No BO, o dono da moto relata que voltava da casa de um amigo pela rodovia Marechal Rondon, quando foi abordado por um grupo de cinco homens encapuzados e fortemente armados, três deles com armas longas (fuzil).
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Um dos criminosos assumiu a moto, pegou também o capacete e seguiu pela rodovia. Os demais criminosos, segundo o dono da moto, renderam um caminhoneiro e fugiram com o veículo.
A moto foi localizada porque o celular da vítima ficou acoplado num suporte na moto e foi rastreado pelo polícia, que a encontrou perto da Rodovia João Hipólito Martins, a Castelinho.
Crime organizado
Segundo o delegado seccional, é prematuro afirmar que o crime está relacionado com facções criminosas, mas essa ligação será investigada, assim como a possibilidade do bando ter cometido outros crimes semelhantes na região, como o ocorrido em Ourinhos em maio
“Muito prematuro para falar [sobre ligação com facções criminosas]. A gente coletou muita coisa nos locais dos confrontos, material para DNA, sangue que tinha nos veículos. Tudo vai ser analisado. Logicamente que a gente faz uma comparação com outros crimes que ocorreram no interior de São Paulo para saber se há vínculos com outros crimes que tiveram aqui”, destaca.
A polícia investiga também a atuação da quadrilha em outros tipos de crime, como tráfico de drogas, mas o delegado acha difícil que a ação tenha sido uma retaliação a recentes apreensões realizadas na região, como a fiscalização em Itatinga que apreendeu mais de meia tonelada de cocaína no dia anterior ao ataque.
“A gente acredita que a quadrilha atue em várias modalidades criminosas, inclusive tráfico de drogas, mas não é retaliação aos fatos recentes porque não foi da noite do dia. Eles estão se preparando há meses”, destaca.
O secretário-executivo da PM também reforçou que trata-se de uma ação do crime organizado e que a PM tem atuado no estado de São Paulo para melhorar a comunicação entre os setores e inclusive com o setor financeiro, os bancos, para coibir a atuação desses criminosos.
O ataque em Botucatu começou por volta das 23h30 e durou cerca de três horas. O crime causou pânico na cidade e pelo menos 40 homens teriam participado da ação.
Os criminosos trocaram tiros com a polícia e incendiaram veículos, um deles em frente ao batalhão da PM, para atrapalhar a ação dos policiais. Outros cinco veículos foram incendiados em rodovias nos acessos a cidade.
Pela manhã, em um novo tiroteio entre policiais e criminosos na Rodovia Marechal Rondon, um suspeito ficou ferido após ser baleado enquanto tentava fugir. Ele foi socorrido, mas chegou morto ao hospital.