A oração muda circunstâncias

by @prflavionunes

por Artigo compilado – seg set 14, 5:31 pm

A oração funciona realmente, de tantos modos, a ponto de nos impressionar. Uma das grandes modalidades da oração é mudar as circunstâncias. E como muda! A Bíblia ensina que no caminho da oração está a so­lução dos problemas, mediante realizações divinas. Se fôssemos contar todas as lições de resultados de oração que a Bíblia relata, teríamos de escrever grossos volumes. Veja­mos alguns exemplos do poder da oração, registrados no Velho e no Novo Testamento.

A oração no Velho Testamento

Abraão orou e o curso da história mudou em Canaã e em cidades próximas. Cinco cidades no vale do Mar Morto estavam conde­nadas à destruição, por causa de seus abomináveis pecados. As cidades eram Sodoma e Gomorra (Gn. 18:20-21), Admá e Zeboim (Dt. 29:23) e Zoar (Gn. 19:21-22). As quatro cidades da Campina foram des­truídas pelo fogo do céu (Gn. 19:23-29). Zo­ar, porem, foi poupada juntamente com Ló e sua família, exceto sua desobediente espo­sa. E qual a razão desse espetacular livra­mento? O segredo está registrado em Gn. 18:22-23: “Então partiram dali aqueles ho­mens, e foram para Sodoma; Abraão, porém, permaneceu ainda na presença do Senhor. E, aproximando-se a Ele, disse: “Destruirás o justo com o ímpio?” Abraão, avisado pelos anjos do Senhor de que as cidades da Campina seriam destruídas, foi à presença de Deus em oração e permaneceu orando em verdadeira batalha. Ele lutou com o Altíssi­mo, intercedeu, argumentou e derramou a sua alma. A oração do Patriarca mudou os acontecimentos: os ímpios daquelas cidades pereceram, mas o parente de Abraão foi pre­servado.

Isaque orou e Rebeca, sua esposa, após vinte anos de casada (Gn. 25:21), gerou um filho. Acredito que, nesses vinte anos, Isaque orava. Mas, um dia, fez aquela oração que nós conhecemos: entrou na luta, decidido a não sair dela sem a vitória. Pois a esterilidade de Rebeca seguia em sentido oposto aos pla­nos de Deus. A Abraão foi feita a promessa (Gn. 12:3) de ter descendentes. Já fazia vinte anos que estavam casados e Rebeca conti­nuava estéril. Como se cumpriria o propósi­to de Deus em relação ao Messias? Algo precisava mudar. E mudou com a fervorosa oração de Isaque. Pediu um filho e Deus lhe deu dois.

Jacó orou na orla oriental do Jaboque. Quase vinte anos se passaram desde o fatídi­co dia em que fugiu de seu irmão Esaú. Agora Esaú vem a seu encontro com quatrocentos homens (Gn. 32:6-7). Pelo texto, concluímos que Esaú vinha para vingar-se de Jacó, que lhe roubara a primogenitura. Ora, com Jacó estava a bênção de Isaque (Gn. 27:27-29). Uma vez destruído, onde estariam as Doze Tribos de Israel e, particularmente, a de Judá, da qual viria Davi e o Senhor Jesus? As circunstâncias precisariam mudar. Mas co­mo mudariam? Muitos caminhos se abriram diante de Jacó, mas ele tomou o da oração. Foi à presença de Deus e lutou com o Senhor a noite toda. Lutou, perseverou e venceu. E tudo mudou. Quando vinha raiando o dia em Peniel, Jacó prevaleceu com Deus; portanto, prevaleceu com o homem. Em lugar de espa­da, abraços; em lugar de ódio, beijos; em lugar de inimizade, amor; em lugar de luta, compreensão; em lugar de destruição, acor­do; em lugar de contenda, paz.

Israel gemeu sob o látego impiedoso do Egito, opressor durante quatrocentos anos, entre glórias e humilhações, luz e trevas, liberdade e escravidão. Mas, derramando suor de sangue sobre os tijolos que fabricava, Israel “clamou ao Senhor e seu clamor subiu a Deus” Êx. 2:23-25. E a oração vitoriosa, mais uma vez, mudou as circunstâncias. Fi­nalmente, Deus tirou Israel da escravidão e o conduziu de milagre em milagre a Canaã. A resposta às orações de Israel foi o povo de Deus plantado na terra prometida a Abraão, a Isaque e a Jacó. E, caminhando para o cumprimento pleno da promessa, disse: “(…) abençoarei os que te abençoarem, e amaldi­çoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Gn. 12:3. “Nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor falara à casa de Israel: tudo se cumpriu”. Js. 21:45.

Elias orou para que não chovesse e, por espaço de três anos e meio, não choveu sobre a terra. Tornou a orar e os céus deram chuvas abundantes. A nação israelita se arrastava numa crise terrível. E a crise era primeira­mente espiritual. Deus respondeu ao povo, porque Elias orou.

A oração no Novo Testamento

O Novo Testamento nos fala de oração. Jesus orou, os apóstolos oraram, o povo orou. A primeira batalha de Jesus contra o Diabo foi precedida de quarenta dias e qua­renta noites com jejum. Jesus passava a noite orando, levantava-se de madrugada para orar e retirava-se para orar. Sua vida era de oração.

