dos s�rios". 15/193
Peshita. O sentido b�sico dessa palavra �
"simples". Foi a vers�o padr�o, preparada por volta de 150-
250 A.D. Hoje existe mais de
350 manuscritos conhecidos, copiados no s�culo quinto. 32/317
Sir�aca Palestinense. A maioria dos estudiosos
atribuem a essa vers�o a data de aproximadamente 400-
450 A.D. (s�culo quinto).
62/68-71
2b. Vers�es Latinas
Velha Latina. Existem testemunhas, a
partir do s�culo quarto at� o s�culo treze, de que, no s�culo terceiro,
"uma velha vers�o latina circulou no norte da �frica e na Europa..."
Velha Latina Africana (c�dice Bobbiense)
400 A.D. Metzger diz que
".E.A. Lowe revela ind�cios paleogr�ficos de Ter sido copiada de um papiro
do s�culo segundo". 62/72-74
O C�dice Corbiense (400-
500 A.D.) cont�m os quatro
evangelhos.
C�dice Vercelense (
360 A.D.).
C�dice Palatino (s�culo quinto A.D.).
Vulgata Latina (vulgata � palvra que
significa "comum" ou "popular"). Jer�nimo era secret�rio de
Dam�sio, bispo de Roma. Entre 366 e 384, Jer�nimo atendeu a um pedido do bispo
para que preparasse uma vers�o. 15/201
2c. Ver�es Coptas (ou
Eg�pcias)
F.F. Bruce escreveu que � pr�vavel que a
primeira vers�o eg�pcia foi traduzida no s�culo terceiro ou quarto. 15/214
Boha�rica. Rodalphe Kasser, que editou o
texto impresso dessa vers�o, calcula que ela deve datar do s�culo quarto. 37/50
2d. Outras vers�es
Antigas
Arm�nia (a partir de
400. A.D.). Parecer Ter sido
traduzido de uma B�blia em grego obtida em Constantinopla.
G�tica. S�culo quarto. Ge�rgica. S�culo quinto.
Eti�pica. S�culo sexto.
N�bia. S�culo sexto.
1.A CREDIBILIDADE DOS
MANUSCRITOS APOIADA
PELOS
PRIMEIROS PAIS DA IGREJA
A Enciclop�dia Brit�nica afirma:
"Ap�s Ter examinado os manuscritos e vers�es, cr�tico textual ainda assim
n�o esgotou o estudo das provas em favor do texto do Novo Testamento.
Freq�entemente os escritos dos primeiros pais da igreja refletem uma forma de
texto diferente da de um ou outro manuscrito... os testemunhos que d�o do
texto, especialmente quando corroboram leituras oriundas de outras fontes, s�o
algo que o cr�tico textual deve consultar antes de formar ju�zo a
respeito". 25/579
Em ref�ncia �s cita��es em coment�rios,
serm�es, etc. , Bruce Metzger reitera a declara��o acima, dizendo: "De
fato, essas cita��es s�o t�o vastas que, se todas as demais fontes de
conhecimento sobre o texto do Novo Testamento fossem destru�das, sozinhas essas
cita��es seriam suficientes para a reconstitui��o de praticamente todo o Novo
Testamento". 62/86
Ap�s uma prolongada investiga��o,
Darlymple chegou � seguinte conclus�o: "Veja aqueles livros. Voc� se
lembra da pergunta que me fez sobre o Novo Testamento e os pais? Aquela
pergunta despertou a minha curiosidade, e, como eu conhecia todas as obras
existentes dos pais do segundo e terceiro s�culos, comecei a pesquisar e, at� agora, j� encontrei todo o Novo Testamento, com exce��o de onze
vers�culos". 58/35,36
Uma advert�ncia: Joseph Angus, em Hist�ria,
Doutrina e Interpreta��o da B�blia ; Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista,
1971,1953. 2 vol., apresenta algumas limita��es dos escritos patr�sticos
antigos:
1.�s vezes
se fazem cita��es sem exatid�o verbal.
2.Alguns
copistas tinham tend�ncias para erros ou para altera��es intencionais.
