T�CNICAS DE ENSINO
ENTREVISTA - Interrogat�rio, realizado por um educando diante de todo o
grupo, dirigido a um especialista em determinado assunto.
Dura��o m�dia:
40 a50 minutos.
A entrevista pode ser empregada para:
a) colher informa��es complementares
a um terna em estudo;
b) obter esclarecimentos de quest�es
atuais e muito especializadas a respeito de um tema;
c) colocar em contato inicial com um
tema a ser estudado sistematicamente.
Componentes:
a) Professor = abre
a entrevista,
= apresenta o
entrevistado e o entrevistador,
= justifica a sess�o,
= controla o tempo,
= orienta a
participa��o do audit�rio (em casos especiais).
b) Entrevistado
= pessoa versada no tema
de interesse para o grupo;
= acess�vel e com boa capacidade de relacionamento;
= responde as perguntas formuladas e anima o entrevistador a
fazer-lhe mais perguntas.
c) Entrevistador
= representa��o da classe
junto ao entrevistado;
= apresenta verbalmente as perguntas formuladas pela
classe.
d) Audit�rio
= educandos de uma classe interessada em determinado tema;
= anotam informa��es e d�vidas para posteriores coment�rios e
esclarecimentos.
Modalidades:
a) Entrevista com um entrevistador e
um entrevistado;
b) Entrevista com um entrevistado e
mais de um entrevistador, tr�s no m�ximo;
c) Entrevista com mais de um
entrevistado (tr�s no m�ximo) e um entrevistador;
d) Entrevista com mais de um
entrevistado (tr�s no m�ximo) e mais de um entrevistador
(tr�s no m�ximo).
Prepara��o:
O professor
apresenta um tema. Analisa com os alunos a conveni�ncia de consultar um
especialista no assunto, para que sejam obtidas melhores informa��es.
Professor e educandos indicam o entrevistado, e a
classe indica um colega para funcionar como entrevistador.
A classe, juntamente com o professor, elabora as
quest�es que ser�o apresentadas, antes da sess�o, ao entrevistado.
Desenvolvimento:
a) O professor abre a sess�o, diz o
seu motivo e apresenta o entrevistado e o entrevistador.
b) O entrevistador faz as perguntas,
aguardando, ap�s cada uma, a resposta do entrevistado.
e) Terminada a entrevista, o
entrevistado poder� dizer mais alguma coisa que julgar necess�rio e que n�o
tenha sido perguntado.
d) A seguir, o professor poder� fazer
a s�ntese do que se passou e, caso julgue conveniente, convidar� o audit�rio a
fazer mais algumas perguntas ao entrevistado.
e) Logo ap�s, agradece a contribui��o
do entrevistado, encerrando a sess�o.
Ap�s o encerramento da entrevista ou em outra aula, as atividades tem
prosseguimento com a apresenta��o da grava��o da entrevista ou com a leitura
das informa��es, podendo fazer revis�o da mat�ria, acompanhada de discuss�o.
ESTUDO DE CASOS - Proposi��o de situa��o real ou fict�cia, em forma de document�rio,
para que o educando escolha os passos necess�rios para solu��o ou julgamento.
O estudo de casos pode ser empregado para:
a) propiciar oportunidades para que o
educando ganhe confian�a em si;
b) habitu�-lo a analisar solu��es sob
seus aspectos positivos e negativos;
c) lev�-lo a vivenciar fatos que
possam ser encontrados na vida crist�.
Modalidades:
O estudo de caso pode ser feito individualmente ou em
grupo.
Planejamento:
Reconstituir ou construir caso, considerando:
a) a ocorr�ncia real do fato,
de prefer�ncia;
b) a relev�ncia do fato para
an�lise e discuss�o pelos alunos;
c) a necessidade de uma descri��o
minuciosa da situa��o, apresentando: - informa��es acerca do ambiente em
que ocorreu (cen�rio); - caracteriza��o dos personagens, apontando aspectos
importantes para a compreens�o do personagem dentro do caso;
- problema, impasse ou dificuldade a ser vencida;
d) o assunto em estudo e os objetivos
pretendidos.