Jesus ordenou aos discípulos: Vigiai e orai. Noutro lugar, o Mestre disse: Orai sem cessar. Logo que Ele subiu para o céu, recolheram-se ao Cenáculo e ali entregaram-se à oração e oraram até que o poder dos céus desceu no dia de Pentecostes. Daí para fren­te, a Igreja nunca cessou de orar. Ora antes e depois de um problema; ora pedindo e ora agradecendo; ora na alegria e ora na tristeza; ora na vida e ora na morte; ora pelas almas perdidas, ora pelos enfermos e ora pelas au­toridades; ora sempre.

Um grande problema veio sacudir a igreja de Jerusalém. O rei mandou prender Tiago e Pedro. Mandou matar Tiago e reser­var Pedro para supliciá-lo no dia seguinte. Nessa hora de ameaça e dor, a igreja de Jerusalém, pequenina e reunida numa casa familiar, orou naquela noite fatídica. E orou até que o Senhor enviou seus anjos ao cárce­re para tirar Pedro de lá. E tirou. Grande vitória de Deus sobre o Diabo. Deus foi glorificado.

A oração marcou a história

Lutero orou decisivamente na cela de Wartburgo e Deus incendiou o mundo com a Bíblia. Evan Roberts orou anos e anos e, como resposta à oração, Deus salvou, no espaço de cinco semanas, mais de vinte mil almas no País de Gales. Jonathan Edwards pregou, com poder e graça, o sermão: “Um Pecador Nas Mãos de Um Deus Irado”, e os Estados Unidos experimentaram um pode­roso avivamento. David Brainerd orou e mi­lhares de índios peles-vermelhas foram alcançados pela cruz do Salvador. Charles Finney orou e levou milhares a orar e, como resultado, mais de quinhentas mil pessoas foram salvas por Cristo.

A Inglaterra do século XVIII estava mer­gulhada nas trevas dos mais aviltantes peca­dos. Mas Deus usou os moravianos para despertar dois irmãos: João e Carlos Wesley. Estes, uma vez convertidos, organizaram com dezenas de outros jovens o “Clube San­to” cujo propósito era o de orar por um derramar do Espírito Santo sobre a sombria Inglaterra. Oraram meses e meses e tudo começou a mudar. Sessenta pessoas duma só vez, numa madrugada, foram batizadas no Espírito Santo. João Wesley e George Whitefield levaram o povo a orar. Ambos prega­ram a Palavra de Deus com poder e sem medo. E então o Espírito Santo começou a transformar as pessoas: homens embrutecidos passaram a tratar seus animais de carga com brandura, prova de mudança em seus corações; o jogo foi vencido, as bebidas alco­ólicas desprezadas; a traição superada e o crime, o furto e a imoralidade destronados. Até as modas femininas foram transforma­das. Os templos eram superlotados de peca­dores que buscavam perdão e salvação. Os moravianos oraram definidamente por um avivamento e Deus derramou Seu Espírito e estes se espalharam pelo mundo num glorio­so trabalho missionário. Tito Coan orou e mais de quinze mil pessoas foram salvas em poucas semanas, no Havaí. John Hyde orou no navio que o levava à índia, onde iria tra­balhar. Ah mesmo Deus o encheu de poder e um grande avivamento sacudiu o Norte da índia. O povo da Coréia, sabendo do que Deus estava operando na índia, orou tam­bém e Deus incendiou a Coréia com o fogo de Seu Espírito e milhares foram salvos. Jonathan Goforth foi à Índia estar com John Hyde e levou em seu coração o calor do Espírito, que se tornou poderosa fogueira a alastrar-se pela Mandchuria toda. D. L. Moody orou e um poderoso avivamento caiu nos Estados Unidos e na Inglaterra.

Uma necessidade atual

E hoje, o mundo precisa de um aviva­mento. E por que Deus ainda não acendeu esse fogo? Porque não estamos orando defi­nidamente por um grande e poderoso aviva­mento espiritual, pelo derramar do Espírito Santo nos corações.

Todos os avivamentos da história vieram como resposta às orações do povo de Deus. Para que o avivamento venha à igreja de hoje, precisamos orar. Orar sem gritaria, sem barulho, sem ódio no coração, sem reserva na alma, sem adversidade, sem preconceito, sem preocupação de dons espirituais; orar com sinceridade, com obediência à Palavra de Deus, orar no Espírito Santo, visando a salvação dos perdidos; orar sempre, sem de­sanimar. É tempo de orarmos desse modo.

Se começarmos a orar, nosso Brasil vai ser abalado e os fundamentos do Diabo, que são de ódio e crime, furto e violência, imora­lidade e pornografia, macumba e idolatria, vão mudar.

As mais escolhidas bênçãos de Deus já estão preparadas no Céu, prontas para serem derramadas sobre nós. O Todo-poderoso aguarda somente nossas orações para ter a oportunidade de nos responder. “Todos os recursos divinos estão atrás da vontade hu­mana submissa. Se fizermos o que Deus diz, Deus fará o que nós dizemos”. Disse Jesus: “Se estiverdes em mim e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis o que quiserdes e vos será feito”. Jo. 15:7. É tempo de orar!

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ENÉAS TOGNINI, FONTE: REVISTA “RAIO DE LUZ” ANO 21 – N°81

Cada autor é responsável pelo conteúdo do artigo.

Pr. Flávio Nunes

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