O Russelismo – CACP – Ministério Apologético

by @prflavionunes


por Artigo compilado – sex jun 25, 10:51 am

O Russelismo, ou Testemunhas de Jeová tem no Adventismo do Sétimo Dia a sua origem doutriná­ria.

Charles Taze Russell, fundador da seita, nasceu no Estado da Pensilvânia, Estados Unidos da Améri­ca do Norte, no ano de 1852. Apesar da sua herança presbiteriana esco­cês-irlandesa tornou-se simpatizan­te da doutrina adventista, às quais abraçou posteriormente. Como Rus­sell possuía pontos de vista muito pessoais, principalmente quanto à maneira e objetivo da vinda de Cris­to, não tardou haver divergência en­tre seus pontos de vista e os dos líderes do adventismo. Foi assim que no ano de 1872, ele lançou os fundamentos do seu movimento, inicialmente com o nome “Torre de Vigia de Sião” e “Arauto da Presen­ça de Cristo”, sendo conhecida pos­teriormente como “Testemunhas de Jeová”.

POR JEOVÁ, MAS CONTRA CRISTO

Quanto à pessoa de Jesus Cristo, a doutrina russelita é essencialmen­te ariana, e se identifica muito bem com as diferentes correntes heréti­cas surgidas ao longo da história da Igreja. Afirma o Russelismo que Je­sus “não era Jeová Deus, mas esta­va ‘existindo na forma de Deus’. Ele era uma pessoa espiritual, assim como ‘Deus é Espírito’; era podero­so, mas não Todo-poderoso como o é Jeová Deus. Também ele existia an­tes de todas as outras criaturas de Deus, porque foi o primeiro filho que Jeová Deus trouxe à existência. Por isso é chamado ‘o Filho unigênito’ de Deus, porque Deus não teve associado ao trazer à existência o seu Filho… Ele não é o autor da criação de Deus; mas, depois de Deus o haver criado como primogê­nito, usou-o como seu obreiro asso­ciado ao trazer à existência todo o resto da criação.” (Seja Deus Ver­dadeiro, págs. 34/35).

Cristo é Deus (Jo 1.1; 20.28). São muitas as afirmações feitas no Antigo Testamento a respeito do Senhor Jeová, e cumpridas e inter­pretadas no Novo Testamento, como referindo-se à pessoa de Jesus Cristo. Compare as seguintes refe­rências: Is 40.3,4 com Lc 1.68,69,76; Èx 3.14 com Jo 8.56-58; Jr 17.10 com Ap 2.23; Is 60.19 com Lc 2.32; Is 6.10 com Jo 12.37,41; Is 8.13,14 com 1 Pe 2.7,8; Nm 21.6,7 com 1 Co 10.9; Ez 34.11,12 com Lc 19.10; SI 2,3.1 com Jo 10.11 e 1 Pe 5.4; Dt 6.16 com Mt 4.10.

Cristo é Todo-poderoso. Ele afirmou com toda clareza após res­suscitar dentre os mortos: “É-me dado todo o poder no céu e na ter­ra.” (Mt 28.18). Já na sua gloriosa manifestação a João, o apóstolo amado, disse ele: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Se­nhor que é, e que era, e que há de vir, o Todo-poderoso.” (Ap 1.8).

Cristo não foi criado, Ele é eterno. Aos judeus de corações en­durecidos, de forma surpreendente, pontificou Jesus: “Em verdade, em verdade eu vos digo: Antes que Abraão existisse, eu sou.” (Jo 8.58). Com a eternidade de Jesus corrobo­ram os seguintes textos das Escritu­ras: Jo 1.18; 6.57; 8.19; 10.30.38; 14.7.9,10,20; 16.28; 17.21.

Cristo é o autor da Criação. O Apóstolo João registra com a mais absoluta segurança que “todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” (Jo 1.3). Pode o testemunho do homem anular o testemunho de Deus? “De maneira nenhuma: sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso…” (Rm 3.4).

