Teologia & Bíblia: Crítica Textual

by @prflavionunes



Introduz o estudo da Crítica Textual mostrando que, apesar de não haverem cópias inerrantes, nenhuma doutrina bíblica é afetada por esse estudo.

CONTEÚDO:

TRANSMISSÃO DO TEXTO BÍBLICO

Sabemos que a Bíblia levou muito tempo para ser escrita e ainda mais
tempo para chegar até nós. Todo o processo de escritura da Bíblia levou
cerca de 1600 anos, desde o século XVI a.C., aproximadamente, com
Moisés até os últimos livros do Novo Testamento no fim do século I d.C..
Além disso, se existe uma grande diferença entre o primeiro e o último
livros a serem escritos (cerca de 1600 anos), a diferença entre o nosso
tempo e o do último dos livros é ainda maior (quase 2000 anos). Devido a
todo esse tempo, é praticamente impossível acharmos os documentos
originais escritos pela mão de Moisés ou Jeremias ou Paulo ou João.
(Amaral & Amaral)

PROBLEMA DA CRÍTICA TEXTUAL

Ora, é muito difícil garantir que uma cópia feita à mão de um
documento grande (como são os livros bíblicos) seja isenta de
erros. Falhas na hora de copiar, na hora de ler, na hora de
escutar, na hora de lembrar e diversas outras questões
ocasionaram o problema da crítica textual: apesar de a maior
parte dos manuscritos concordarem na maior parte do texto
bíblico, eles discordam entre si em numerosos textos. Essas
diferenças na forma textual são chamadas de variantes.
(Amaral & Amaral)

Como Deus não prometeu em lugar algum uma transmissão
inerrante das Escrituras, é necessário afirmar que apenas o
texto autográfico dos documentos originais foi inspirado e
manter a necessidade da crítica textual como um meio de
detectar quaisquer deslizes que possam ter aparecido no
texto ao longo de sua transmissão. O veredito dessa ciência,
contudo, é que os textos hebraicos e gregos parecem ter sido
incrivelmente bem preservados, de modo que nós estamos amplamente
justificados em afirmar, assim como faz a Confissão de Fé de
Westminster, que houve uma providência singular de Deus nesse
assunto e em declarar que a autoridade das Escrituras de modo
algum é posta em risco pelo fato de as cópias que possuímos não
serem inteiramente livres de erros.
(Henry)

NA PRÁTICA

Impossível estudar crítica textual sem conhecimento de grego
e hebraico.

Isso explica a diferença entre algumas traduções bíblicas que
utilizam critérios diferentes para a crítica textual (ex: NVI e
ACF no Novo Testamento).

Nenhuma dessas diferenças muda doutrina alguma da igreja.

Foram utilizadas neste trabalho as seguintes referências:
Amaral, Tiago S. & Amaral, Mônica S. “Introdução à Exegese Bíblica: Antigo e Novo Testamentos”. Rio de Janeiro: CPDouloi, 2014.

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