Adventismo: Um resumo

by @prflavionunes


No principio do século XIX, quando pouca ênfase era dada à Segunda vinda de Cristo, Guilherme Miller, pregador batista do Estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América do Norte, dedicou-se ao estudo e pregação deste assunto. Lendo Daniel 8.14.

UMA CONCLUSÃO PRECIPI­TADA

Calculando que cada uma das duas mil e trezentas tardes repre­sentava um ano, Miller tomou o re­gresso de Esdras do cativeiro, no ano 457 a.C., como ponto de partida para o cálculo de que Cristo voltaria à Terra, pessoalmente, no ano de 1843. Essa previsão fora feita em 1818.

O impacto da mensagem de Miller. Tão grande foi o impacto causado por essa revelação de Miller, que muitos crentes, proce­dentes de diferentes igrejas, doaram as suas propriedades, abandonaram os seus afazeres, e se prepararam para receber o Senhor no dia 21 de março de 1843. O dia aprazado che­gou, porém Cristo não voltou. Revi­sando os seus cálculos, Miller des­cobriu que havia errado por um ano, e anunciou que Cristo voltaria a 21 de março do ano seguinte, ou seja, Porém, ao chegar essa data, Miller sofre nova decepção, e seus seguidores, em número aproxima­damente de cem mil, sofrem nova desilusão. Uma vez mais Miller fez um novo cálculo, segundo o qual Cristo voltaria à Terra no dia 22 de outubro daquele mesmo ano; porém essa previsão viria a fracassar mais uma vez.

Miller reconhece o seu erro. Face aos sucessivos fracassos quan­to a assinalar com exatidão a data da volta pessoal de Jesus Cristo, Guilherme Miller deu toda prova de sinceridade, confessando simples­mente que se havia equivocado em seu sistema de interpretação da pro­fecia bíblica.

Até o fim dos seus dias, em 20 de dezembro de 1849, com sessenta e oito anos incompletos, Guilherme Miller permaneceu um cristão hu­milde e consagrado. Ele morreu na fé e na esperança de estar em breve com o Senhor.

A QUESTÃO DO SÁBADO

O Adventismo ensina, entre ou­tras coisas, que o crente é obrigado a observar o sábado como dia de re­pouso semanal. Crê que os que guardam o domingo aceitarão a “marca da besta” sob o governo do Anticristo. Helen White ensina que a observância do sábado é o selo de Deus; enquanto que o domingo será o selo do Anticristo.

Origem desta doutrina. Já mostramos que dos três grupos que se juntaram para formar o Adven­tismo, o primeiro era liderado por Joseph Bates, que observava o sá­bado como dia de repouso semanal. Contudo, a observância do sábado como dia de repouso, só tomou força quando Helen White começou a ale­gar haver recebido uma “revela­ção”, na qual diz que Jesus des­cobriu a Arca do Concerto e ela pô­de ver dentro dela as tábuas da lei. Para sua surpresa, o quarto manda­mento, que trata da guarda do sá­bado, estava no centro, cercado por uma auréola de luz.

O testemunho das Escritu­ras

Dos dez mandamentos registra­dos no capítulo 20 de Êxodo, o Novo Testamento ratifica apenas nove, excetuando o quarto, que trata da guarda do sábado. O Novo Testa­mento repete pelo menos,

  • 50 vezes o dever de adorar só a Deus;
  • 12 vezes a advertência contra a idolatria;
  • 4 vezes o dever do filho honrar a seus pais;
  • 6 vezes a advertência contra o homicídio;
  • 12 vezes a advertência contra o adultério;
  • 6 vezes a advertência contra o falso testemunho;
  • 9 vezes a advertência contra a cobiça.

O SÁBADO OU O DOMIN­GO?

É possível se cumprir a lei sem se guardar o sábado? A resposta a esta pergunta é dada quando estu­damos a vida e o ministério terreno de Jesus Cristo. Note o que Jesus mesmo disse: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido” (Mt 5.17,18).

DOUTRINAS PECULIARES DO ADVENTISMO

O estado da alma após a morte. O Adventismo ensina que após a morte do corpo a alma é re­duzida ao estado de completo silên­cio, de absoluta inatividade e de in­consciência. Isto é, entre a morte e a ressurreição a alma do homem dor­me.

Este ensino contradiz a vários textos das Escrituras, dentre os quais se destacam Lucas 16.22-30 e Apocalipse 6.9,10.

No texto de Lucas 16.22-30, note que o rico, estando no Hades,

  • Levantou os olhos e viu a Lá­zaro no seio de Abraão (v.23);
  • clamou por misericórdia (v.24);
  • teve sede (v.24);
  • sentiu-se atormentado (v.24);
  • rogou a favor dos seus irmãos (v.27);.
  • ainda tinha os seus irmãos em lembrança (v.28);
  • persistiu em rogar a favor dos seus entes queridos (v.30).

Já o texto de Apocalipse 6.9,10 “as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram”,

  • clamavam em grande voz (v.10);
  • inquiriram o Senhor (v.10);
  • reconheceram a soberania do Senhor (v.10);
  • lembravam-se de aconteci­mentos ocorridos na Terra (v.10);
  • clamavam por vingança divi­na contra os ímpios (v.10).

O destino final dos ímpios e de Satanás. Spicer, um dos mais li­dos escritores adventistas, escreve: “O ensino positivo da Sagrada Es­critura é que o pecado e os pecado­res serão exterminados para não mais existirem. Haverá de novo um universo limpo, quando estiver ter­ minada a grande controvérsia entre Cristo e Satanás.” Este ensino con­tradiz Daniel 12.2; Mateus 25.46; Jo 5.29 e Apocalipse 20.10.

A doutrina da expiação. À luz do ensino adventista, a doutrina da expiação é explicada partindo do seguinte raciocínio:

  • Em 1844 Cristo começou a pu­rificação do santuário celes­tial.
  • O céu é a réplica do santuário típico sobre a Terra, com dois compartimentos: o lugar santo e o santo dos santos.
  • No primeiro compartimento do santuário celestial, Cristo intercedeu durante dezoito séculos (do ano 33 ao ano 1844), em prol dos pecadores peni­tentes, “entretanto seus peca­dos permaneciam ainda no li­vro de registros.”
  • A expiação de Cristo permane­cera inacabada, pois havia ainda uma tarefa a ser realiza­da, a saber: a remoção de pe­cados do santuário do céu.
  • A doutrina do santuário levou o Adventismo do Sétimo Dia a declarar finalmente: “Nós dis­cordamos da opinião que a ex­piação foi efetuada na cruz, conforme geralmente se admi­te.”

Contrário a este disparate do Adventismo, a Bíblia ensina que:

  • A obra expiatória de Cristo é uma obra perfeita, Hb 7.27; 10.12,14.
  • A salvação do crente é perfei­ta e imediata, Jo 5.24; 8.36; Rm 8.1; 1 Jo 1.7.

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  LIÇÕES BÍBLICAS – CPAD – 1986

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