4. Vou gastar mais para abastecer o carro?
Sim. No fim de junho, a diretora de refino e gás natural da Petrobras, Anelise Lara, disse que o litro da gasolina teria uma tendência a ficar mais caro com as novas especificações do derivado.
No entanto, a empresa não disse qual deve ser a diferença nos preços. Nesse caso, também é preciso considerar que a Petrobras já está fornecendo a nova gasolina para as distribuidoras.
No fim das contas, apesar de o motorista pagar mais pelo combustível, o veículo rodará mais quilômetros com um litro de gasolina.
Em nota, a Petrobras disse que “o ganho de rendimento de 5%, em média, proporcionado pela nova gasolina compensará uma eventual diferença no preço da gasolina”, e que “o preço do combustível é definido pela cotação no mercado internacional e outras variáveis”.
A petroleira também afirmou que “é responsável por apenas 30% do preço final da gasolina nos postos”.
5. Carros mais antigos também serão beneficiados?
Sim. Apesar de a nova gasolina ter sido pensada para motores modernos, que contam com injeção direta, por exemplo, os propulsores mais antigos também serão beneficiados com o combustível de melhor qualidade.
“Fizemos testes com veículos com injeção direta e injeção multiponto. No consumo, todos vão sentir, em maior ou menor proporção”, disse o engenheiro da Petrobras.
6. Vai ficar mais difícil adulterar a gasolina?
De acordo com os especialistas, sim.
“A nova especificação dificulta a adulteração. Normalmente, são colocados solventes leves, com baixa massa específica. Agora, como há um padrão mínimo, você evita que esses produtos leves sejam colocados”, disse Medeiros.
O especialista da ANP ainda afirma que, conforme os solventes ficam mais densos, o preço também sobe, tornando a adulteração menos rentável.
A própria ANP afirma que menos de 2% das amostras que coleta são de combustíveis adulterados. Nesses casos, a maior parte das irregularidades está na quantidade de etanol, com 57%.
Além disso, a fiscalização ficará mais fácil. “Com o parâmetro de massa específica, a ANP consegue aferir a densidade no próprio posto”, conclui Medeiros.
7. Até quando os postos poderão vender a “velha” gasolina?
Segundo a resolução da ANP, a gasolina com as antigas especificações ainda pode ser entregue nas distribuidoras até 3 de outubro, e nos postos até 3 de novembro.
Ainda assim, a Petrobras afirma já estar produzindo e entregando a nova gasolina.
8. Haverá mudanças na porcentagem de etanol?
Não. A proporção de etanol anidro (sem água) na gasolina seguirá sem alterações, em 27% na gasolina C (comum e aditivada).
9. Como fica a gasolina premium?
A gasolina comum ainda ficará abaixo do combustível premium, que passará de 91 octanos, no padrão RON, para 97. Esse tipo de combustível especial, além de ser mais caro, normalmente é recomendado pelas fabricantes de carros esportivos, que desenvolvem seus motores para essa octanagem mais alta.
Além do maior número de octanos, a gasolina premium também possui menor índice de etanol anidro de 25%.
A gasolina aditivada, como o nome já diz, um combustível comum, acrescido de aditivos, seguirá o mesmo padrão de mudanças da gasolina do tipo C.