Josiel Alcolumbre e Dr. Furlan vão disputar segundo turno em Macapá, após eleição marcada por apagão

by @prflavionunes

Josiel Alcolumbre (DEM) durante campanha em Macapá.
Josiel Alcolumbre (DEM) durante campanha em Macapá.Facebook

A população de Macapá foi às urnas neste domingo para votar para prefeito e 23 vereadores, após as eleições serem adiadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido à falta de segurança com o apagão que afetou boa parte do Amapá em novembro. Com 100% das urnas apuradas, Josiel Alcolumbre (DEM), com 29,47% dos votos, e Dr. Furlan (Cidadania), 16,03%, vão disputar o segundo turno no dia 20 de dezembro.

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José Samuel Alcolumbre Tobelem, 47 anos, mais conhecido como Josiel, foi primeiro suplente do irmão, o atual presidente do Senado Davi Alcolumbre, em 2014. Esta é a primeira candidatura do jornalista e empresário, que é apoiado pelo governador do Estado, Waldez Góes (PDT), e pelo prefeito de Macapá, Clécio Luis (sem partido). Atualmente, ele ocupa a presidência do diretório do DEM em Macapá. Em meio à crise de energia, o presidente do Senado chegou a afirmar que seu irmão foi “o maior prejudicado” pela politização do apagão, já que tudo caminhava para que ganhasse no primeiro turno, segundo publicou O Globo. Conhecido como Dr. Furlan, Antônio de Oliveira Furlan (Cidadania), também com 47 anos, é médico especializado em cirurgia cardiovascular e foi eleito pela primeira vez em 2010 ao cargo de deputado estadual. Está em seu terceiro mandato parlamentar e concorre pela primeira vez a um cargo Executivo.

A corrida pelo segundo turno foi seguida de perto pelos ex-senador João Capiberibe (PSB), um veterano da política na região, que recebeu 14,94% dos votos. Também concorreram à Prefeitura de Macapá, que concentra 56% do eleitorado do Estado (292.718 eleitores), Cirilo Fernandes (PRTB), Patrícia Ferraz (Podemos), Guaracy Batista da Silveira Júnior (PSL), Marcos Roberto Marques da Silva (PT), Paulo Lemos (PSOL), Gianfranco Gusmão (PSTU) e Haroldo Iram (PTC).

O atual prefeito de Macapá, Clécio Luís, que encerra seu segundo mandato em 2020, classificou o pleito como “completamente atípico”. “Em Macapá as eleições sempre são acirradas, a política é muito forte aqui, mas essa é de longe a mais disputada e com intercorrências que estão fora da política. Veio a pandemia, o apagão; fenômenos que não estão na governabilidade dos políticos”, afirmou em entrevista ao Diário do Amapá.

As votações, no entanto, ocorreram sem incidentes graves. Seis pessoas foram presas, dentre elas, um candidato a vereador por boca de urna, e um homem por compra de votos. Até as 18h, 4.560 eleitores de Macapá justificaram ausência por meio do e-Título, que funcionou normalmente após ter instabilidade técnica no primeiro turno das eleições no dia 15 de novembro. Nove urnas eletrônicas foram substituídas, representando 1,05% do total.

O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, esteve em Macapá no sábado para acompanhar os trabalhos da comissão de auditoria da urna eletrônica. Em 12 de novembro, o Tribunal adiou as eleições devido à crise de energia causada por um incêndio que destruiu três transformadores em uma subestação de energia na capital, em 3 de novembro, provocando um apagão de quatro dias e sucessivas falhas no acesso à eletricidade por parte da população.

O apagão durou 22 dias afetando 13 dos 16 municípios do Estado. Dezenove dias após o início da crise, o presidente Jair Bolsonaro visitou o Amapá e garantiu o restabelecimento da segurança energética. “Desde o começo fizemos todo o possível para restabelecer a energia no Estado”, afirmou. Uma medida provisória, assinada em 25 de novembro, isentou a população das cidades afetadas do pagamento da conta de energia elétrica dos últimos 30 dias. O senador Davi Alcolumbre, que acompanhou Bolsonaro na solenidade de assinatura afirmou que trata-se de “um grande gesto com o povo do Amapá”. “Pequenos empresários, comerciantes, feirantes, pescadores, todos nós amapaenses fomos vítimas dessa tragédia, dessa fatalidade. Eu tenho certeza absoluta de que isso é uma forma de reparar esses danos aos amapaenses”, afirmou, conforme a Agência Senado.

A Justiça do Estado também determinou o afastamento da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável por regular o setor elétrico no país, e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável pela gestão do setor. A decisão se deu a partir de um pedido do senador Randolfe Rodrigues (REDE). “Eu nunca vi o povo sofrer tanto como nesses dias”, afirmou o senador ao EL PAÍS em sua casa, em Macapá, em novembro. Rodrigues, assim como os dois senadores do Estado ― Lucas Barreto (PSD) e o atual presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM)―, votaram na manhã deste domingo na capital.

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