O Submundo Vampiro

by @prflavionunes

por Artigo compilado – sáb nov 28, 9:23 am

Há muita história, mito e folclore acerca dos vampiros. Entre as obras que divulgam o tema estão o romance Drácula, de Bram Stoker, o filme mudo de 1922, Nosferato, além do filme de 1985 Pright night e do romance de 1976 Interview witb a vampire, de Anne Rice.

O que muitos não percebem é que há os que realmente se consideram vampiros, e há um genuíno submundo vampiro nos Estados Unidos e na Europa. Mas esses vampiros de hoje não estão virando morcegos. São pessoas que não se consideram totalmente humanas. Acreditam que nasceram vampiros ou que se tornaram um por meio de algum tipo de iniciação envolvendo sexo e o beber sangue.

A personalidade do vampiro também pode ser tomada como forma de expressão pesso­al para indicar sentimentos de um grupo separado da sociedade. Verdade é que essa subcul­tura está totalmente fora da moderna tendência cultural, e mais que rejeição aos valores culturais, é uma rebelião contra eles.

A subcultura vampira cobre uma série de crenças e práticas. A pessoa envolvida pode:

a) Restringir seu envolvimento aos jogos de encenação e fantasia; b) Reunir-se com góticos ou clubes similares nos fins de semana; c) Ser atraída e envolvida em práticas eróticas associadas com algumas formas de vampirismo; d) Ser arrastada para o ocultismo, o lado escuro do vampirismo; e) Acreditar que ganha poderes especiais se beber sangue; f) Estar em grupo ou em clã com outros; g) Identificar a si mesmo como vampiro baseado em seus próprios critérios pessoais.

Desde que o movimento é uma subcultura dirigida e sem líder, não há nenhum conjunto consistente de crenças. Há uma disputa a respeito do que o vampiro realmente é. O vampiro é reverenciado por várias pessoas como herói romântico, como rebelde, como senhor do poder das trevas, como predador, como rejeitado ou como imortal.

Alguns alegam que beber sangue deve ser parte disso, enquanto outros declararam que beber sangue é da área daqueles que desejam ser iguais e que o vampiro verdadeiro não se alimenta de sangue, porém da energia psíquica de outra pessoa. Outros podem acreditar que ser um vampiro é o máximo em individualidade, e daí podem fazer o que querem.

Aqueles que estão seriamente envolvidos podem praticar um ou mais dos seguintes rituais: beber sangue, dormir em caixões, evitando a luz do dia, executar rituais ocultos, to­mar drogas, usar dente canino afiado e cair em práticas sexuais incomuns.

QUEM É UM VAMPIRO?

Há uma discordância sobre quem é vampiro, desde que a cultu­ra induziu diversos tipos: aqueles que são cortados em si mesmos, aqueles que bebem sangue para o espiritual, sexual ou razões aditivas, os mental­mente confusos, aqueles marcados pela compulsão de beber sangue, aqueles que não gostam de sol e aqueles que acreditam ter nascido vampiro.

No moderno movimento neopagão não há autoridade para decidir os critérios ou definições. Um pesquisador ofereceu uma definição de vampiro como alguém que tem a necessidade física de sangue. Outro pesquisador descobriu que o vampirismo está conectado com o satanismo ou apetites sexuais per­vertidos, mas também encontrou neste estado aqueles que se auto-intitulam vampiros e que foram fisicamente abusados enquanto crianças ou horrivelmente negligenciados. Vampiris­mo também pode ser a quebra de ta­bus sociais, sexuais ou outros.

Adicionalmente, muitos vampiros e grupos deles são secretos e difíceis, se não impossíveis, de se investigar. Nesse aspecto, não é distinto do satanismo, o qual em alto grau de si­gilo previne um claro e consistente entendimento de suas práticas e pra­ticantes.

INFLUÊNCIA GÓTICA

Muitos consideram que a cultu­ra contemporânea do vampirismo seja um subconjunto da cultura bár­bara, um movimento abarcando o ro­mantismo da escuridão e a persona­lidade rejeitada, já que o vampiro se vê como o banido de uma socieda­de sem sentimentos. Muitos góticos, porém, não estão na subcultura vampira.

