Por H.B. Charles, Jr.
“Depois de ter feito tudo o que podia fazer, confie em Deus para fazer tudo o que não pôde fazer.”
Ele esperou que eu fizesse uma pausa na revisão do manuscrito do meu sermão antes do início do culto. Assim que viu uma brecha, ele me perguntou: “você ainda fica nervoso antes de pregar?”. Eu respondi enfaticamente com uma única palavra: “Absolutamente!”.
Ele ficou genuinamente chocado com a minha resposta. As pessoas imaginam que aqueles que vêm pregando por muito tempo ou que pregam regularmente acabam chegando a um ponto em que não ficam mais nervosos antes do sermão. Mas mesmo pregadores qualificados, preparados e experientes ficam nervosos na hora de fazer a pregação. E se não ficam, deveriam. Talvez a resposta mais precisa à pergunta do meu irmão de pregação tivesse sido: “sim e não”.
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Um pregador despreparado foi para o púlpito, pedindo ao Senhor para falar com ele. Quando ele se preparava para começar, o Senhor falou com ele e disse: “Você deveria ter estudado!”. Depois de ouvir essa história, eu decidi que não quero que o Senhor fale comigo no púlpito. Eu quero ter a certeza de que estamos sintonizados antes de eu pregar.
Um pregador preparado e que ora pode pregar com confiança. É claro que ele não deve ser arrogante, como se dominasse as escrituras, estivesse prestes a fazer o maior sermão do mundo ou pudesse determinar o resultado da mensagem. Mas se tiver feito a lição de casa no que diz respeito ao texto, escrito uma mensagem clara e coberto seu sermão com oração, ele pode e deve ir para o púlpito com confiança.
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Depois de ter feito tudo o que podia fazer, confie em Deus para fazer tudo o que não pôde fazer. Dê o seu melhor a Deus na preparação do sermão, para que possa se dirigir ao púlpito com humilde confiança. Mas nem mesmo isso irá livrá-lo de um verdadeiro sentimento de temor quando estiver se preparando para pregar.
Não importa o quão bem preparado eu esteja, eu não consigo afastar o pensamento de que o sermão está fadado ao fracasso se o Senhor não me ajudar. Ele cria um senso saudável de nervosismo em mim, e até mesmo de carência, quando o momento da pregação se aproxima. Essa é uma das razões pelas quais eu normalmente oro em público antes de começar a mensagem. Eu geralmente não consigo me livrar das minhas angústias pré-sermão até que eu faça essa oração.
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Além da mensagem em si, o pregador deve sentir o peso de seu dever e o privilégio de pregar a palavra de Deus. A pregação cristã não é uma “palestra” dada a uma audiência. É um chamado para a salvação no único barco salva-vidas disponível para náufragos em águas turbulentas. Você não é um “coach” oferecendo bons conselhos, dicas úteis ou discursos motivacionais às pessoas. Você é um arauto cuja atribuição é declarar a mensagem do Rei. Essa imposição divina deve deixá-lo nervoso para pregar a palavra fiel e claramente e sem parecer que está se desculpando.
Uma vez, quando um dos Ministros amigos do meu pai se preparava para pregar, ele confessou que estava muito nervoso. “Bom”, foi a resposta do meu pai. “Quando você parar de ficar nervoso antes de pregar, deve parar de pregar.”
M.P. Charles Jr.
M.P. Charles Jr. é pastor, palestrante e escritor. Ele vive com sua esposa e filhos em Jacksonville (Flórida, EUA), onde atua como pastor principal da Igreja Batista Metropolitana de Shiloh.
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