Desenvolvimento:
a) Apresenta��o do caso aos alunos.
b) Discuss�o do caso, procurando
refletir sobre as quest�es propostas pelo professor.
c) Anota��o das poss�veis solu��es.
d) Comunica��o das poss�veis solu��es ao grande grupo.
COCHICHO - Grupos de dois componentes
discutem por dois minutos sobre a quest�o proposta pelo professor, procurando
chegar a uma conclus�o.
O grupo de cochicho pode ser empregado para:
a) favorecer a participa��o
individual;
b) oportunizar a maior express�o
poss�vel das caracter�sticas dos alunos em rela��o a id�ias,
pontos de vista, conhecimentos etc;
e) facilitar a aproxima��o dos
alunos.
Desenvolvimento:
a) O professor orientar� a classe
quanto:
= � distribui��o do grupo em duplas, obedecendo ao crit�rio
de aproxima��o;
= � dura��o da discuss�o;
= ao assunto ou problema que ser� foco de discuss�o.
b) O aluno utilizar� o tempo
dispon�vel para refletir, podendo discordar, concordar ou sugerir novas id�ias
relacionadas ao assunto proposto; comunicar� a conclus�o a qual a dupla chegou.
e) O professor orientar� os alunos na
formula��o da conclus�o final, procurando esclarecer algum ponto que tenha
ficado obscuro.
Observa��o: Consideradas as necessidades, o professor poder� propor tempo maior para
a discuss�o.
DISCUSS�O CIRCULAR - Grupo de quinze a vinte alunos que trocam informa��es,
opini�es, id�ias sobre um assunto.
A discuss�o circular pode ser empregada para:
a) oportunizar o uso da palavra a
todos os alunos, em igualdade de condi��es;
b) ampliar o assunto em estudo, pela
oportunidade que � dada ao aluno de organizar suas id�ias enquanto ouve os
demais;
e) disciplinar a participa��o dos
alunos.
Desenvolvimento:
a) o professor explica o
funcionamento da t�cnica, comunica os objetivos pretendidos,
comunica o assunto da discuss�o;
b) os alunos se organizam em c�rculo;
e) os alunos elegem um coordenador,
um secret�rio-relator e um cronometrista;
d) o coordenador apresenta o assunto
para discuss�o, colocando a palavra � disposi��o para
que cada participante exponha suas id�ias em um minuto;
e) o secret�rio-relator apresenta as
conclus�es;
f) havendo mais de um grupo, elabora-se uma conclus�o final.
AULA EXPOSITIVA - “Comunica��o verbal
estruturada, utilizada pelos professores com o objetivo de transmitir
determinados conte�dos aos alunos”.
T�cnica de ensino padr�o
da Pedagogia Tradicional, onde o
professor constitui-se em �nico detentor do saber e condutor exclusivo do
processo de ensino.
Numa aula expositiva, � importante observar:
a) planejamento criterioso,
determinando seu objetivo, tra�ando o esquema essencial do assunto (introdu��o,
desenvolvimento e conclus�o), calculando bem o tempo previsto:
b) uso de linguagem clara e precisa;
c) utiliza��o de recursos apropriados.
Aula expositiva dial�gica - Nesta aula, utiliza-se o di�logo entre professor e
alunos, para que se estabele�a a troca de conhecimentos e de experi�ncias.
Desenvolve-se o di�logo num sentido de busca rec�proca do saber.
Elementos dinamizadores na aula expositiva dial�gica:
a) Problematiza��o - o
professor estimula os alunos a levantarem problemas e identificarem as
respectivas alternativas de solu��o, face ao conte�do apresentado.
b) Pergunta - o professor
incentiva a curiosidade dos alunos, entendendo que n�o h� pergunta sem sentido
ou fora de prop�sito. Contribui para a produ��o de novos conhecimentos, ao
considerar as perguntas como impulsionadoras de uma busca, onde professor e
alunos s�o pesquisadores.
