O inferno na visão das seitas

by @prflavionunes


 I – PESSOAS NA BÍBLIA QUE MAIS FALARAM SOBRE O INFERNO

JESUS, o Filho de Deus, nosso Salvador e Senhor

Mt. 5.22 – 13.42,49-50 – 23.33 – 25.41-46.

Cristo falou mais sobre o inferno do que sobre o céu. No Sermão da Montanha (Mt. 5—7), Ele alertou seus seguidores explicitamente quanto aos perigos do inferno diversas vezes. No Sermão Profético no Monte das Oliveiras (Mt. 24—25), Cristo avisou seus seguidores repetidas vezes do julgamento por vir. E, em sua famosa história do rico e Lázaro (Lc. 16.19-31), Cristo retratou vividamente a finalidade do tormento eterno no inferno.

DAVI, o homem segundo o coração de Deus

Sl. 9.17 – 11.6 – 18.5 – 55.15 – 86.13 – 116.3.

PAULO, o apóstolo dos gentios

Rm. 9.22 – Fp. 3.19 – ITs. 5.3 – IITs. 1.7-9

JOÃO, o discípulo amado

Ap. 14.19 – 20.14-15.

II – PORQUE ESSAS PESSOAS FALARAM TÃO FRANCAMENTE DO INFERNO?

1- Porque falaram a verdade

Mc. 12.14 – Jo. 5.24 – 8.36 –

2- Porque eram cheios de amor pelos pecadores

Ez. 33.11 – Mt. 23.37 – IICo. 5.11 – Fp. 3.18.

Se quanto mais amamos, mais falamos do inferno. Uma pessoa que ama outra não deixará de avisá-la do perigo.

3- Porque queriam ver-se livres da culpa do sangue

Ez. 3.17-19 – At. 20.26.

III – O INFERNO NA BÍBLIA

O que a Bíblia diz acerca do inferno e os vocábulos usados:

1- Seol – No Velho Testamento usualmente significa o lugar dos espíritos dos mortos (Sl. 16.10);

2- Hades – No Novo Testamento usualmente significa o lugar dos espíritos dos mortos (At. 2.27);

ObservaçãoO modo de existir entre a morte física e a ressurreição final do corpo sepultado é chamado ‘estado Intermediário’. No Velho Testamento esse lugar é identificado como sheol e no Novo Testamento como hades. Os dois termos dizem respeito ao reino da morte.

Os mortos justos, de Adão até à ressurreição de Cristo, ao morrerem desciam ao Paraíso, que naquele tempo constituía um compartimento do sheol/hades (cf. Gn. 37.35).

Os mortos ímpios, de Adão até o julgamento do Grande Trono Branco, também seguem para o mundo invisível em outro compartimento do sheol/hades, aguardando o julgamento final quando serão lançados no Lago de Fogo (cf. Nm. 16.30-33). Leia a narrativa de Lc. 16.19-31.

O Sheol/Hades Antes e Depois do Calvário

Antes do Calvário, o Sheol-Hades dividia-se em duas partes distintas. A primeira parte é o lugar dos justos, chamada Paraíso, Seio de Abraão, Lugar de Consolo (Lc. 16.22,25). A segunda parte é a parte dos ímpios, denominada lugar de tormento (Lc. 16.23).

Depois do Calvário houve uma mudança dentro do mundo dos mortos. Depois da sua morte Jesus esteve três dias no coração da Terra, isto é, no Paraíso, do qual Ele falou ao bom ladrão. Nessa ocasião, Cristo aproveitou a oportunidade e “pregou (proclamou) aos espíritos em prisão, os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé” (IPe. 3.18-20). Depois disso efetuou a grande mudança no Sheol-Hades: “subindo ao alto levou cativo o cativeiro” (Ef. 4.8), isto é, trasladou o Paraíso para o terceiro céu, na presença de Deus, debaixo do seu altar (Ap. 6.9), separando-o completamente das partes inferiores onde continuam os ímpios mortos. E isto foi o cumprimento cabal de sua promessa: “as portas do inferno (hades) não prevalecerão contra a minha Igreja (Mt. 16.18).

3- Tártaro – O lugar preparado para os anjos caídos (2Pe. 2.4) – Alguns pensam que o tártaro corresponde ao abismo mencionado em Lc. 16.26: “E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá”.

4- Geena / Lago de Fogo – O lugar de punição eterna, depois da ressurreição do juízo final (Mt. 10.28; Mt. 25.41,46; Lc. 12.4-5).

