Brasil deve cair para 13ª posição entre maiores economias do mundo este ano, aponta FMI

by @prflavionunes

O Brasil deverá cair mais uma posição na lista das maiores economias do mundo em 2021. Levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating, a partir das novas projeções do do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia global, mostra que o país deverá ser ultrapassado pela Austrália e deverá encerrar o ano que vem como a 13ª maior potência econômica do mundo.

Os dados do novo relatório do FMI confirmaram que economia brasileira caiu 3 posições em 2020, para a 12ª colocação, após o tombo histórico de 4,1% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado, como já apontado em ranking divulgado em março pela Austin Rating.

No ano passado, a economia brasileira foi superada por Canadá, Coreia e Rússia, considerando o PIB dos países em valores correntes, em dólares.

Veja abaixo o ranking de 2020 e as classificações projetadas para 2021:

Ranking das maiores economias do mundo — Foto: Economia G1

ntre 2010 e 2014, o Brasil se manteve na 7ª posição. No pior momento, em 2003, ficou na 14ª posição. O ranking da Austin Rating faz o comparativo das maiores economias do mundo desde 1994.

O que explica a perda de posições

O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, explica que a principal explicação para a perda de posições do Brasil em 2020 foi o efeito pandemia associado ao aumento das incertezas domésticas, em meio às preocupações com a saúde das contas públicas e maior desconfiança dos investidores.

“As instabilidades afetaram forte, e negativamente, a percepção dos investidores (domésticos e internacionais) sobre a capacidade de gestão do endividamento público e, com isso, houve revisão dos portfólios globais”, afirma o economista.

Ele destaca ainda que o real se desvalorizou frente ao dólar (-31%) mais do que as moedas de concorrentes diretos como Rússia (-11,9%) e Coreia (-1,3%). Já o dólar canadense teve valorização de 1,1%.

A queda do PIB brasileiro em 2020 também foi maior do que a registrada pela Rússia (-3%) e Coreia (-1%), mas menor que a retração do Canadá (-5,4%).

O desempenho do PIB do Brasil em 2020 ficou na 21ª colocação num comparativo entre as 50 maiores economias do mundo.

Risco de ser superado também pela Espanha

Pelas projeções do FMI, o Brasil deverá se manter na 13ª colocação pelo menos até 2023.

A Austin avalia que o Brasil corre “sérios riscos” de ser superado também pela Espanha em 2021, o que deixaria o país na 14ª posição, em razão do fortalecimento do euro e estimativa de que a economia espanhola deverá crescer bem acima da brasileira. O FMI projeta alta de 6,4% no PIB da Espanha, enquanto para o Brasil, a estimativa é de crescimento de 3,7% em 2021, abaixo da média global.

Para Agostini, o desempenho da economia brasileira em 2021 vai depender também da capacidade do país avançar com a campanha de vacinação contra o coronavírus e da aprovação de reformas estruturantes.

“O real deve se desvalorizar mais que as moedas de outros países em virtude do baixo ritmo de imunização, que exige as medidas restritivas, além do risco fiscal ainda elevado com o Orçamento em revisão, a taxa de juros em ciclo de alta e, por fim, a ausência de aprovação das reformas estruturantes”, afirma.

Segundo o levantamento, a participação do PIB do Brasil na economia global em 2021, em dólares, deverá atingir 1,59%. Se a projeção se confirmar, será a menor taxa desde 2004 (1,52%).

“Em 41 anos, a taxa de 2021 será superior apenas em 8 anos: de 1980, 1981, 1983 e 1984, que foram anos afetados pelas 1ª e 2ª crises do petróleo; também em 1992 por conta do sequestro da poupança e hiperinflação; além dos anos de 2002, 2003 e 2004, devido à forte desvalorização do real”, destaca Agostini.

Na semana passada, os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) no ano de 3,18% para 3,17%, segundo pesquisa Focus do Banco Central. Foi a quinta queda seguida do indicador. Para 2022, o mercado baixou de 2,34% para 2,33% a estimativa de expansão da economia brasileira.

Fonte: G1

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Pr. Flávio Nunes

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