“O sapateiro cristão cumpre o seu dever, não colocando pequenas cruzes nos sapatos, mas fazendo bons sapatos, porque Deus está interessado no bom artesanato.” – Martin Luther
Trabalhar. Ela nos saúda na alvorada de cada novo dia. Quer você sirva em uma igreja ou organização para-eclesiástica, comunidade empresarial ou em casa, grande parte de nossa vida é consumida pelo trabalho. Faz com que levantemos cedo e fiquemos até tarde. Isso nos obriga a fazer mais, melhorar e fortalecer-nos.
Ocasionalmente, sentimos a glória do trabalho como Deus planejou. Sentimo-nos como Eric Liddell durante seu treinamento olímpico, quando disse: “Quando corro, sinto seu prazer”.
Mas, se formos honestos, esses momentos costumam ser raros e breves. Muito do nosso trabalho é marcado pela rotina mundana – preencher planilhas, fazer almoços, participar de reuniões, retornar ligações, dobrar roupas ou preencher relatórios. Então o que? Nós imaginamos. Nosso trabalho realmente importa?
Se Martinho Lutero estivesse escrevendo hoje, ele nos diria um sonoro sim. Nosso trabalho é profundamente importante para nossa comunidade, para a formação de nosso caráter e, em última análise, para Deus.
Pense no Jardim do Éden. Deus cuidou muito de tudo o que fez. Ele falou tudo – cada nascer do sol, órbita, gerânio e elefante – para a existência do nada. Em seguida, examinando tudo o que ele fez, declarou que era “bom”. Ele modelou o homem e a mulher exclusivamente à sua imagem e também os declarou “muito bons”.
Deus se preocupa profundamente com a arte, porque ele é o autor dela. Quando “fazemos bons sapatos”, refletimos seu caráter em lugares onde dificilmente poderia ser visto de outra forma.
Pense nas reuniões em que você participará hoje. Observe a pilha crescente de roupas que você dobrará. Considere a planilha que você vai gerar. Superficialmente, eles parecem comuns, mundanos e até enfadonhos. Ao fazê-los, podemos até questionar seu ponto de vista e nosso propósito.
Mas e se olharmos mais profundamente? E se víssemos retornar ligações, fazer almoços ou escrever relatórios como uma forma de refletir a glória de Deus? E se procurássemos as pequenas oportunidades dentro de cada atribuição? E se reconhecêssemos as maneiras pelas quais Deus os usa para nos formar?
Só então nosso trabalho se torna significativo e nosso propósito fica claro. Refletimos o caráter bom e gracioso de Deus em meio a filas caóticas de carpool, cubículos minúsculos e longas reuniões.
De repente, o conteúdo do nosso trabalho não importa tanto. Paramos de desprezar o mundano. Abandonamos nossa necessidade de sermos vistos, notados ou aplaudidos. Em vez disso, trabalhamos com fidelidade e diligência; ciente de que o Criador de tudo está avaliando nosso trabalho com o mesmo olhar agradável com que olhava sua criação no início.
Portanto, tudo o que você deve realizar hoje, faça bem. Faça bons sapatos. E quando o fizer, você poderá apenas sentir o prazer dele.