Cristo possui os atributos divinos. Atributos inerentes a Deus Pai, relacionam-se harmoniosamen­te com Cristo, provando a sua divin­dade. Por isso a Bíblia O apresenta como: O Primeiro e o Ultimo, Se­nhor dos senhores, Senhor de todos e Senhor da glória. Rei dos reis. -Juiz, Pastor, Cabeça da Igreja, Ver­dadeira Luz, Fundamento da Igre­ja, Caminho, A Vida, Perdoador de pecados, Preservador de tudo, Doa­dor do Espírito Santo, Onipresente, Onipotente, Onisciente, Santifica- dor, Mestre, Ressuscitador de si mesmo, Inspirador dos profetas, Supridor de ministros à Igreja, e Sal­vador.

A DOUTRINA DA TRINDA­DE

Poucos aspectos da doutrina bíblica cristã têm sofrido tantos ataques dos russelitas quanto a dou­trina da Trindade. O que eles pen­sam e dizem sobre o assunto é abun­dantemente mostrado nos seus li­vros, revistas e panfletos.

A incoerência russelita. O en­sino russelita de que Tertuliano in­ventou a doutrina da Trindade é in­justa, tendenciosamente má. Viria ao caso perguntar: Newton inven­tou a lei da gravidade ou simples­mente elucidou-a? A mesma per­gunta deve ser feita quanto à pessoa de Tertuliano e à doutrina da Trin­dade. Tertuliano inventou a doutri­na da Trindade, ou simplesmente interpretou-a?

É evidente que a palavra “Trin­dade” não se encontra na Bíblia.

Devemos ter em mente que des­cobrir uma verdade não é a mesma coisa que inventar uma verdade. A verdade não se inventa. A verdade simplesmente se descobre.

A Trindade nas Escrituras. A doutrina da Trindade se acha implícita nos seguintes casos men­cionados na Bíblia: a) Na conclusão ou conselho divino quanto à forma­ção do homem, Gn 1.26; b) Na con­clusão divina quanto à capacidade de conhecimento do homem a res­peito do bem e do mal, Gn 3.22; c) Na confusão das línguas em Babel, Gn 11.7; d) Na visão e chamamento de Isaías para o Ministério proféti­co. Is 6.8; e) No batismo de Jesus, Mt 3.16,17; f) Na grande comissão de Jesus, Mt 28.19; g) Na distribui­ção dos dons espirituais, 1 Co 12.4- 6; h) Na bênção apostólica; i) Na descrição da unidade da fé, Ef 4.4-6; j) Na eleição dos santos, 1 Pe 1.2; 1). Na exortação de Judas, Jd 20,21; m) Na dedicatória das cartas envia­das às sete igrejas da Ásia, Ap 1.4,5.

Tanto no Antigo Testamento como no Novo, títulos divinos são aplicados igualmente às três pes­soas da Trindade:

  • A respeito do Pai: “Eu sou o Senhor teu Deus que te tirei da ter­ra do Egito, da casa da servidão.” (Êx 20.2).
  • A respeito do Filho: “Tomé respondeu e disse: Senhor meu, e Deus meu.” (Jo 20.28).
  • A resieito do Espírito Santo: “Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito San­to, e retivesses parte do preço da herdade?… Não mentiste aos ho­mens, mas a Deus.” (At 5.3,4).

A ESCATOLOGIA RUSSELITA

Muito embora nada de proveito­so haja no sistema doutrinário dos “Testemunhas de Jeová”, evidente­mente existem aspectos no que ele é bem pior. Cabe particularizar aqui a doutrina escatológica, ou seja, a doutrina das últimas coisas. Note, por exemplo, os seguintes tópicos:

A Segunda Vinda de Cristo. Cristo não vem em forma humana, mas como criatura espiritual e glorio­sa. Ele vem, portanto desta vez, não em humilhação, não na semelhança dos homens, mas em sua glória, e todos os anjos com ele.

O Armagedom e o governo de Cristo. Há quase cem anos es­creveu Russell, no seu Estudo nas Escrituras: “A batalha do grande dia de Deus Todo-poderoso (o Ar­magedom) terminará em 1914, com a derrocada completa do governo do mundo… e o pleno estabelecimento do reino de Cristo.”

