Magalu compra Steal The Look, portal de moda e beleza

by @prflavionunes

O Magazine Luiza deu mais um passo para consolidar sua estratégia digital no mercado de moda e beleza com a aquisição da Steal The Look (STL). A plataforma, especializada em conteúdo de moda, beleza, cultura e comportamento registrou mais de 6 milhões de usuários únicos em 2020 e é acompanhada por aproximadamente 2,5 milhões de seguidores em suas redes sociais.

O Magalu também fez a aquisição da plataforma PUSH, voltada para eventos de empreendedorismo, fundada em 2018 por Manuela Bordasch e Catharina Dieterich — também fundadoras do Steal The Look. 

O site, fundado em 2012, ganhou popularidade principalmente por mostrar produtos em lojas de departamento nos quais era possível comprar roupas similares aos de celebridades e influenciadores.

Avançando nessa proposta, o Steal The Look lançou, em 2017, um marketplace próprio. Além de “traduzir” conceitos de moda para lojas de departamento a preços mais acessíveis, o portal também busca trazer diversidade nas publicações.

Mesmo com a aquisição, a plataforma deve se manter editorialmente separada da empresa de varejo, a exemplo do que já aconteceu com o portal de tecnologia Canaltech, adquirido no último ano.

A compra da plataforma reforça a estratégia do Magalu de avançar para novos mercados e em publicidade digital. A ideia é a de que o Steal The Look possa potencializar o alcance do Magalu Ads.

Para Manuela Bordasch, a principal vantagem de se unir à varejista está em alcance e impacto. “Além do modelo de negócios e da mentalidade digital, compartilhamos propósito e valores e isso é a base do que queremos levar para milhares de pessoas para o Brasil”, afirmou.

Nas redes sociais, a fundadora do portal compartilhou a notícia em parceria com a personagem Lu:

Essa não é a primeira aquisição do Magazine Luiza no segmento de moda. Em 2019, a companhia adquiriu Netshoes — depois de uma disputa árdua com a Centauro —  e Zattini, além da Época Cosméticos, em 2013.

Do marketplace próprio ao Magalu

A ideia da plataforma, segundo Bordasch, era ter uma pegada diferente dos blogs “tradicionais” de moda, que acabam focando mais no lifestyle das blogueiras. “Queríamos ir além do estilo de vida dos autores e trazer de forma séria conteúdos e tendências pelo mundo. É um híbrido de blog com revista de moda”, afirmou em entrevista à EXAME em 2017.

Bordasch conta que, quando o STL foi lançado, não era comum que as blogueiras mostrassem diretamente onde determinada roupa ou produto havia sido comprada. Hoje em dia, com as milhares de funções disponíveis no Instagram, por exemplo, ficou muito mais fácil para que tanto as blogueiras quanto as marcas façam essa liagação. Além disso, era mais comum que a vida pessoal fosse mostrada, sem maiores ligações com conteúdos de marcas — os famosos “publiposts”.

No ínicio, o site trabalhava com um modelo de comissão, através das vendas que viessem de cliques no site. Após encontrar problemas com esse modelo de monetização, o Steal The Look mudou para um modelo de monetização por parcerias: as marcas poderiam combinar um volume fixo de anúncios e desenhar ações de acordo com seus objetivos.

“A gente se esforça para não fazer um ‘publipost’ de apenas uma marca: afinal, as pessoas não usam apenas uma marca, isso não é algo real para elas. A pessoa confia muito mais em nós quando divulgamos várias marcas e não só a do cliente. A empresa parceira tem de apostar na nossa estratégia e saber que, do lado do produto dela, pode estar o produto do concorrente”, afirma Bordasch.

Fonte: Exame

Pr. Flávio Nunes

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