A postura de parte do Senado em demonstrar intenção de barrar a indicação do advogado-geral da União, pastor André Mendonça, à vaga a ser aberta no Supremo Tribunal Federal (STF), acendeu o alerta entre lideranças evangélicas, e o presidente Jair Bolsonaro está tranquilizando seus aliados.

O cenário do xadrez político envolvendo a próxima vaga do STF conta ainda com o interesse do procurador-geral da República, Augusto Aras, em ser indicado. Ele fez movimentos de aproximação com líderes evangélicos e se posicionou em defesa da liberdade religiosa durante o confinamento da pandemia.

Diante disso, Bolsonaro estaria tranquilizando pastores garantindo que conversou com Augusto Aras a respeito do assunto e o indicou que, caso seja reeleito, o indicará em uma das vagas que serão abertas em 2023, com as aposentadorias de Ricardo Lewandovski, em maio, e Rosa Weber, em outubro.

Ao mesmo tempo, André Mendonça tem feito o movimento político que todo indicado ao STF se vê obrigado a fazer, visitando ao longo dos últimos meses aproximadamente 40 senadores.

De acordo com o jornalista Thiago Prado, de O Globo, “Bolsonaro havia pedido para o seu AGU se movimentar porque percebeu que nos bastidores crescia a tese de que o Senado não aceitaria a escolha”.

O atual decano do STF, ministro Marco Aurélio Mello, se aposenta no próximo dia 05 de julho, antecipando em aproximadamente uma semana o ato que seria compulsório após completar 75 anos.

No dia seguinte, Bolsonaro deve indicar oficialmente o nome do jurista “terrivelmente evangélico” que ocupará a segunda vaga aberta no atual mandato do presidente da República.

Outros nomes vêm sendo especulados para a vaga, além do PGR Augusto Aras: o do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, que perdeu força por ser ligado ao senador Renan Calheiros, relator da CPI da Covid e adversário de Bolsonaro, é um.

Os demais são o ministro Jorge Oliveira, amigo da família presidencial e recentemente empossando no Tribunal de Contas da União (TCU); o do desembargador e escritor William Douglas; o do presidente do Republicanos, o bispo licenciado da Igreja Universal, Marcos Pereira; e o mais recente especulado, Gilson Lemes, presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais”.





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