Instituto Teológico Gamaliel

O EL PAÍS chegou ao Brasil em 2013, num momento em que a população repensava a sociedade que queria ser depois das jornadas de junho naquele ano, quando milhões de brasileiros foram às ruas protestar contra tudo e contra todos. De lá para cá, o país deu cambalhotas na política e na economia, e hoje vive sob um Governo de extrema direita, que abala os princípios da sua democracia. Nesse contexto, o jornalismo tornou-se alvo de ataque de uma política extremada que incentiva seus seguidores a fazer o mesmo. “Nós vivemos um momento em que é preciso coragem para se posicionar”, diz Carla Jiménez, diretora do EL PAÍS no Brasil.

Com reportagens produzidas pela equipe brasileira, e também pela extensa gama de correspondentes pelo mundo, o EL PAÍS colocou o Brasil dentro de uma perspectiva mundial para seus leitores, que passam a vislumbrar como os demais países se movem diante dos mesmos desafios enfrentados aqui. “Todo dia nós publicamos reportagens da rede de correspondentes do grupo, que dão a visão e o olhar de outras democracias pelo mundo. Nós temos que mostrar que o que acontece no Brasil nem sempre está indo pelo caminho certo”, completa.

Foi desta forma que o jornal, fundado em 1976 na Espanha com o renascimento da democracia depois de 40 anos de ditadura franquista, conquistou seus leitores brasileiros nestes quase oito anos de vida da edição local. O Brasil se tornou uma base importante para o EL PAÍS, quando o jornal ganha cada vez mais alcance no continente americano. Com redações de peso em Washington e na Cidade do México, e dezenas de correspondentes nos principais países da região, o EL PAÍS conquistou identidade e respeito quando .

A diretora do EL PAÍS no Brasil também reflete sobre a responsabilidade que é ouvir ou ler os elogios feitos à edição brasileira. “Há leitores que nos escrevem dizendo que o melhor jornal do Brasil é espanhol. É uma responsabilidade muito grande sustentar esse elogio”, conclui.

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