Mergulhado há décadas em várias guerras civis com guerrilhas formadas por minorias étnicas, Mianmar vê aumentarem as possibilidades de um conflito maior ante a espiral de violência e anarquia gerada após o golpe de Estado de fevereiro passado. Com mais de 500 mortos pelos ataques de policiais e militares contra os manifestantes que pedem a volta da democracia, e a fuga de milhares de birmaneses a países como Tailândia e Índia, o país enfrenta um dilema impossível: ou se opor ao Tatmadaw ―o Exército birmanês― ou se render ante os golpistas. A segunda opção tem sido descartada por algumas das guerrilhas mais poderosas da antiga Birmânia, que, em diálogos com o Governo civil na clandestinidade, concordam em se unir para formar um exército federal que possa afastar do poder as forças armadas do general golpista, Min Aung Hlaing.
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