Paulo Guedes dá lição para deputados e senadores sobre ‘revolução’ que Bolsonaro está implementando e detona privilégios

by @prflavionunes

Em debate no Congresso Nacional, Paulo Guedes, ministro da Economia do Governo Bolsonaro, explicou as barreiras à produtividade dos brasileiros, protestou contra lobbies que engessam o desenvolvimento do país, criticou os privilégios de funcionários públicos, apresentou princípios que devem nortear a Reforma Administrativa e abordou como o combate à corrupção é uma das marcas do Governo Bolsonaro e do projeto eleito pela população brasileira.

Guedes encetou: “Agora, tenho noção do que o Presidente, a eleição do Presidente representou. Ela representou uma mudança em relação ao modelo antigo, cheio de empresas estatais que não investem e viraram focos de corrupção. Isto é muito claro para todo mundo que veio aqui: todo mundo sabe que a missão é a transformação do Estado, não é simplesmente substituir onde havia uma porção de aparelhamento político de um lado e botar uma porção de aparelhamento político de outro. Não foi essa a missão. A missão é outra: é transformar o Estado brasileiro”.

Ele admoestou: “A pessoa que já foi aprovada, em vez de ganhar… Ela faz um exame público, um concurso público aos 22 anos e ganha estabilidade pelo resto da vida, independentemente de atender bem ou não a população? Não, tem que passar por testes de avaliação. É um servidor público, não é uma autoridade – não é uma jovem autoridade! Passou num concurso público e virou jovem autoridade, cheia de privilégios, cheia de direitos, e não deve satisfação para ninguém? Que história é essa? É um jovem servidor público: vai servir bastante antes de adquirir a estabilidade e vai ser avaliado pelos pares”.

Ele repreendeu, ademais, a política de altíssimos salários para os que ingressam no funcionalismo: “Que negócio é este de o seu primeiro salário ser oito vezes o que ganharia no setor privado? Recém-formado, passou num concurso público… Se vai para o setor privado, às vezes vai ganhar o salário mínimo. Passou num concurso público aqui, garoto esperto, já vai ganhar R$20 mil porque foi trabalhar logo num determinado Poder que paga muito bem? Ué, que negócio é esse?”.

O ministro sintetizou: “Então, além de a qualidade do serviço público melhorar muito, além disso, você vai ter também um aumento de produtividade enorme”. Guedes assinalou, também, qual seria o segredo da riqueza das nações e mencionou o caso alemão: “Quando a gente fala de longo prazo, o que nós estamos realmente dizendo é o seguinte: o segredo da riqueza das nações, o segredo da competitividade das empresas e o segredo e a chave da produtividade do indivíduo são educação e tecnologia. Quando a mão de obra recebe essa camada de educação, a produtividade dispara, é o segredo. Esta foi a reconstrução da Alemanha: a produtividade, o fenômeno de produtividade, é educação, é competitividade… Não é só educação, não, é o que a gente chama de capital intangível do país, o capital social, o intangível, ele é qualitativo”.

Neste contexto, o ministro alfinetou os governos petistas devido aos bilhões investidos em estádios de futebol: “Você pode ter um capital sob a forma de estádio de futebol, é muito bom. Milhares de pessoas vão lá e se divertem todo fim de semana, é uma indústria espetacular. É muito bom tudo isso, mas é um tipo de capital, é cimento; fazer estádio de futebol é fazer cimento, bota cimento, tijolo, ferro, aço etc. Agora, quando você bota um pouquinho de tecnologia em cima, aí surgem os grandes fenômenos de enriquecimento, não só de indivíduos, feito um Bill Gates, um Steve Jobs; não só o cara vira bilionário, mas ele transforma a vida de bilhões de pessoas no mundo inteiro. Ele faz um fenômeno de produtividade”.

No ensejo, ele também criticou as gestões anteriores e aventou motivos pelos quais o Brasil não atinge um “milagre” econômico: “Por exemplo, alguns países conseguiram produzir milagres econômicos, cresceram três, quatro, cinco, seis anos seguidos, 5%, 6%, 7% ao ano. Foram milagres! O Brasil mesmo teve um período de milagre lá atrás assim, simplesmente mudando práticas. Se você simplifica impostos, reduz as barreiras burocráticas, melhora a logística, abre mercados para competição, simplifica a legislação, se você fizer essas coisas que já estão disponíveis, que o mundo inteiro já tem, que o mundo inteiro já usa… Mas o Brasil, não; o Brasil vai na tomada de três pinos, o Brasil inventa o jeito dele de fazer a coisa. Aí depois ninguém consegue usar o aparelho direito, tem que comprar de um fornecedor só, começa aquele jogo de sempre, de benefícios e privilégios, em vez de fazer o jogo do bom senso”.

Veja o vídeo:

Pr. Flávio Nunes

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