Um músico evangélico se sentiu discriminado por conta da repreensão que recebeu de uma das lideranças de uma igreja onde se apresentaria e registrou um boletim de ocorrência por injúria racial. O rapaz, que usa cabelo black power, afirmou que “não tem como mudar” seu penteado.

O caso do músico Pedro Henrique Santos, 22 anos, virou caso de Polícia após ele registrar um B.O. contra um dos líderes da congregação da Igreja Adventista do Sétimo Dia que ele visitava no último sábado, 05 de junho.

“É o meu cabelo, é uma coisa natural minha, então não tem como [mudar]”, disse Pedro Henrique Santos sobre a queixa do líder da congregação que entendeu que seu visual estava inadequado e não o autorizou a tocar no culto.

Pedro Henrique revelou que frequenta a Adventista desde criança, em uma congregação de um bairro diferente em Goiânia (GO) e se dedica à música desde os 12 anos de idade. A notícia de que ele não poderia tocar foi dada pela organizadora do evento, a pedido do ancião.

“Ele [ancião] estava mexendo no ar-condicionado e falou para a mulher que estava com a direção da programação: ‘Esse aí não vai cantar aqui’. Eu fiquei sem entender, ela foi lá, confirmou com ele e, realmente, eu não poderia cantar por conta do meu cabelo [black power]. Conversei com o pastor, a gente discutiu um pouco, mas nada aconteceu”, reclamou Pedro Henrique.

De acordo com informações do portal G1, a Igreja Adventista do Sétimo Dia informou que não compactua com nenhuma forma de discriminação e que está apurando o caso. O B.O., registrado por Pedro Henrique no 8° DP, virou um inquérito que foi encaminhado para o 22º DP, mais próximo do bairro onde está situada a congregação.

“Espero que haja mudanças, porque isso pode atrapalhar a vida espiritual de outra pessoa. Espero que tudo se resolva e se acerte”, finalizou o jovem músico.

 





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