Brasil, o pior país do mundo para as mulheres negras grávidas

by @prflavionunes

Lidiane estava grávida do segundo filho. Trabalhava em uma funerária herdada do pai, o negócio era familiar. Todos os dias embalava e embelezava os corpos para que fosse feita a última despedida. Nunca trabalhou tanto quanto na pandemia de covid-19 no Rio de Janeiro. Já grávida, foi quem preparou o pai para as cerimônias fúnebres. Era a segunda filha de três irmãs, a única que reproduzia o ofício de cuidar dos mortos com a arte do vestir, maquiar, ajeitar mãos e olhos. Não podia adoecer por razões íntimas e altruístas, contam as irmãs, Erika e Monika: sua renda dependia da funerária, e nunca se precisou tanto dos cuidadores dos mortos quanto na pandemia. Mas Lidiane trabalhava com medo.

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