A aula expositiva dial�gica pode ser empregada para:
a) favorecer o di�logo entre
professor e alunos, e dos alunos entre si, sem cair numa pr�tica permissiva;
b) proporcionar a aquisi��o de conhecimentos,
ao mesmo tempo que favorece sua an�lise cr�tica;
e) valorizar a experi�ncia e
conhecimento pr�vio dos alunos.
A aula expositiva (dial�gica ou n�o) � vi�vel quando o educador:
a) tem dom�nio do conte�do;
b) demonstra facilidade de express�o.
JRI SIMULADO - � uma intercomunica��o direta entre duas pessoas ou dois
pequenos grupos (m�ximo 3 pessoas), que discutem diante do grupo um assunto
especifico ou problema determinado.
Dura��o m�dia:
45 a
60 minutos.
O j�ri simulado pode ser empregado para:
a) estimular os oradores mais
inibidos a apresentarem suas id�ias e a sustentarem os debates;
b) favorecer o auto-controle e a
observa��o objetiva do assunto.
Prepara��o:
O professor
deve:
- preparar
o local da reuni�o de modo que todos os membros do grupo possam ver, ouvir e
sentir-se integrados no di�logo.
- selecionar
o assunto de acordo com o interesse do grupo;
- selecionar
os dialoguistas ( de prefer�ncia, do pr�prio grupo) que estejam familiarizados
com o assunto.
Professor e dialoguistas devem reunir-se previamente para discutirem:
- um
plano para o debate p�blico;
- fontes
bibliogr�ficas a serem consultadas;
- auxilios
visuais a serem usados;
- distribui��o
do tempo;
- os
enfoques a serem abordados.
Desenvolvimento:
a) O professor formula o assunto para
ser debatido e apresenta os dialoguistas ao grupo. b) O professor explica o
procedimento a ser seguido e cede a palavra aos dialoguistas. e) O di�logo �
iniciado e se desenvolve de acordo com o esquema previamente tra�ado; os
dialoguistas devem evitar leituras e “discursos”. O professor modera o debate,
controlando os excessos emocionais.
d) O professor encerra o di�logo e
convida o grupo a fazer perguntas, podendo indicar um relator para a conclus�o
final.
Observa��o:
O professor pode constituir um
‘jurado” (
5 a 7 membros) para ‘julgar”, a fim de
chegar a uma conclus�o final sobre o assunto.
PHIILLIPS 66 - Divis�o do grupo em fra��es de seis alunos que discutem um
assunto durante seis minutos.
A discuss�o 66 pode ser empregada para:
a) oportun�zar a manifesta��o de
id�ias; b) oportunizar um r�pido consenso.
Desenvolvimento
a) O professor orientar� a classe
quanto:
- ao funcionamento da
t�cnica;
- ao assunto da
discuss�o;
- ao tempo dispon�vel para a organiza��o em pequenos grupos
e discuss�o do assunto.
b) Organizados em grupos de seis, os alunos devem:
- eleger um coordenador e
um secret�rio-relator;
- marcar o hor�rio
inicial da discuss�o;
- ler o assunto com aten��o;
- manifestar, um de cada
vez, sua posi��o em rela��o ao assunto proposto;
- reunir as id�ias
apresentadas para formularem uma conclus�o;
c) O professor convocar� os
secret�rios -relatores para a comunica��o das conclus�es ao grupo; registrar�
os pontos mais importantes no quadro~de-giz e orientar� o grupo na elabora��o
de uma conclus�o final.
PAINEL INTEGRADO - � uma t�cnica que
pemite a miscigena��o dos grupos visando a uma maior integra��o entre os seus
membros, possibilitando, assim, o estudo simult�neo de v�rios itens de um
assunto ou tema.
O painel integrado pode ser empregado para:
a) promover a participa��o de todo o
grupo;
b) aumentar a integra��o do grupo;
e) estudar v�rios �tens de um
assunto, em curto prazo, com economia de tempo, por todo o
grupo;
d) responsabilizar todo o grupo pelo estudo do assunto, j� que todos s�o
relatores;
e) superar inibi��es;
O impedir a forma��o de “parasitas”durante o trabalho, ou “panelinhas”no
grupo;
g) manter o grupo atento e
interessado;
h) desenvolver a capacidade de s�ntese e planejamento.
