Europa encontra “possíveis vínculos” entre casos raros de trombose e a vacina da AstraZeneca

by @prflavionunes

A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) concluiu nesta quarta-feira que os coágulos sanguíneos devem ser incorporados como “efeitos secundários muito raros” da vacina da AstraZeneca, segundo o Comitê de Avaliação de Riscos da Farmacovigilância (PRAC) reunido desde terça para avaliar 86 casos de trombose relatados até agora pelas autoridades nacionais do continente, a maioria envolvendo mulheres com menos de 60 anos. A EMA, que não confirmou fatores de risco por idade nem gênero, continua considerando que os benefícios da vacina são muito superiores aos riscos que ela acarreta. “A vacina é altamente eficaz para salvar vidas, e a vacinação é extremamente importante”, afirmou a diretora-executiva da EMA, Emer Cooke. Depois da elaboração do relatório, caberá aos países decidirem que grupos populacionais receberão essa vacina. Os 27 ministros de Saúde do bloco europeu se reuniriam a partir das 13h (hora de Brasília) por videoconferência para definir as medidas decorrentes do novo relatório.

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REINO UNIDO DESACONSELHA VACINA PARA MENORES DE 30

O Reino Unido desaconselha o uso da vacina da AstraZeneca em menores de 30 anos. Assim anunciou nesta quarta-feira o Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI, na sigla em inglês), depois de ser detectado um possível vínculo entre o fármaco e casos muito pouco frequentes de trombose em adultos jovens. Wei Shen Lim, presidente do Comitê de Vacinação do país, argumentou numa entrevista coletiva que seria preferível que este grupo de idade se vacinasse com as outras duas fórmulas aprovadas no país, da Pfizer e BioNTech e da Moderna. Quem preferir poderá continuar se vacinando com o produto da AstraZeneca. O especialista do JCVI salientou que o anúncio se destinava apenas aos jovens, com menor risco de hospitalização por covid-19, e que essa medida estava sendo tomada “por precaução”, e não porque o comitê tenha dúvidas sobre a segurança da vacina. O medicamento, desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford, é o mais usado no país, e sua eficácia sempre foi defendida pelo Governo britânico. Foi assim inclusive quando vários países europeus decidiram suspender seu uso, em meados do mês passado, após a descoberta de alguns casos de trombose entre pessoas vacinadas com o fármaco, já injetado em dezenas de milhões de pessoas na Europa. “Como afirmaram os órgãos reguladores, esta vacina é segura, efetiva e já salvou milhares de vidas. A grande maioria da população deveria continuar a colocá-la quando a oferecerem”, declarou nesta quarta-feira o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson. A executiva-chefe da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos Sanitários do Reino Unido, June Raine, informou que até 31 de março foram registrados 79 casos de trombose com um baixo número de plaquetas em pessoas que receberam a primeira dose da AstraZeneca. Desse total, 19 pessoas morreram, sendo 3 delas menores de 30 anos – embora em alguns casos a causa seja desconhecida. Os pacientes afetados (51 mulheres e 28 homens) têm idades entre 18 e 79 anos, segundo Raine. O Reino Unido injetou mais de 18 milhões de doses da vacina da AstraZeneca até agora. Os órgãos reguladores continuam recomendando o fármaco em adultos maiores de 30 anos, por considerar que “os benefícios compensam com sobras os riscos”, nas palavras de Raine. A Agência Reguladora esclareceu que os jovens de grupos prioritários, como do setor sanitário ou pessoas com um sistema imunológico debilitado, que tiverem recebido uma primeira dose da vacina da AstraZeneca devem receber a segunda conforme o calendário previsto.

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