O regime ditatorial de Cuba, afeito à perseguição aos evangélicos, enfrentou no último domingo, 11 de julho, o maior protesto registrado nos últimos anos por conta da escassez de alimento e medicamentos.

Os protestos ocorreram em cidades ao redor do país caribenho, incluindo San Antonio de los Baños, Palma Soriano e Havana, segundo relatos. “É a mais maciça manifestação popular de protesto ao governo que vivemos em Cuba desde 1959”, disse ativista cubana Carolina Barrero.

Carolina referiu-se aos protestos como”espontâneos, frontais e contundentes”. Muitos dos manifestantes gritaram palavras de ordem como “Liberdade” e “Sim, nós podemos” contra o governo comunista.

Semelhantemente à China, Cuba tem sido controlada por um partido único, chamado Partido Comunista de Cuba desde que o falecido ditador Fidel Castro – com suporte do guerrilheiro Che Guevara – derrubou outra ditadura, de Fulgencio Batista, em 1959.

Desde 2008, quando Raúl Castro, irmão de Fidel, foi eleito presidente, os entusiastas das ideologias de esquerda se valem de eufemismos para se referir à ditadura, tentando fazer o regime ser visto como uma democracia, já que em 2019 outro membro do Partido Comunista de Cuba, Miguel Díaz-Canel, foi eleito presidente.

Cuba: fome e perseguição

Cuba passou a integrar a “lista especial de vigilância” do Departamento de Estado dos EUA desde 2019, ano em que a Aliança Evangélica Mundial denunciou a ditadura comunista como perseguidora de cristãos, em especial, evangélicos.

Desde que a pandemia eclodiu, Cuba ficou ainda mais isolada, com restrições para viagens internacionais, o que agravou ainda mais a situação econômica do país e a falta de comida.

Horas depois do início dos protestos, o presidente Díaz-Canel se dirigiu à nação em rede nacional, convocando os apoiadores do governo a confrontar os manifestantes nas ruas e acusou os Estados Unidos de causar a crise no país.

O governador da Flórida, nos EUA, Ron DeSantis (Partido Republicano), usou o Twitter para manifestar seu apoio aos protestos: “A Flórida apoia o povo de Cuba enquanto ele toma as ruas contra o regime tirânico de Havana”, escreveu.

Por ser próximo de Cuba, o estado da Flórida é um dos principais destinos dos cubanos chamados de “dissidentes”, pessoas que conseguem fugir da tirania em busca de asilo político e trabalho.

“A ditadura cubana reprimiu o povo cubano durante décadas e agora tenta silenciar aqueles que têm a coragem de se pronunciar contra suas políticas desastrosas”, acrescentou o governador da Flórida.

O senador cristão Marco Rubio (Partido Republicano), um cubano-americano, celebrou a insurgência do povo: “O incompetente partido comunista #Cuba não pode alimentar as pessoas nem protegê-las do vírus. Agora os militares devem defender o povo, não o partido comunista”.

Ele acrescentou que irá solicitar ao presidente Joe Biden e ao secretário de Estado Antony Blinken que “peçam aos membros do exército cubano que não atirem em seu povo”.

A Constituição de Cuba foi reformada em 1992, quando o Estado foi declarado laico, ao invés de ateu, como era desde a ascensão da ditadura. Desde então, o número de cidadãos que se declaram cristãos cresceu, apesar da perseguição intensa.

Em 2019 uma nova Constituição foi promulgada, mantendo a conquista de liberdade religiosa, embora na prática, os cristãos enfrentem constante vigilância do governo comunista e até infiltração de agentes nas igrejas.

No mesmo ano, Cuba proibiu líderes evangélicos de viajarem a Washington, DC, para falar sobre a situação dos direitos humanos durante a reunião ministerial do Departamento de Estado dos EUA sobre liberdade religiosa internacional, segundo informações do portal The Christian Post.





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