O movimento gótico originou- se da subcultura punk dos anos setentas, principalmente através da música e das declarações contra o que estava sendo percebido como opressivo, materialista e valores su­perficiais em voga na sociedade de então. Aqueles que se identificam com o movimento, quase exclusiva­mente vestem roupas pretas, muitas vezes pintam o cabelo de preto, se divertem com literatura dark, podem usar correntes de prata ou têm vários piercings (acessório perfurante de valor estético duvidoso) espalhados pelo corpo, e podem pintar as unhas de preto. Observe que existem os que se apresentam dessa maneira, mas não são góticos nem vampiros. São pessoas criativas, apreciam discussões intelec­tuais e não podem se identifi­car com nenhum sistema religioso em particular, muitas vezes se apresentando como agnósticos.

Adolescentes góticos são pro­vavelmente mais envolvidos com o ocultismo, bruxaria ou outras formas de espiritualidade. Muitos góticos têm a percepção de que não se en­caixam na sociedade atual e têm ex­perimentado alguma forma de rejei­ção ou isolamento social e familiar.

Apesar da sua maneira sombria, góticos são pessoas delicadas que apreciam a literatura e a arte. Mui­tos podem usar seu olhar distante como um teste para ver quem os aceitará do jeito que são. Outros es­colhem esse estilo porque julgam ser o mais confortável e sentem que é uma maneira artística de se expres­sar. A violência não é marca dessa cultura.

O submundo do vampirismo re­flete muito desses traços da cultura gótica. Aqueles que assumem a per­sonalidade de vampiro, podem não usar preto, mas algumas vezes usam joias com símbolos ocultos como o ankh (cruz coberta por uma volta formando um oval, representando energias masculina (cruz) e femini­na (laço). É o símbolo da religião egípcia e foi usada em conexão com Isis e outras deidades para represen­tar sua imortalidade e poder sobre a morte), longas capas com capuz e tornam suas faces pálidas com maquiagem branca.

VAMPIRO, UM EXILADO

A obra de Anne Rice romantizou o vampiro como um tipo de anti-he­rói existencial. Não mais como cria­tura má, o vampiro tornou-se uma ví­tima má compreendida apanhada em circunstâncias além do seu controle, um escravo de suas paixões e de suas necessidades por sangue humano. A melhor coisa do filme Entrevista com o vampiro, baseado no romance de Rice, opina um vampiro, é que o “es­tilo de vida do vampiro não o apre­sentou como a faceta da maldade, mas antes como inevitável peculiaridade da natureza. O vampiro se alimenta porque está faminto”.

O vampiro necessita manter imortalidade através de beber sangue; sua inabilidade para estar no sol, seu estranho erotismo, sua vida nos limi­tes da sociedade como intruso, tudo transformou-se em símbolo para aque­les que se veem como os estranhos ou banidos da sociedade.

Com o aumento da tecnologia, isso deu origem à nostalgia por senti­mentos e contato íntimo. De acordo com o relato de um autor de ficção vampírica, chamado Nothing, vampi­ros refletem góticos que sentem que nada são “somente refugo sem valor da sociedade”.

VAMPIRO PREDADOR

Em O Mascarado 1, o vam­piro não é somente um romântico como pessoa cruel, talvez represen­tando os elementos bestiais da huma­nidade. “O que significa ser vampiro? Vampiros não são seres com dentes caninos alongados, eles são monstros mascarados de humanos. Simples­mente como um vampiro baseia-se em humanos, ele vive no temor da besta dentro de si mesmo”. Embora essas descrições estejam dentro de um con­texto de jogo de fantasia, em alguns casos a fantasia se derrama sobre a realidade. Dois assassinatos cometidos por um grupo de adolescentes vampiros, conduzidos por um jovem de 17 anos, filho de uma mulher que se considerava vampira, constituiu um dos casos mais horríveis de crimes co­metidos por aqueles que alegam ser vampiros. Antes dos assassinatos, al­guns dos adolescentes beberam san­gue um do outro. Roderick Ferrell, lí­der do grupo, foi sentenciado à mor­te em 1998, advertindo os adolescen­tes para não seguirem seu caminho e dizendo aos repórteres, após a sen­tença, que apesar de se considerar um vampiro, não mais acreditava ser imor­tal ou possuir poderes especiais por ter bebido sangue.

O vampiro criminoso, contudo, é uma exceção. Embora haja tensões violentas entre alguns grupos, isso não é norma.

