Amanda Mars: “O método jornalístico do correspondente consiste em extrair de toda história particular a tendência de fundo”

by @prflavionunes

Mais informações

No ano passado, um homem negro chamado George Floyd morreu durante uma detenção, num episódio que avivou um movimento global contra o racismo. Isso é algo que a diretora da sucursal do EL PAÍS em Washington, Amanda Mars, não podia imaginar que ocorreria quando embarcou num avião rumo a Minneapolis para contar sua história.

O fato ilustra a maneira como Mars entende seu trabalho: “Para mim, o método jornalístico do correspondente consiste em extrair de toda história particular a tendência de fundo que ela revela. Ou seja, a história do país que você está contando: isso que aconteceu com um caçador do Oregon ou um cabeleireiro de Wisconsin. E, ao contrário, diante de uma efeméride ou uma grande cifra, é preciso escavar para chegar ao relato individual”.

A jornalista cobriu todo o mandato de Donald Trump como presidente dos EUA, no que qualifica como um período sem paralelo. “Foi como termos passado cinco anos montados num touro mecânico que não parava. Se mantivemos as rédeas foi em parte graças aos leitores, porque, justamente quando há muito ruído e muita confusão, se colocar na pele do leitor e entender quais são realmente as perguntas a responder são coisas que ajudam muito a limpar o terreno e tomar decisões”, afirma. E acrescenta: “O leitor do EL PAÍS sabe que vai ler coisas que desafiam seu julgamento, seus preconceitos, e isso ele aceita”.

Apoie a produção de notícias como esta. Assine o EL PAÍS por 30 dias por 1 US$

Clique aqui

Postagens Relacionadas

Leave a Comment

Chat Aberto
Posso lhe ajudar?