A PEC do voto auditável será votada na próxima quinta-feira, 08 de julho, e a mobilização gerada contra a proposta pelo ministro Luís Roberto Barroso motivou o pastor Silas Malafaia a comentar o assunto.

Num vídeo, o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) lembrou que projetos semelhantes já foram aprovados pelos parlamentares no passado e, posteriormente, derrubados pelo STF.

“Essa questão é séria e grave. Em 2009, o Congresso Nacional aprovou o voto impresso, e a desculpa mais esfarrapada do Supremo Tribunal Federal para solapar aqueles que representam o povo é que ‘vai gastar muito dinheiro’, ‘não dá tempo’”, introduziu.

Malafaia não escondeu sua indignação com a postura do principal opositor da PEC: “Hoje, nós estamos vendo o ministro Barroso, numa tresloucada corrida para tentar convencer o impedimento do voto impresso. Agora, escutem o que eu vou dizer para vocês: toda contagem de voto tem que ser pública. A apuração em segredo já é uma fraude. O boletim de urna só dá resultado”.

“Imagine você, como o procurador falou, uma reunião de síndicos do prédio, você chega com a urna, cada um vota na urna e você leva a urna para casa, para você dar a contagem e depois você apresenta um boletim. Está sendo solapado o direito do povo brasileiro. Tem que se dar publicidade à contagem do voto”, protestou o pastor.

Ao final, Malafaia questionou o motivo de rejeição a uma medida que traria maior segurança: “Estranho! Por quê o PT e os puxadinhos da esquerda não querem brigar pelo voto impresso? Na eleição de 2020, você lembra, ficou parado três horas o sistema de contagem. […] Pense, povo brasileiro! Por algum acaso o Brasil tem mais tecnologia que Japão, Israel, Estados Unidos, Alemanha, Europa? Lá não tem voto com contagem eletrônica”.

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PEC do voto auditável

O economista e jornalista Rodrigo Constantino usou seu canal no YouTube para contextualizar a queixa sobre a tecnologia usada nas urnas eletrônicas brasileiras.

“Técnicos e especialistas são quase unânimes ao constatar que o sistema atual de urnas eletrônicas que usamos no Brasil, de primeira geração, criado há 30 anos, não é nem muito transparente e nem tão seguro”, disse. “Adaptar para modelos de segunda e terceira gerações, como fizeram vários países desenvolvidos, traria mais das duas coisas”, acrescentou.

Lembrando a disputa presidencial de 2014, quando Aécio Neves passou boa parte da apuração do segundo turno à frente da então candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), Constantino destacou o fato de o PSDB ter solicitado à Justiça Eleitoral uma auditoria no sistema e concluído que seria impossível comprovar que cada voto contabilizado foi realmente confiado aos candidatos que os receberam.

“Quase nenhum país do mundo adota esse nosso sistema, pois ele não é auditável. Democracia exige auditoria, transparência, confiança. O PSDB, quando perdeu em 2014, em circunstâncias estranhas, tentou auditar as urnas, mas o líder tucano na época, o deputado Carlos Sampaio, concluiu que os especialistas contratados pelo partido não foram capazes de completar a auditoria”, comentou.

“O PDT, de Ciro Gomes, desde os tempos de Brizola, condena essas urnas eletrônicas. [João] Amoedo, do Partido Novo, também pedia mais transparência, com naturalidade. E eis que de repente, estão quase todos contra as mudanças e apontando para Bolsonaro como o único que as desejaria. Como assim?”, insistiu o jornalista, concluindo que a PEC do voto auditável atualmente “pode ser uma demanda bolsonarista, mas ela é antiga e suprapartidária”.

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