Se a oposição ao atual governo já existe de forma exacerbada até quando o presidente Jair Bolsonaro vai tomar um refrigerante na padaria, o que dizer sobre quando um dos seus filhos, senador da República, resolve comprar uma mansão de quase R$ 6 milhões em plena pandemia?
Não adianta passar a mão na cabeça! A questão aqui não é se a compra foi legal ou não. Se Flávio Bolsonaro tem direito ou condições de comprar o imóvel milionário. A questão é o recado que ele transmite ao fazer uma aquisição desse porte em um momento economicamente dramático para milhões de brasileiros.
Estamos falando de um senador da República. Não é o Seu Zé do fiteiro ou um artista de TV, mas de uma figura pública, que ocupa um cargo sustentado com verbas públicas, e que, portanto, tem o dever moral de prestar contas à sociedade acerca do que faz de modo a impactar a opinião pública, especialmente quando é o seu pai o próprio presidente da República, ora bolas!
Segundo o senador, a compra da mansão foi com recursos da venda de um imóvel no Rio de Janeiro. “Mais da metade do valor da operação ocorreu por intermédio de financiamento imobiliário. Tudo [está] registrado em escritura pública. Qualquer coisa além disso é pura especulação ou desinformação por parte de alguns veículos de comunicação”, disse em nota a sua equipe.
Ótimo! Flávio tem todo direito de investir o seu dinheiro como bem entender. Mas repito, essa não é a questão. Como senador da República, o recado transmitido à população foi de indiferença em relação ao sofrimento de milhões de pessoas que perderam empregos, empresas e até entes-queridos.
Isto sem falar das acusações da oposição contra o próprio senador, no caso das supostas “rachadinhas”. Não estamos dizendo que Flávio deveria se anular socialmente, mas sim que lhe faltou muita, mas muita sabedoria para agir de forma compatível com o atual contexto do país, da sua vida política e também com a do seu pai, alvo de críticas por tudo o que os filhos fazem. Um tiro no saco!