5- Definições de Inferno

  1. a) Fogo eterno – Mt. 25.41.
  2. b) Fornalha de fogo – Mt. 13.42,50.
  3. c) Abismo – Lc. 8.31.
  4. d) Cadeias de escuridão – IIPe. 2.4.
  5. e) Cair nas mãos de Deus – Hb. 10.31
  6. f) Trevas exteriores – Mt. 8.12 e 22.13
  7. g) Negrura das trevas – Jd. 13

6- Propósito do inferno

  1. a) Para o diabo e seus anjos (Mt. 25.41);
  2. b) Para os maus (Ap. 21.8);
  3. c) Para os desobedientes (Ap. 2.8-9);
  4. d) Para os anjos caídos (IIPe. 2.4);
  5. e) Para a besta e os falsos profetas (Ap. 19.20);
  6. f) Para os adoradores da besta (Ap. 14.9);
  7. g) Para os que desprezam o Evangelho (Mt. 13.41-42).

7- A natureza do sofrimento que experimentarão os que forem para o inferno:

  1. a) Corporalmente (Mt. 5.29-30);
  2. b) Na alma (Mt. 10.28);
  3. c) Graus de punição (Mt. 23.14);
  4. d) Situação irreversível (Lc. 16.22-31).

8- Surpresas para os habitantes do inferno:

  1. a) Possuirão memória (Lc. 16.23-25);
  2. b) Clamarão por livramento (Lc. 16.24);
  3. c) Não poderão escapar de Deus (Sl. 139.8).

9- Inferno não é sepultura

As palavras traduzidas como sepultura são kever (IISm. 17.23; Is. 53.9; Jn. 2.1-2) no hebraico e mnema (Mc. 5.2-3; Lc. 23.53; At.. 2.29) e maemeion (Jo. 19.41-42) no grego.

IV – INFERNO NÃO É ANIQUILAÇÃO

Vejamos o clamor dos perdidos:

1- O tormento do rico – Lc. 16.24.

2- Lugar de ranger de dentes – Mt. 13.43, Mt. 13.49-50, Mt. 22.13.

3- No inferno há graus de castigo ou tormento – Mt. 11.22-24; Hb. 10.29.

4- O caso de Judas – Mt. 26.24. Seria melhor para judas não ter nascido At. 1.25.

5- A eternidade do inferno. Jesus repetiu três vezes: “o bicho não morre e o fogo não se apaga” (Mc. 9.43-45).

V – A DURAÇÃO DO INFERNO É IGUAL À ETERNIDADE DE DEUS

A eternidade de Deus é descrita em Ap. 4.9-10, 5.14 e 12.5 “ao que vive para todo o sempre”. A mesma expressão é usada para o sofrimento dos perdidos – Ap. 14.11 e 20.10. A vida dos justos – Ap. 22.5.

VI – O INFERNO NÃO É

1- O Inferno não é um lugar onde Satanás reina

O inferno não é uma casa, um castelo ou uma caverna onde Satanás elabora planos para destruir a igreja, dominar o mundo e causar miséria e dor àqueles que forem mandados para lá. O diabo não ocupa nenhuma posição de autoridade no inferno. O inferno é a ruína do diabo. O inferno é a sua futura prisão eterna e lugar de julgamento (Ap. 20.10).

2- O Inferno não é um lugar onde os pecadores se divertem

Há quem pense e diga: “eu prefiro me divertir no inferno com os meus amigos a ir para o céu vestir aqueles roupões brancos, junto com um monte de pessoas religiosas e reprimidas”.

O inferno não é um barzinho confortável e escuro, com som de música eletrônica ensurdecedora. O inferno não é uma festa. Jesus descreveu o inferno como um lugar de “choro e ranger de dentes” (Mt. 13.36-43). O inferno é um obscuro, eterno e sombrio lugar de julgamento (Mt. 25.41).

3- O inferno não é temporário

Existe também a crença que o inferno é temporário e não eterno. Depois que a punição pelos pecados cometidos for concluída, a pessoa será recebida no céu ou será simplesmente aniquilada. Mas as Escrituras são bem claras a respeito da natureza eterna do inferno.

  1. a) A perdição é eterna (IITm. 1.9);
  2. b) A punição é eterna (Mt. 25.46);
  3. c) O fogo é eterno (Mt. 18.8).

No inferno não há um trabalho a ser realizado para diminuir a pena, nem a esperança de uma liberdade condicional.

5- O inferno não é um lugar exclusivo para pessoas más

Há quem pense que o inferno é o lugar para onde vão as pessoas más. Sendo a definição de “pessoas más” aquelas que fizeram coisas piores do que nós, de acordo com a nossa perspectiva. O inferno é para Hitler, Sadam Hussain, assassinos em série etc. e não para nós, pessoas normais, boas pessoas.

Entretanto, o apóstolo Paulo escreveu que ninguém é justo, todos viraram as costas para Deus e se tornaram inúteis (Rm. 3.9-12). Todos somos maus e merecedores da condenação eterna. Todos somos igualmente pecadores e desesperadamente necessitados da misericórdia de Deus.

VII – O QUE DIZEM AS SEITAS

O principal argumento das seitas contra a existência do inferno é: Deus é Amor.

As testemunhas de Jeová e os adventistas do sétimo dia creem como os espíritas (todas as correntes do espiritismo) e as seitas orientais, que a existência do inferno é incompatível com o amor de Deus.