VAMPIRO PARANORMAL

Muitos acreditam que há os que podem extrair ou enfraquecer as ener­gias psíquicas de uma pessoa. Aque­les que aderem a essa visão acreditam que a pessoa que faz isso é um vam­piro porque está tirando ou­tra de sua aura, vitalida­de emocional e fí­sica ou energia psicológica. O vampiro paranormal faz isso com poderes psíqui­cos, ficando fora do corpo, ou envian­do um ataque em forma de pensamento à vítima. Alguns na subcultura vampira pensam que beber sangue é feito apenas por vampiros que dese­jam ser iguais a outros, mas esses vam­piros verdadeiros “se alimentam de uma alma”.

TEOLOGIA VAMPÍRICA

Os jogos de Stephen Jackson deram direito a dois livros que adaptam o Lobo branco vam­piro: o mascarado (White wolf’s vampire: masquarede) e produzi­ram o livro e guia do jogo Vam­piro, a companhia masca­rada (Vampire, the masquarede companion). Durante todo o livro, os vampiros são referenciados como os “filhos de cão” ou “canitas”, numa crença de que es­ses vampiros são descendentes do Cam bíblico e maldito com sede de sangue. Um clã dos seguidores do Sem é descrito como tendo co­meçado há mais de “sete mil anos, quando os filhos de Cam começa­ram a permitir primeiramente que seus pastores formassem civiliza­ções”. O mais idoso desse grupo, denominado Sutekh, veio a ser “adorado como um deus da noite e da escuridão”, eventualmente chamando-se a si mesmo para se ajustar. A missão desse grupo é corromper, subverter e destruir o que é bom, nobre, idôneo ou bo­nito dentro da sociedade familiar e mortal”.

Um grupo de vampiros descre­veu no jogo Sabbat, o arquinimigo do mascarado clã Camarila, que eles podem seguir os diferentes trajetos do iluminismo, podendo incluir hedonismo, rituais de sangue, ser­viço a demônios ou sobrevivência do mais apto.

Uma organização chamada O Templo, em Lacey, Whashington, publicou a bíblia do vampi­ro a qual inclui o “Credo vampi­ro”. Parte dos estatutos desse cre­do diz: “Eu sou vampiro. Eu adoro meu ego e adoro minha vida; para mim o único deus é esse. Eu exalto minha mente racional e não me prendo a nenhuma opinião, que é um desafio à razão. Eu declaro que não há nenhum céu, como não há nenhum inferno, e vejo a morte como destruidora da vida. Eu sou vampiro. Curve-se diante de mim”.

A verdadeira vida vampira ale­gou que esse grupo iria voltar no tempo, “próximo a Gênesis” e que “o pecado seria perdoado; o per­dão é salvação, consequentemente salvação é o pecado final”. Isso de­veria ser reconhecido entre os vam­piros.

Não há coerente ou consisten­te ideologia nessa subcultura. Uma pode encontrar vampiros que pra­ticam ou acreditam no agnosticismo, magia, várias cren­ças ocultas, reencarnação, ou mis­tura desses. A maioria dos vampi­ros refletem a mesma atitude dos góticos e todos têm direito à opi­nião própria.

AOS CRISTÃOS – UMA RESPOSTA A GÓTICOS E VAMPIROS

Os cristãos devem primeiramen­te ter um reposta emocional e com­passiva, com interesse e cuidado. Muitos que estão na cultura gótica e no submundo vampiro procuram uma comunidade e ligação emocio­nal devido ao passado de abuso ou alienação.

Devemos manter em mente as palavras de um pesquisador que dis­se que o traço encontrado naqueles atraídos pelo vampirismo são: insignificância, mal-estar, confusão, sentimento de abandono, solidão, déficit de atenção, falta de amor-próprio saudável, desejo por controle ou poder sobre diferentes circunstâncias de impo­tência, desânimo e a necessidade de “ser alguém’’. Isso deveria nos com­pelir a refletir em Mateus 9.9-13, es­pecificamente o verso 13: “Ide, po­rém, e aprendei o que significa: Mi­sericórdia quero e não sacrifício. Porque eu não vim chamar os jus­tos, mas os pecadores, ao arrepen­dimento”.

Por outro lado, não deveríamos aceitar que tudo nas subculturas gótica e vampira estão de algum modo perdido. Um grande número é brilhante, criativo e intelectualmente curioso. Alguns são igualmente defeituosos e também es­pertos, criativos e curiosos. Tentar dia­logar com essas pessoas é uma ma­neira de entender de onde vieram. Elas buscam o autêntico, não o plástico; in­timidade, não o grandioso. São sensí­veis aos comportamentos sociais arti­ficiais e superficiais.

