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Desmatamento na Amazônia: cenário de janeiro de 2021 é de queda, mas ainda é preciso cautela

Em janeiro de 2021 o desmatamento identificado pelo sistema de monitoramento Deter/Inpe na Amazônia totalizou 85,74 quilômetros quadrados. Este valor representa uma queda de aproximadamente 60% em relação ao mês anterior e de 70% quando comparado ao mesmo período de 2020.

De maneira geral, existem tendências de maior ou menor intensidade de alterações na cobertura florestal na Amazônia durante o ano. Janeiro é normalmente um período de elevado volume de chuvas na maior parte da região, o que contribui para uma redução no desmatamento.

Devido à influência das chuvas na dinâmica do desmatamento são esperados picos de ocorrência na estação seca, assim como baixa atividade nos meses mais chuvosos. Isso se deve tanto a fatores externos, como a dificuldade de acesso, quanto a fatores inerentes ao próprio processo de desmate, como o frequente uso do fogo para a limpeza da área recém-desmatada.

Além disso, a presença de nuvens nas imagens de satélite impossibilita o monitoramento de algumas áreas, podendo contribuir para a diminuição na identificação de desmatamento durante o período chuvoso. Apesar dessa relação, a chuva não é o único fator de influência no processo. O desmatamento é resultado de um conjunto de fatores políticos e econômicos, além da fiscalização governamental e das ações para a aplicação da legislação vigente.

Os cinco municípios que mais desmataram em janeiro de 2021

Uma característica importante a ser observada é onde foi identificada a maior quantidade de desmatamento. Dos cinco municípios com maiores áreas desmatadas em janeiro, apenas um deles, Altamira, no Pará (8,4 km2), está entre os municípios que mais desmataram em 2020. Além disso, todos os outros quatros municípios estão localizados no estado do Mato Grosso: Confresa – MT (7,6 km2), Nova Ubiratã (6,2 km2), Itaúba – MT (5,2 km2) e Peixoto de Azevedo – MT (5.1 km2). Conheça um pouco mais sobre estes municípios.

Disclaimer

Essas análises foram embasadas no Deter, o sistema de monitoramento e alerta de desmatamento e outras alterações da cobertura florestal na Amazônia, desenvolvido pelo Inpe para dar suporte à fiscalização, através do repasse diário dos dados mapeados para o Ibama e outros órgãos competentes.  Esse sistema monitora vegetação com fisionomia florestal dentro da Amazônia Legal Brasileira, excluindo áreas previamente desmatadas. Portanto, não são contabilizadas as áreas que passaram por desmatamento no passado, estavam em processo de regeneração florestal e foram novamente desmatadas.

A identificação de alterações da cobertura florestal é feita por interpretação visual de especialistas, com área mínima próxima a 3 hectares. Para o público geral são disponibilizadas as áreas superiores a 6.25 hectares através do site. A metodologia e as estatísticas de validação do Deter publicadas em artigo científico está disponível em: https://doi.org/10.1109/JSTARS.2015.2437075.

Embora o Inpe enfatize que a finalidade do Deter seja a expedição de alertas para suportar a fiscalização e que os números oficiais do desmatamento na Amazônia Legal Brasileira sejam fornecidos anualmente pelo Sistema Prodes, a divulgação do Deter tem permitido que a sociedade acompanhe mais de perto a dinâmica do desmatamento na região.

Fonte: Exame

Pr. Flávio Nunes

@prflavionunes

🔥Pastor, Mestre em Ensino à Distância, Doutor em Teologia, Pregador da Palavra, Reitor do ITG e Presidente da OTPB. Casado com @tatiane_marlen .🇧🇷🇺 https://institutogamaliel.com/

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