Espiritismo

O inferno é, para o homem natural, uma verdadeira aberração, incompatível com a declaração bíblica de que Deus é amor (IJo 4.8).Ou Deus é perfeito, e não há penas eternas, ou há penas eternas, e Deus não é perfeito” (Céu e Inferno, Allan Kardec, Lake Editora, 1995, pág.63).

Seicho-no-Ie

“Pergunta: Na doutrina da Seicho-No-Ie existe Satanás, diabo ou inferno? – Resposta: Satanás ou diabo e inferno não são existências verdadeiras, porque Deus não os criou. Deus é o criador de tudo” (Fonte de Luz, nº 275, p. 39, novembro de 1992).

Igreja da Unificação (Rev. Moon)

O Princípio Divino afirma: “O objetivo final da providência divina de restauração é salvar toda a humanidade. Portanto, é a intenção de Deus abolir o inferno completamente, depois do término do período necessário para o pagamento completo de toda indenização. Se o inferno permanecesse eternamente no mundo da criação, mesmo depois da realização do propósito do bem de Deus, o resultado disso seria contradição de um Deus imperfeito”.

Adventismo do Sétimo Dia

“Quão repugnante a todo sentimento de amor e misericórdia, e mesmo ao nosso senso de justiça, é a doutrina de que os ímpios são atormentados com fogo e enxofre num inferno eternamente a arder; que pelos pecados de uma breve vida terrestre sofrerão tortura enquanto Deus existir! Contudo esta doutrina tem sido largamente ensinada, e ainda se acha incorporada em muitos credos da cristandade” (O Grande Conflito, Ellen G. White, Casa Publicadora Brasileira, edição de 1980, p. 540-541).

Testemunhas de Jeová

A Sociedade Torre de Vigia ensina: o inferno é a sepultura; o homem quando morre experimenta aniquilação (cessa de existir conscientemente); o inferno não é um lugar de castigo eterno.

“É mentira, difundida pelo diabo, que as almas dos iníquos sejam atormentadas num inferno ou num purgatório. Visto que a Bíblia mostra claramente que os mortos não estão cônscios, esses ensinos não podem ser verdadeiros… Então o que é o “lago de fogo” mencionado no livro bíblico de Revelação? Tem significado similar ao da geena. Não significa tormento consciente, mas, antes, a morte ou destruição eterna” (Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra, p. 89-97).

Meninos de Deus e/ou Família do Amor

“Todos os homens, em todos os lugares, todos os bilhões que já viveram, finalmente serão restaurados e reconciliados! Isso não se encaixa no quadro de um Deus verdadeiramente justo e misericordioso e todo amoroso? O plano de Deus não vai ser derrotado! Ele vai remir toda a humanidade e todos os homens! Como diz a Escritura: Todos serão salvos” (Revista Céu, Inferno e Intermédio! nº 1466).

Catolicismo

A Igreja Católica Romana não ficou satisfeita com o que Cristo mencionou: dois caminhos, duas portas, dois fins (Mt. 7.13-14; 25.34-46) e ensina a existência de quatro lugares no além: céu, inferno, purgatório e limbo. Com relação ao céu e ao inferno a crença católica é bíblica, entretanto o limbo e o purgatório são criações humanas.

limbo é um lugar para onde vão as pobres crianças que morrem sem batismo. Não vão para o inferno, dizem, mas ficam numa sombra eterna, sem penas, sem sofrimentos, mas também sem gozo algum.

Sobre o purgatório a igreja católica ensina:

“Vão logo para o céu os que morrem depois de ter recebido a absolvição, mas antes de terem satisfeito plenamente a justiça de Deus? – Não; eles vão para o Purgatório, para ali satisfazerem à justiça de Deus e se purificarem inteiramente” (Idem, resposta à pergunta 787, p. 144).

CONCLUSÃO

O senso comum declara que sem o inferno não há necessidade de salvação. Sem salvação, não há necessidade de um sacrifício. Sem um sacrifício, não há necessidade de um Salvador. Por isso se esforçam as seitas para negar a existência do inferno.

Os crentes, salvos em Cristo, estão livres dos horrores do sofrimento no inferno, mediante a morte expiatória de Jesus na cruz (Rm. 5.1 e 8.1).

Aos descrentes urge tomar providência para sua salvação, aceitando a Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador, enquanto há tempo oportuno (IICo. 6.2).

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Nota:

Este texto é uma compilação dos seguintes estudos:

“O Castigo Futuro”“O Inferno É Apenas Uma Sepultura?” e “Inferno, Lugar de Descanso em Esperança?” – Pr. Natanael Rinaldi.

“Cinco Mitos Sobre o Inferno”, Pr. Joe Thorn fundador da Redeemer Fellowship, St. Charles, Illinois, e professor da University Reformed Church.

“Fatos Sobre o Estado Intermediário dos Mortos” – www.cacp.org.br.

Pr. Nathanael Rinaldi Filho

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