Bolsonaro confronta Globo, detona Lula, Haddad e Dilma, expõe ‘festa do BNDES’ e critica presidente da Argentina

by @prflavionunes

Ao retornar ao palácio do Alvorada ontem à noite, o presidente Jair Bolsonaro conversou com cidadãos no jardim. Bolsonaro brincou: “Alguém quer meu lugar por acaso?”. Questionado sobre a narrativa de que a eleição municipal sinaliza os resultados da eleição presidencial de 2022, o presidente disse: “Quer dizer, como a maioria dos que eu apoiei não se elegeram, isso é sinal de que perderei em 2022, é isso? Só para recordar um fato, em 2016, o Alckmin elegeu Dória no primeiro turno e 2 anos depois o Alckmin teve 4% nas presidenciais. Eleição municipal é dissociada das eleições majoritárias. Eu não estou preocupado com 2022, não. O problema é de todos nós”. O presidente ironizou a rede Globo e a velha imprensa, dizendo: “Alguém já viu uma mídia como essa brasileira? Alguém já viu? Eu posso acalmar a Globo, é só dar R$1 bilhão por ano a título de verba publicitária. É só fazer isso”.

Questionado sobre o BNDES, Bolsonaro comparou a gestão atual com o que acontecia em gestões passadas. O presidente disse: “O BNDES foi usado politicamente no passado. Foram 500 bilhões, meio trilhão de reais. Foi usado em obras no exterior e a gente desconfia. Alguém conhece o Tribunal de Contas de Cuba? Ninguém. Os mecanismos de controle do que entra e sai lá, não existe isso. O Brasil era uma festa. O presidente usava a máquina em causa própria. Os presidentes anteriores, além dos problemas, tinham de conviver com corrupção”. Bolsonaro comparou com seu governo: “Eu falei que, para mim, não tem mais Lava Jato. Você acha que o Lula não acabaria com a Lava Jato se tivesse poder? Acabou no meu governo. Não dou brecha para que a Lava Jato nos investigue. A Lava Jato é independente do Governo Federal”.

O presidente também falou sobre os efeitos das medidas restritivas tomadas por governadores e prefeitos a pretexto de combater a pandemia. Bolsonaro disse: “Essa pandemia aí quebrou as pernas da gente. Nos endividamos em quase um trilhão de reais. Alguns acham que era dinheiro que estava no cofre. Não, é endividamento. A dívida está na casa dos 5 trilhões de reais. Nossa não, é de vocês. Vai ter que pagar a conta. Por enquanto está em ilações, mas, se resolverem fechar de novo, dificilmente a economia vai resistir”.

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O presidente acrescentou: “Eu via prefeituras fechando tudo e o povo sem reação. A imprensa vai falar que estou pregando desobediência civil, não é nada disso. Sempre falei que economia e o combate ao vírus tinham de andar de mãos dadas. Alguns falam que aumentaram preços. Aumentou, sim, mas não tivemos desabastecimento. Imagine se o homem do campo tivesse ficado em casa”.

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Neste contexto, Bolsonaro explicou como seu governo evitou uma crise social: “O auxílio emergencial foram 67 milhões de pessoas. Já imaginou? Começaram a consumir mais, começaram a faltar produtos na mesa, o preço sobe, começam a fazer estoque. Muita gente perdeu o emprego, em especial os informais. Houve o endividamento de 1 trilhão. Imagine se tivesse ganhado o que ficou em segundo lugar nas eleições”. O presidente comparou com o desempenho da Argentina, que elegeu um presidente de esquerda: “Na Argentina, foi um dos confinamentos mais rigorosos e foi um dos que mais teve mortes por milhão de habitantes. Sempre falei, desde o começo, e era muito atacado pela mídia. Tem que enfrentar, não adianta ficar chorando. Algumas coisas, tem que enfrentar”.

Pr. Flávio Nunes

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