Clemente de Roma (
95 A.D.). Origines,
em De Principus (sobre o
principio), livro II, cap�tulo 3 , chama-o de disc�pulo dos ap�stolos. 8/28
Irineu, prossegue,
em Contra Heresias,
livro III, cap�tulo 3, dizendo que "ainda tinha o ensino dos ap�stolos
ecoando em seus ouvidos e a doutrina deles diante de seus olhos". Ele faz
cita��es de:
Mateus 1Cor�ntios
Marcos 1Pedro
Lucas Hebreus
Atos Tito
In�cio (70-
110 A.D.)foi bispo de
Antioquia e foi martirizado, tendo conhecido bem os ap�stolos. Suas sete cartas
cont�m cita��es de:
Mateus Ef�sios 1 e 2 Tessalonicenses
Jo�o Filipenses 1 e 2 Tim�teo
Atos G�latas 1 Pedro
Romanos Colossenses
1Cor�ntios Tiago
Policarpo (70-
156 A.D.), martirizado aos 86
anos de idade, foi bispo de Esmirna e disc�pulo do ap�stolo Jo�o.
Entre outros que tamb�m citaram o Novo
Testamento encontram-se Barnab� (cerca de
70 A.D.), Hermas (cerca de
95 A.D.), Taciano (cerca de
170 A.D.) e Irineu (cerca
de170 A.D.).
Clemente de Alexandra (150-
212 A.D.). Dentre as cita��es
que faz, 2.4000 s�o do Novo Testamento. Ele cita todos os livros, com exce��o
de tr�s.
Tertuliano (160-
220 A.D.) foi presb�tero da
igreja em Cartago, tendo citado mais de 7.000 vezes o Novo Testamento, das
quais 3.800 s�o cita��es dos Evangelhos.
Hip�lito (170-
235 A.D.) faz mais de 1.300
refer�ncias ao Novo Testamento.
Justino M�rtir (
133 A.D.) combateu o herege
Marci�o.
Geisler e Nix acertadamente concluem
dizendo que, "a esta altura, um r�pido apanhado estat�stico mostrar� a
exist�ncia de umas 32.000 cita��es do Novo Testamento feitas at� a �poca do
conc�lio de Nic�ia (
325 A.D.).
Essas 32.000 s�o apenas um n�mero parcial, e nem mesmo incluem os escritores do
s�culo quarto. Apenas acrescentando-se as cita��es feitas por um outro
escritor, Eus�bio, que escreveu prolificamente num per�odo que vai at� o
conc�lio de Nic�ia, teremos o total de cita��es do Novo Testamento aumentando
para mais de 36.000". 32/353,354
A todos esse ainda se pode acrescentar os
nomes de Agostinho, Am�bio, Lat�ncio, Crisostomo, Jer�nimo, Gaio Romano,
Atan�sio, Ambros�sio de Mil�o, Cirilo, de Alexandria, Efraim o S�rio, Hil�rio
de Poitiers, Greg�rio de Nissa, etc.
Sobre as cita��es patr�sticas do Novo
Testamento, Leo Jaganay escreve: "Dentro as volumosas obras de material
n�o publicado que o de�o Burgon deixou ao morrer, destaca-se o �ndice de
cita��es do Novo Testamento, feitas pelos pais da igreja antiga. Consiste de
dezesseis espessos volumes que se encontram no Museu Brit�nico, e cont�m 86.489
cita��es". 44/48
CITA��ES PATR�STICAS DO NOVO TESTAMENTO
ESCRITOR
|
Evangelhos
|
Atos
|
Ep�stolas Paulinas
|
Ep�stolas Gerais
|
Apocalipse
|
Total
|
Justino M�rtir
|
268
|
10
|
43
|
6
|
3 266 alus�es
|
330
|
Irineu
|
1.038
|
194
|
499
|
23
|
65
|
1.819
|
Clemente de Alex.
|
1.017
|
44
|
1.127
|
207
|
11
|
2.406
|
Or�genes
|
9.231
|
349
|
7.778
|
399
|
165
|
17.992
|
Tertuliano
|
3.822
|
502
|
2.609
|
120
|
205
|
7.258
|
Hip�lito
|
734
|
42
|
387
|
27
|
188
|
1.378
|
Eus�bio
|
3.258
|
211
|
1.592
|
88
|
27
|
5.176
|
Totais
|
19.368
|
1.352
|
14.035
|
870
|
664
|
36.289
|
*14/357
|
1b. A CREDIBILIDADE DOS
MANUSCRITOS APOIADA PELOS LECION�RIOS
Essa � uma grandemente negligenciada, e,
no entanto, o segundo maior grupo de manuscritos gregos do Novo Testamento � o
dos lecion�rios.
