Uma pesquisa recente descobriu que parte significativa dos jovens da chamada Geração Y (ou millennials) não se importa com Deus ou Sua existência. E a geração anterior, X, segue caminho parecido.

Para entender o cenário é preciso ter uma referência sobre em quais períodos se encaixam as gerações ocidentais: os chamados Baby Boomers são os nascidos entre 1945 e 1964, fruto de um pico de natalidade após a Segunda Guerra Mundial.

Em seguida veio a geração X, que compreende o período de 1965 a 1984. Já a geração Y é composta por indivíduos que nasceram entre 1985 e 1999; e finalmente, a geração Z com os nascidos a partir de 2000.

A Arizona Christian University realizou uma pesquisa chamada American Worldview Inventory e constatou que apenas 26% da geração X e 16% da Geração Y acreditam que, quando morrerem, irão para o céu apenas porque confessaram seus pecados e aceitaram a Jesus como seu Salvador, em comparação com quase metade da geração anterior, a dos Baby Boomers.

Essa pesquisa se debruçou sobre o estilo de vida dos adultos no estado do Arizona (EUA) a partir das diferenças de época em que nasceram e cresceram. Os pesquisadores descobriram que, entre outras gerações recentes, a Geração Y foi mais longe ao cortar os laços com as visões cristãs tradicionais e o ensino bíblico ortodoxo.

Por exemplo, 43% da Geração Y dizem que não sabem, não se importam ou não acreditam que Deus existe em comparação com 28% dos nascidos após a Segunda Guerra Mundial.

44% da Geração Y acredita que satanás é real e influente, em comparação com 64% dos Baby Boomers, conforme informações do portal The Christian Post.

O estudo também descobriu que, em geral, os americanos mais jovens são significativamente mais propensos do que as duas gerações anteriores a abraçar os horóscopos como um guia e o karma como um princípio de vida, entendem que “vingar-se” dos outros como algo aceitável, além de preferirem a tese da evolução ao invés da criação e enxergarem a posse de uma propriedade como fator de injustiça econômica.

Entrevistados com menos de 55 anos desconfiam da Bíblia Sagrada e acreditam que Deus não se envolve na vida das pessoas. Curiosamente, a maioria dos americanos se autodenomina cristã, variando de 57% da geração Y a 83% da geração anterior à Segunda Guerra Mundial.

Secularismo entre jovens

Os pesquisadores alertam que as crenças e comportamentos dos americanos mais jovens, especialmente da Geração Y, “ameaçam remodelar os parâmetros religiosos da nação de forma irreconhecível”.

“Na verdade, essa revolução espiritual radical criou uma geração que busca um mundo reimaginado sem Deus, a Bíblia ou igrejas”, pontuaram os pesquisadores no relatório do estudo.

Comentando sobre o estudo, George Barna, diretor de pesquisa do Cultural Research Center (CRC), afirmou que as gerações X e Y “solidificaram mudanças dramáticas nas crenças e estilos de vida centrais da nação”, e acrescentou: “O resultado é uma cultura em que instituições centrais, incluindo igrejas, e formas básicas de vida estão continuamente sendo radicalmente redefinidas”.

A pesquisa American World Inventory corrobora um estudo anterior de Barna que descobriu que dois terços dos adolescentes e jovens adultos (65%) concordam que “muitas religiões podem levar à vida eterna” em comparação com 58% dos adolescentes e jovens adultos pesquisados em 2018.

Além disso, 31% dos adolescentes e jovens adultos “concordam fortemente” que o que é “moralmente certo e errado muda ao longo do tempo, com base na sociedade”, em comparação com apenas 25% em 2018.

Dados de pesquisas recentes nos EUA feitas pelo instituto Gallup apontaram que um em cada seis adultos da Geração Z (nascidos após os anos 2000) se identifica como LGBT – a maior porcentagem de qualquer geração na história – e esse número tende a continuar a aumentar.

Jacob Bland, o novo líder da Youth for Christ, disse que apesar dos desafios que os jovens enfrentam hoje, ele olha para o futuro com otimismo: “Os adolescentes de hoje estão enfrentando crises como nunca antes, mas muitas vezes é na escuridão que a luz brilha mais forte”.

“Para entrar em um relacionamento de fazer discípulos, onde você está apresentando a uma criança um amor incondicional que talvez ela nunca tenha sequer considerado, mostrando a ela a bondade e o amor modelados em Jesus – há muita esperança nisso. […] Jesus tem uma maneira de ser novo e atual para as circunstâncias de hoje, e Ele certamente está fazendo isso”, acrescentou Bland.





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