Antes de você dialogar com um gótico ou com alguém em um estilo de vida vampiro, esteja certo de que está interessado por ele como pessoa e o respeita como tal. Não rejeite tais pessoas nem escarneça da forma como se vestem ou olham, porque o estilo de vida bizarro deles é para esquecer de que foram também criados à ima­gem e semelhança de Deus, como nós fomos.

Os seriamente envolvidos no vampirismo podem procurar se con­servar com algum tipo de imortalida­de, seja com a reencarnação ou com o beber sangue. Muitos vampiros romantizam o sangue e o seu suposto poder, ‘mas somente o poderoso sangue de Cristo é que pode nos redimir da nos­sa natureza falha. Leia Lucas 22.20; Ro­manos 3.23-25; 5.9; Efésios 2.3; Colossenses 1.20;Efésios 1.7; Hebreus 2.14- 15; 9.12-14, 22, 26-28; 10.19; 12.24; 1 Pedro 1.18-19; 1 João 1.7 e Apocalipse 5-9.

Crendo na eficácia redentora do sangue de Cristo vertido na cruz por nossos pecados temos a vida eter­na, porém os vampiros a procuram na imortalidade mítica.

GÓTICOS OU VAMPIROS, O LUGAR DA CAVEIRA

O dia mais escuro da humani­dade foi o dia em que sol foi enegrecido, a terra agitada e o re­lâmpago rasgou o céu. Este dia ocor­reu. há 2 mil anos no Gólgota, o lugar da caveira. Jesus tinha viajado em aflição a esse lugar solitário fora de Jerusalém, seu corpo assustado e rasgado pelas batidas ferozes. Foi colocado entre dois ladrões na cruz, numa execução reservada aos crimi­nosos.

Jesus, nascido em um abrigo para animais, gastou muitos dos seus dias na Terra com os humildes e exi­lados dessa cultura: prostitutas, co­letores de impostos, pescadores, po­bres. Ele tocou os impuros leprosos e os curou. Por que Ele veio? Por que estava fazendo essas coisas? Ele con­sistentemente disse aos seus discípu­los que estaria entregando-se aos homens que o executariam e que foi com essa finalidade que tinha vindo.

O homem tem pecado desde o Éden e o Deus santo exigiu uma expiação de sangue. Mas o sangue teve de vir de um homem perfeito. Não havia homem perfeito e puro até Je­sus Cristo tomar forma. Como o Cor­deiro Perfeito de Deus, Jesus foi as­sassinado violentamente, expiando seu sangue para reconciliar os peca­dos humanos. Esse foi o pagamento pela punição de nossos pecados. Quando Ele morreu na cruz, essa pe­nalidade foi paga. Jesus disse: “está consumado”. A redenção estava com­pleta.

Três dias mais tarde, Ele conquis­tou a própria morte e levantou-se em pessoa da sepultura. Jesus tinha visto e tinha sido com todas as rejeições impuras, imoralidade, senhores e es­cravos, zombadores e cruéis soldados que o golpearam e cuspiram nele, o isolamento no deserto, em sua apre­ensão, o solitário lugar da caveira, a escuridão da morte, e isso tudo foi resistido por causa do grande amor por nós. Seu sangue vertido tem po­der, não porque é mágico, mas por­que é de um Deus-homem perfeito. Desse modo, Ele redime os pecados e nos faz justos diante de Deus quan­do nossa confiança está depositada no ato de Cristo na cruz.

Jesus ascendeu da Terra ao Tro­no de Deus, onde não haverá triste­za. É para lá que você pode ir, para a eterna morada com Cristo. Se você sabe que é um pecador, e acredita que Cristo pagou pelos seus pecados atra­vés do próprio sangue derramado na cruz, pode render-se a Cristo e ao que Ele fez. Você pode ser reconciliado com Deus, não importa o que tenha feito. Pode dizer a Deus que acredita em Cristo, pedindo perdão por seus pecados, acreditando que Ele é o úni­co Salvador. Isso é muito simples, con­tudo é a coisa mais profunda que poderia lhe acontecer.

SACIAR A SEDE

Jesus sacia todos os sedentos. A garantia dessa promessa está em João 7.37-38: “E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre”.

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MÁRCIA MONTENEGRO – FONTE: REVISTA “RESPOSTA FIEL” ANO 2 – N°6

Cada autor é responsável pelo conteúdo do artigo.

Pr. Flávio Nunes

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