Bruce Metzger explica a origem dos
lecion�rios: "Seguindo o costume das sinagogas, mediante o qual em todos
os s�bados, por ocasi�o do culto religioso, liam-se trechos da lei e dos
profetas, a igreja Crist� adotou a pr�tica de ler trechos do Novo Testamento
por ocasi�o dos cultos. Desenvolveu-se um sistema regular de li��es dos
Evangelhos e das Ep�stolas, e surgiu o costume de prepar�-las de acordo com uma
ordem fixa de domingos e outros dias santificados do ano crist�o". 62/30
Em geral, os lecion�rios refletiam uma
atitude bem conservadora e utilizavam textos mais antigos. Isto os torna muito
valiosos na cr�tica textual. 62/31
CONCLUS�O
Como foi estudado, o c�non surgiu para
que houvesse uma separa��o entre o certo e o errado. Pois n�o podemos viver-nos
indecisos? N�o � verdade? Ent�o a quest�o do c�non, que significa, regra de f�,
apareceu, surgiu, para que falasse n�o s� a igreja, mais as pessoas, acerca de
que quias livros da B�blia, das Santas Escrituras, foram realmente inspiradas,
feitos por uma autoridade divina. Mais n�o foi s� isso n�o; para que tudo finalizasse
bem (em rela��o aos livros), a igreja
precisou de muita luta. Os pais da igreja (os lideres questionaram muito sobre
isso. Pois se podia dizer que um livro era can�nico mediante alguns crit�rios,
como por exemplo: Foi preciso provar que tal livro possu�a autoridade e era
din�mico; como n�s sabemos muito bem que a B�blia tem o poder, autoridade de
salvar vidas.
Se ele era digno de confian�a a aB�blia
fala mesmo a verdade? Podemos n�s seguir-mos o que est� escrito na B�blia? Seus
ensinamentos (como o de Paulo) possuem
mesmo confian�a? Enfim era preciso que fosse lido, guardado, usado e
principalmente aceito pelo povo.
Outra quest�o tamb�m que envolvia os
livros da B�blia; foi aquest�o do Novo Testamento. A onde foi preciso provar se
tal livro possu�a inspira��o e era ap�stolico. Pois n�s sabemos muito bem que a
maioria das cartas relacionadas a igreja foram escritos pelos ap�stolos do
Senhor, que eram homens dotados pelo Esp�rito Santo; pelo qual eles foram
guiados a escrever somente a verdad. Ent�o o que foi questionado foi o
seguinte: So se era considerado o livro (como as �pistolas de Paulo aos
Hebreus), caso fosse provado que foi Paulo realmente que escrevera. Caso
contr�rio n�o era ap�stolica, nem muito menos can�nico.
Enfim at� os pol�icos perseguirem a
igreja a respeito da canonicidade dos livros.
Vimos tamb�m o aparecimento, o
crescimento de outros livros daB�blia considerados como (ap�crifos-falsos). Da�
surge a quest�o:”E os cat�licos? A onde ficam nessa hist�ria. Ser� que s� os
crist�es tem raz�o? Somente os livros da B�blia deles falam a verdade? Mas � a
partir da� que surgiram as brigas; quanto mais a igreja cat�lica afirmava que a
nossa B�blia � que era falsa, mais surgiam-se os falsos livros. Mais tudo isso
resultou-se no seguinte: At� hoje os 66 livros constados na B�blia dos
evang�licos � que s�o oficialmente oficializados como can�nicos; e n�o os
7 a mais da B�blia dos
cat�licos. Que por sinal em um dos seus livros ap�crifos, o pr�prio autor pede
perd�o pelo que escreve.
Enfim resumidamente essas foram as
quest�es que envolveram a canoicidade dos livros. Sabendo-se que tanto como o
livro do Antigo como o do Novo s�o considerados at� hoje como livros inspirados
e Sagrados por Deus. E que cabe a n�s, seguidores e ouvintes da palavra,
dar-mos gl�ria a Deus por por tudo que esses livros p�de e pode trazer a
n�s.
BIBLIOGRAFIAS:
•A
B�blia Atrav�s dos S�culos - Ant�nio gilberto
•Introdu��o
B�blica - Norman Geisler
•Encicl�pedia
B�blica
•Enciclop�dia de B�blia Teologia e Filosofia - R. N Champlin, Ph.D
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