O Juízo Final. “Na primave­ra de 1918, veio o Senhor, e começou o juízo primeiro pela ‘casa de Deus’, e depois das nações deste mundo.” (Seja Deus Verdadeiro, pág. 284).

Vendo fracassada a sua previsão quanto à segunda vinda de Cristo, Russell arquitetou uma alteração à sua falsa teoria, dizendo: “A data era correta, porém equivoquei-me quanto à forma; o reino não era de caráter material e visível, como ha­via anunciado, mas será espiritual e invisível.” (Os Testemunhas de Jeová, págs. 22/25).

Tendo chegada a data anuncia­da por Russell. em lugar da paz do governo milenial de Cristo, reben­tou a primeira grande guerra, enlutando milhares de famílias.

A ordem dos eventos futu­ros. À luz da Bíblia, os eventos escatológicos deverão obedecer a se­guinte ordem: 1″) O arrebatamento da Igreja. 2″) O comparecimento dos crentes diante do Tribunal de Cristo, Bodas do Cordeiro nos céus, e Grande Tributação na Terra. 3’•’) A batalha do Armagedom. 4″) O julga­mento das nações. 5”) A prisão de Satanás por mil anos. 6”) A inaugu­ração do governo milenial de Cristo sobre a Terra. 7″) Soltura de Sata­nás por um breve espaço de tempo, para logo ser preso eternamente. 8″) Juízo do Grande Trono Branco.

SÍNTESE DOUTRINÁRIA DO RUSSELISMO

A alma do homem. “Os cien­tistas e cirurgiões não foram capa­zes de encontrar no homem nenhu­ma prova determinante de imortali­dade. Não podem encontrar nenhu­ma evidência indicativa de que o homem possua uma alma imortal, e que, portanto, em nada difere das bestas, isto não é bíblico.” (Seja Deus Verdadeiro, págs. 56/59).

A doutrina dos “Testemunhas de Jeová” quanto à alma humana, está apoiada em teorias de homens, e não nas Escrituras. Pois o teste­munho das Escrituras é que o ho­mem possui uma alma imortal, um elemento distinto do espírito e do corpo. Leia Hb 4.12; 1 Ts 5.23; Jó 12.10; 27.3; 1 Pe 2.11 e Mt 10.28.

O inferno. “A doutrina do in­ferno ardente onde os iníquos depois da morte são torturados para sem­pre não pode ser verdadeira, princi­palmente por quatro razões: 1) por­que está inteiramente fora das Es­crituras; 2) porque é irracional; 3) porque é contrária ao amor de Deus; 4) porque é repugnante à justiça.” (Seja Deus Verdadeiro, pág. 79).

A palavra “inferno” na Bíblia tem significados que variam de acordo com o texto em que é citado. Existem quatro palavras na Bíblia, que são traduzidas por inferno:

  • O mundo dos mortos. Dt 32.22; SI 9.17.
  • E a forma grega para o hebraico “Sheol”, e significa o lugar das almas desencarnadas que parti­ram deste mundo. Mt 11.23; Lc 10.15; Ap 6.8.
  • Termo usado para designar um lugar de suplício eter­no, Mt 5.22,29,30; Lc 12.5.
  • O mais profundo do abismo no Hades; e significa encer­rar no suplício eterno, 2 Pe 2.4; Dn 12.2.

Nenhuma destas palavras signi­fica sepultura como ensinam os “Testemunhas de Jeová”. A pala­vra hebraica para “sepultura” é Queber (Gn 50.5), e a grega é Mnemeiun.

A Igreja. “Em Apocalipse 14.1.3, a Bíblia é terminante ao pre­dizer que o total final da igreja ce­leste será de 144.0(X), segundo o de­creto de Deus.” (Seja Deus Verda­deiro, pág. 112). Daí surgiu o ensino de que apenas 114.000 salvos terão entrada no céu.

O ensino dos russelitas de que apenas 144.000 salvos terão acesso ao céu, é contrário aos seguintes textos das Escrituras: Fp 3.20 e Ap 7.9.10.

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LIÇÕES BÍBLICAS  – CAPD – 1986

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