Desenvolvimento:
1� Fase: O moderador organiza os
grupos, de acordo com a quantidade de itens a estudar, atribuindo um n�mero a
cada participante.
Grupo A Participantes 1, 2, 3, 4 e 5;
Grupo B Participantes 1, 2, 3, 4 e5;
Grupo C Participantes 1, 2, 3, 4 e 5;
Grupo D Participantes 1, 2, 3, 4 e 5;
2�. Fase: Discuss�o nos grupos sobre os itens A - B - C - D. Todos os componentes dos grupos ser�o relatores nos novos
grupos. Cada grupo elabora id�ias, conclus�es ou solu��es para o �tem proposto.
3�. Fase: O moderador organiza
novos grupos com os integrantes que receberam os mesmos n�meros.
Grupo 1 A1, B1, C1, D1.
Grupo 2 A2, B2, C2, D2.
Grupo 3 A3, B3, C3, D3.
Grupo 4 A4, B4, C4, D4.
Grupo 5 A5, B5, C5, D5.
41. Fase: Apresenta��o nos novos grupos dos itens estudados: A,
B, C, D.
Todos s�o relatores. Cada um
apresenta as conclus�es do seu grupo primitivo. Os demais anotam as d�vidas,
discord�ncias ou questionamentos para o debate na fase posterior. Nesta fase
n�o h� debates.
5� Fase: Painel aberto para debates com cada um dos
grupos inicialmente constitu�dos.
Grupo A Grupo B Grupo
C Grupo
D
Grupos B –C – D Grupos A – C – D Grupos A – B – D Grupos A – B – C
Observa��es:
* Esta t�cnica exige um determinado n�mero de alunos na turma, para
permitir a miscigena��o grupal.
Os n�meros recomendados s�o quadrados ou primos
entre si, como por exemplo:
9
alunos =3 grupos de 3 l6
alunos = 4 grupos de 4
l2
alunos =3 grupos de 4 20
alunos = 4 grupos de 5
l5 alunos =3 grupos de 5 25 alunos = 5 grupos de
5
* Ap�s a divis�o em grupos, se houver sobra de alunos, estes poder�o
funcionar como observadores ou relatores gerais.
* O tempo destinado a cada fase ser� determinado em fun��o do tema
escolhido para estudo.
GRUPOS DE VERBALIZA��O E DE
OBSERVA��O (G. V. O. O.) - Consiste em dividir os alunos em dois grupos, atribuindo a
um a fun��o de discutir um tema (Grupo de verbaliza��o) e a outro a fun��o de
analisar criticamente a din�mica de trabalho seguida pelo primeiro (Grupo de
observa��o).
A t�cnica G. V. G. O. pode ser empregada para:
a) oportunizar a r�pida troca de
id�ias e opini�es;
b) propiciar o desenvolvimento da
express�o oral;
c) desenvolver o auto-controle;
d) integrar e sistematizar
conhecimentos.
Desenvolvimento:
a) Constitui��o dos grupos, tendo
cada um 15 alunos, no m�ximo.
b) Disposi��o conc�ntrica dos dois
grupos.
c) Apresenta��o de uma situa��o
problem�tica, com a indica��o do tempo dispon�vel para
discuss�o e
an�lise da din�mica, em cada parte da sess�o.
d) Primeira parte da sess�o - O grupo que est� no circulo interno discute o tema enquanto o outro
observa e acompanha a discuss�o em sil�ncio, registrando as contribui��es dos
colegas.
e) Troca dos grupos - O grupo de verbaliza��o passa a ser o de
observa��o e o grupo de observa��o passa a ser o de vebaliza��o.
O Segunda
parte da sess�o - O grupo que
agora se encontra no circulo de dentro d� continuidade a discuss�o enquanto o
outro faz a observa��o em sil�ncio.
g) Finaliza��o do trabalho pelo
professor, destacando as id�ias relevantes propostas pelos alunos e os aspectos
importantes relacionados � participa��o e � intera��o do grupo.
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