O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de sessão da comissão da reforma tributária e Congresso promete reagir contra criação da CPMF
O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa amanhã, quarta-feira 5, de uma reunião da comissão mista do Congresso da reforma tributária. Contudo, parlamentares já admitem que a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) vai tomar conta do encontro.
O governo flerta com a possibilidade de criação de um imposto nos moldes da antiga CPMF. A proposta ainda não foi finalizada pela equipe econômica e pode ser apresentada em uma segunda parte da reforma tributária.
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, senadora Simone Tebet (MDB-MT), criticou o governo pela tentativa de propor o imposto como uma ideia inédita.
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“Passar um batom na CPMF não vai transformá-la em tributo novo, nem melhor. Camuflada, repaginada, continuará CPMF, só que em versão 2.0”, observou a emedebista.
Já o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) pondera que um imposto desenhado de forma a “racionalizar” a arrecadação pode ser positivo para a economia. Sem dar detalhes, ele também evita comparar uma nova proposta com a CPMF.
“Nós temos que ser absolutamente favoráveis à criação de um imposto que possa ser distribuído de forma equitativa para toda a sociedade, porque vai obviamente melhorar a vida das pessoas”, disse.
De acordo com o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a participação de Guedes na reunião vai servir para descartar a ideia da CPMF. “É um primeiro passo. Pelo menos ficará claro quais ideias não podem prosperar, esta que o ministro está defendendo que implica mais impostos.”
Com informações da Agência Senado
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