Pessoas que exercitam o hábito de ler as Escrituras têm maior disposição a perdoar e olham para o futuro com esperança ao se deparar com uma adversidade.

Essa é a constatação de um estudo recente conduzido pela Sociedade Bíblica Americana.

A pesquisa tinha como propósito compreender como as pessoas recorrem à Bíblia em busca de conforto quando estão estressadas, e também como as Escrituras podem ajudar as pessoas que sofrem a compreender e lidar com seus traumas internos.

Usando uma escala desenvolvida pela Hope Agency com um intervalo de 3-24 pontos, os pesquisadores puderam determinar “a confiança da pessoa de que ela é capaz de avançar em direção a seus objetivos, imaginando um futuro preferido e agindo para realizar essa visão”.

De acordo com as estatísticas da Sociedade Bíblica Americana (ABS, na sigla em inglês) os indivíduos que foram categorizados como “engajados nas Escrituras”, ou aqueles que colocaram um foco maior nas Escrituras do que a população em geral, tiveram os níveis mais altos de esperança, marcando 18 na escala usada como parâmetro.

Esperança apesar do estresse

Aqueles que foram descritos como adultos esperançosos também relataram níveis médios de estresse, marcando 13 em uma escala de 0-40, em comparação com 14 da média para todos os adultos, 12 para aqueles que se definiram como “biblicamente não engajados” e 15 para aqueles que ficaram em algum lugar entre os dois.

Embora as pessoas compromissadas com a leitura da Bíblia Sagrada tenham níveis de estresse comparáveis aos da população em geral, eles têm um alto grau de esperança, de acordo com o estudo.

Os pesquisadores pontuaram que “os níveis mais elevados de esperança fornecem pistas de como a Bíblia pode ajudá-los a enfrentar o estresse e olhar para o futuro com expectativa”.

Com exceção dos leitores assíduos, todos os outros grupos, incluindo os “biblicamente não engajados”, relataram o mesmo índice de esperança de 15 na escala da Hope Agency.

Dentre os participantes do estudo que se engajam com as Escrituras houve os relatos de impactos mais severos de algum trauma, com muitos se descrevendo como tendo sofrido traumas em algum momento de suas vidas que persistem até hoje.

Sobre esse assunto, o instituto National Council for Mental Wellbeing (“conselho nacional para o bem-estar mental”, em tradução do inglês) informa que “70% dos adultos nos Estados Unidos experimentaram algum tipo de evento traumático pelo menos uma vez na vida”.

Aos dezesseis anos, “mais de dois terços das crianças relataram pelo menos um evento traumático”, de acordo com o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, informou o portal Christianity Daily.

Apesar dessas estatísticas tristes, o estudo da ABS afirmou que “um forte relacionamento com a Bíblia muitas vezes coexiste com – e pode até ser compelido por – adversidades da vida. Estar enraizado na Bíblia não impede circunstâncias difíceis, mas pode proporcionar descanso e esperança em apesar deles”.

Comprovou-se que o envolvimento com as Escrituras é um indicador confiável da capacidade de perdoar de uma pessoa, apesar da presença de traumas de longa duração em suas vidas.

“O envolvimento com as Escrituras está significativamente relacionado à evidência de perdão. […] Quanto mais alguém se engaja com as Escrituras, maior a probabilidade de perdoar os outros”, acrescentou o relatório da Sociedade Bíblica Americana.

A pesquisa, intitulada State of The Bible, coletou dados ao longo do mês de janeiro de 2021 e o relatório foi apresentado durante a terceira edição do evento homônimo, com o tema “Esperança para o Sofrimento”.





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